Salir do Porto (aqui no concelho de Caldas da Rainha) não é só uma praia e um local de passeio tão aprazível como desprezado. É também um admirável prato de Petri do comportamento social das pessoas que passeiam cães. Ou, na maioria dos casos, que tentam fazê-lo.
Hoje foi uma jovem vestida de "jogger" com filha pequena e cadela. A filha parecia mais respeitadora do que a cadela, simpática, de nome Luna. A jovem bem a chamava mas a Luna, solta, claro, não lhe passava cartão. Interessou-se por outro cão e lá se deixou conduzir pela dona (?).
Parece-me que, tal como neste caso, há muitas pessoas que só gritam pelos cães (que obviamente não controlam mas que deixam à solta) para mostrar que o fazem e não para obterem resultados concretos.
Talvez fosse o caso de outro espécime do mesmo género que andava a passear com trela(s) na mão e dois cães grandes ao largo.
Gritava, gritava... os cães lá iam aceitando o que parecia resumir-se a uma simples palavra: "Não". A certa altura, o bípede interpelou, em voz tipo barítono esforçado, um dos cães com o que talvez fosse uma pergunta retórica: "Mas estou a falar chinês ou quê?!"
O cão não lhe respondeu mas não me pareceu que o bípede tivesse chegado à conclusão de que não conseguiria ter resposta.
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