domingo, 21 de maio de 2023

Ler jornais já não é saber mais (181): o que a guerra revela sobre o que resta do jornalismo


Ontem, a CNN tuga (como podia ser qualquer outro órgão de comunicação social nacional) garantia que a Televisão russa espalhava mentiras sobre a (mais do que previsível) tomada de Artemovsk/Bakhmut.

Hoje, nada interessando o que ontem se disse, a CNN tuga reconhece a evidência e até pela voz de uma das mais distintas militantes lusas do Governo de Kiev.

Cujo presidente (e esta notícia nem aparece na imprensa tuga) terá dito, segundo a tão credível agência Reuters e à margem da reunião dos G7, que Artemovsk/Bakhmut já só estava... "nos nossos corações".

Num país normal, este pequeno exemplo, entre tantos, seria uma lição sobre o que deve ser a credibilidade do jornalismo e sobre a falência do que resta do jornalismo, ferido de morte pela decisão de dar só as notícias favoráveis a uma das partes do conflito.











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