Já houve quem me chamasse "pró-Putin". Não sou. A ter de ser "pró" alguma coisa, no que se refere à Rússia, só poderei ser pró-Eisenstein.
E refiro-me, para o leitor mais curioso, a Sergei Mikhailovich Eisenstein (1898-1948), o realizador que, em paralelo com o movimento cultural e estético conhecido por expressionismo alemão, definiu as grandes linhas do cinema de todos os tempos.
Mas nos seus filmes, de "Alexander Nevsky" a "Ivan, o Terrível", está também, e bem clara, a representação plena de todas as forças e fraquezas da Rússia, de todas as suas misérias morais e políticas e das suas grandes proezas, do tempo dos czares, do comunismo soviético e da era de Putin.
Vê-os, leitor, e compreenderás melhor a crise ucraniana.
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