Fraco, muito fraco... |
Mas esta história romanceada do Império Romano, com dois plebeus como personagens principais, foi prematura. A violência e o sexo deram cabo dela. A HBO, a produtora, fez-lhe as exéquias finais.
Se a virmos tendo presente o magnífico "Gladiador", de Ridley Scott, temos um padrão de qualidade. "Vikings" anda lá perto, com um tom shakespeareano e a evocação de "Ivan, o Terrível". "Barbarians Rising" (canal História) poderia, ao menos, ter tentado chegar a estes calcanhares mas não: anda longe, muito longe.
A ideia de retratar, ao longo de uma dúzia de episódios, os chefes das nações "bárbaras" que debilitaram o Império dos Césares e acabaram por fragmenta-lo, é bondosa. Talvez tivesse dado uma grande série vagamente realista (pode recordar-se aqui a "idade de ouro" da BBC e a sua série "Os Césares"). Mas o certo é que não deu.
"Barbarians Rising" (apesar do seu carimbo "científico") resume-se a ilustrações de algumas sequências mais animadas (pois, só podia) desses chefes bárbaros e comentários, ou excertos de comentários, de uma falange de personalidades que servem de alibi mais ou menos científico para a coisa mas que adiantam menos do que os mapa animados que inseriram no primeiro episódio.
E esse, sobre o cartaginês Aníbal, é fraco.
O segundo, sobre o lusitano Viriato (e que série não daria esta figura para a miserável televisão portuguesa!...), é uma colecção de meias-tintas.
A avaliar por estes dois primeiros episódios, "Barbarians Rising" não passa de uma fritada mista: uma misturada de fragmentos de erudição com fragmentos de cenas de acção de qualidade abaixo da média. Em nada se recomenda.
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