O economista Ricardo Reis, colunista destacado do rotineiro "Expresso", pode ser um especialista em economia muito reputado e professor universitário famoso mas, quando menos se espera, revela alguma falta de discernimento. Quando, por exemplo, como acontece na edição de 28.04.23 da citada publicação: "(As crianças) ficaram em casa para controlar a pandemia e proteger os mais velhos".
Encontrar a justificação oficial para a decisão de fechar escolas no período da mais sobrevalorizada de todas as epidemias é quase impossível. A decisão, antes da abominável imposição de máscaras às crianças na sua idade formativa durante dois anos, foi, como todas as outras, imposta sem explicações. Os "especialistas" da treta foram dando as suas interpretações e a imprensa seguidista ajudou à festança da repressão. O Governo limitou-se a decretar.
Hoje, no entanto, quem for capaz de raciocinar com maior rigor deve interrogar-se sobre se o encerramento das escolas, seja em que país foi, serviu realmente para "controlar a pandemia e proteger os mais velhos".
A pandemia (do SARS-CoV-2) não foi "controlada" pelos confinamentos e o terrorismo psicológico lançado sobre crianças e idosos há de ter feito pior do que um coronavírus que, sendo "novo", não foi diferente dos muitos com que a humanidade tem convivido. E quanto à "protecção" dos "mais velhos", o colunista não consegue perceber que, com esse argumento, muitas crianças foram, pelo menos indirectamente (e sabe-se lá se directamente...) responsabilizadas pela morte dos seus familiares mais idosos?!
É pena que o superavitário (em economia) colunista seja tão deficitário...
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