Um proprietário de um prédio da época pombalina situado entre a Lapa e Santos-o-Velho, em mau estado e a requerer obras mais ou menos urgentes, fartou-se das despesas que era obrigado a ter (e das que poderia ser obrigado a ter) num prédio que nem sequer podia ser demolido e quis vendê-lo.
Em 15 de Maio deste ano, com a saída de dois inquilinos negociada, vendeu o imóvel a uma empresa chamada de investimento imobiliário, de dois irmãos, por 900 000 euros. Deve ter achado que era um bom negócio.
Esta empresa a queria também fazer um bom negócio e, aliás, não comprou o prédio para lhe fazer obras e alugar) e o certo é que, um mês depois, em 15 de Junho, vendeu o imóvel, largando as negociações com os dois inquilinos ainda residentes. Desta vez por 1 530 000 euros, a uma outra empresa.
O que esta segunda empresa quer fazer com o prédio não se sabe, e talvez nem ela saiba. Pode tentar vendê-lo, numa expectativa de valorização. Quererá, decerto, ganhar dinheiro… à escala.
Em valores brutos, o proprietário original ganhou 900 000 euros. O segundo ganhou 630 000. E esta segunda empresa ganhará o quê?
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