A frase do título deste post, de fino recorte literário, aparece no contributo de um participante nos comentários de um estimável blogue literário sobre aquilo que ele leu neste período.
Os "policiais" que "despachou" não têm direito a nome de autor ou título.
Esta pérola que puxei para título expressa bem o snobismo intelectual e a iliteracia literária de muitos que, sabe-se lá porquê, se acham superiores aos outros: não foi um livro, não foram dois; foram "um ou dois".
É o desprezo: não leram, "despacharam".
E depois, claro, há outros livros e autores que já têm títulos e nomes, citados como se os escritores tivessem andado no infantário com quem escreveu a citada frase.Esses livros, deverá supor-se, há de ter lido, relido, sublinhado e insistido na exegese. Como muitos dos outros participantes que, numa situação um pouco absurda, parecem querer enfeitar-se com os amplos conhecimentos literários que derramam.
Os "policiais" que "despachou" não têm direito a nome de autor ou título.
Esta pérola que puxei para título expressa bem o snobismo intelectual e a iliteracia literária de muitos que, sabe-se lá porquê, se acham superiores aos outros: não foi um livro, não foram dois; foram "um ou dois".
É o desprezo: não leram, "despacharam".
E depois, claro, há outros livros e autores que já têm títulos e nomes, citados como se os escritores tivessem andado no infantário com quem escreveu a citada frase.Esses livros, deverá supor-se, há de ter lido, relido, sublinhado e insistido na exegese. Como muitos dos outros participantes que, numa situação um pouco absurda, parecem querer enfeitar-se com os amplos conhecimentos literários que derramam.
Não é de agora, infelizmente, que isto acontece e, nesta versão canhestra e pirosa, expressa bem o que pensam muitos editores de um género literário que, como todos, merece respeito quando é bem escrito e bem cultivado e que não o merece quando não é.
Por estas e por outras é que digo que, na realidade, não valem a pena o esforço e o investimento de escrever ou fazer mais alguma coisa pela literatura policial em Portugal.
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Por estas e por outras é que digo que, na realidade, não valem a pena o esforço e o investimento de escrever ou fazer mais alguma coisa pela literatura policial em Portugal.
2 comentários:
Gosto muito dos seus livros, já os li há demasiado tempo. Para quando mais um volume? Espero que a última frase não signifique desistência. Sou uma grande admiradora de quem escreve bem, qualquer que seja o estilo. Nenhuma escrita é menor, exceto quando é escrita para menorizar os gostos dos outros.
O Pedro ė excelente e a literatura policial também.
Aguardo pela resposta quanto ao próximo livro.
Agradeço muito a sua opinião e acredite que gostaria de continuar a escrever, que tenho ideias, que nunca senti qualquer tipo de "bloqueio de escritor" e que sou suficientemente disciplinado para começar a escrever uma história e acabá-la. O problema é a simples impossibilidade de estar ocupado durante 3 a 6 meses sem receber qualquer tipo de remuneração, sabendo que, depois disso, poderá apenas haver um modesto (mas correcto) avanço sobre os eventuais proventos gerados pelos direitos de autor sobre as vendas... sem que, depois, haja vendas que compensem o meu investimento e o da editora. A questão é, infelizmente, apenas essa.
À margem, posso dizer que penso que o que escrevi é uma boa base, por exemplo, para a televisão (ou para o cinema), o que poderia ajudar a dar força às vendas, mas que todos os esforços desenvolvidos foram em vão.
Não sendo uma "desistência"... é uma "suspensão" em formato de "sine die".
Mas pode ser que um dia regresse... :-)
Muito obrigado pela sua opinião!
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