Já aqui falei da série dinamarquesa "Forbrydelsen/The Killing" (que está a passar num dos canais fechados do cabo e que tem aqui uma apresentação).
Já vi a segunda série, "Forbrydelsen II/The Killing II", e se a primeira entusiasma... a segunda entusiasma ainda mais. Tem só dez episódios, contra os vinte da primeira série, mergulha novamente na alta política a propósito do envolvimento militar dinamarquês no Afeganistão e corrige o que foi o único problema da primeira série: o criminoso foi revelado prematuramente. Neste caso, é mesmo no fim e com grande habilidade e o resultado é perfeito. A terceira série já está em rodagem e deve começar a passar na televisão dinamarquesa em Setembro.
O conceito de "Forbrydelsen/The Killing" e o modo como toda a história é construída e filmada é, além da sua imensa qualidade, suficientemente sugestivo do que pode ser um modelo, ou uma inspiração, para a produção de séries policiais na Europa que possam ter, em simultâneo, o melhor dos padrões americanos e dos padrões europeus.
Esta série (iniciada em 2007) também torna mais cruelmente evidente o fracasso de uma experiência portuguesa (de 2010), que copiou muitos lugares-comuns das séries mais banais e de que apenas consigo recordar imagens frenéticas de uma realização afectada pela síndrome de Tourette: "A Cidade Despida". E que pode, no que se refere às hipóteses de produções televisivas com histórias "policiais", ter aplicado o velho provérbio: deitaram fora o bebé com a água do banho... e ainda devem demorar alguns anos a encontrá-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário