14% vol.
Muito bom.
Sem indicação de castas
13% vol.
Bom.
Bom.
13,5% vol.
Muito bom.
14% vol.
Muito bom.
Bom!
Muito bom!
Bom.
Bom.
13% vol.
Bom!
14% vol.
Bom!
Quiseram isolar as pessoas do mundo, torná-las assépticas, filtrar o ar que respiram por meio dos trapos imundos na boca e no nariz... e depois lixaram os sistemas imunitários, tornando-os muito mais permeáveis àquilo a que, em certos ambientes (esses, sim, mal higienizados, como os hospitais), já é difícil resistir.
A abrir, o "Observador" é taxativo: "Putin em Mariupol de noite para ocultar destruição".
Em Junho do ano passado, soube-se que as bebidas vendidas no Festival do Cavalo Lusitano só podiam ser as que eram distribuídas por uma das empresas do presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, por decisão da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.
Publiquei aqui as dúvidas suscitadas por esta situação, quanto ao que parece ser uma falta de transparência nas actividades do presidente da Câmara, que continua a ser empresário, e as evidências que sustentam essas dúvidas. E, com o direito que me assiste por ser cidadão e eleitor, pedi esclarecimentos às entidades envolvidas. Não tive resposta... o que só reforça as minhas suspeitas.
Nem os submissos jornais locais nem os políticos da oposição, nem os que querem ser "influenciadores", se pronunciaram. Ninguém fez perguntas. Por decisão própria, ou alheia, ou por ignorância.
Agora haverá mais do mesmo?...
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Um assunto que, aqui no concelho, ninguém parece querer ver esclarecido. Ver texto completo, com as minhas suspeitas, aqui. |
É tentador ver nas candidaturas eleitorais apresentadas como independentes de partidos uma virtude. Porque os seus protagonistas, aparecendo livres de compromissos partidários, poderão agir como quiserem e, em teoria, corresponder mais favoravelmente aos votos dos cidadãos.
O problema é que nem sempre é assim e o concelho de Caldas da Rainha, nos últimos anos demonstra que a virtude pública dos independentes dissimula vícios privados. Estatisticamente, o que aqui aconteceu em dois casos apenas revelou que os independentes nunca são de fiar
O primeiro caso, de modesta dimensão, foi o de uma candidatura às eleições locais que se ficou por um êxito relativo e que depois entregou os seus votos a um candidato a líder nacional populista, Foi lamentável e depressa se finou. Mas o segundo, aquele a que agora assistimos, é muito pior e muito mais nocivo.
Refiro-me à candidatura de um movimento que se designou por "Vamos Mudar" e que ganhou as eleições autárquicas de 2021 sob a batuta de um empresário: Vítor Marques. O actual presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha deu prioridade à mudança na sua vida política e empresarial e rejeitou a mudança na gestão municipal.
De Setembro de 2021 a Março de 2023 nada mudou relativamente à gestão municipal. Com efeitos positivos, note-se, porque o que mudou foi tudo para pior.
Vítor Marques, como outros empresários que passam da economia para a política, parece ter tomado a câmara municipal e o concelho como se fossem departamentos de uma sua empresa e passou a agir como CEO da região, e com plenos poderes. O movimento que fundou e dirigiu é uma espécie de exército de sombras, um bando de zombies todos iguais, fechados ao mundo exterior. Os seus rostos e as suas identidades nem terão ficado na memória dos que neles votaram, até porque a ausência de qualquer mudança retirou-lhes todo o protagonismo que poderiam vir a ter
Vítor Marques, na sua pele de presidente camarário, demonstrou querer fazer duas coisas: capitalizar, política e pessoalmente, a construção do novo hospital do Oeste na zona de influência da sua câmara municipal e prosseguir o êxito obtido como empresário. Só que, ao afunilar as suas intenções, condicionou-se.
Se é verdade que o seu êxito nestes dois empreendimentos determinará o seu futuro, o certo é que, se as coisas lhe correrem mal, as suas hipóteses de progresso ficarão comprometidas. Trazer o prometido hospital para Caldas da Rainha dar-lhe-á maiores hipóteses de ganhar as eleições autárquicas de 2025. Se o perder, a vitória ficará muito mais difícil. Por outro lado, o seu desprendimento na relação com a economia privada (vejam-se este caso e este), que é o seu "habitat", pode trazer-lhe dissabores judiciais. Como se tem visto, um presidente camarário arguido por suspeita de crimes na esfera económica pode terminar o seu mandato, mas dificilmente o renovará. Mesmo que procure adquirir uma espécie de "seguro de vida" político.
Depois de ter tomado posse como presidente, Vítor Marques fez um acordo de não hostilidade com o PS de Caldas da Rainha que, sob o manto da colaboração na política municipal, lhe poderia garantir um lugar nas listas do PS em 2025 se as coisas lhe corressem mal. E o PS, eterno derrotado em Caldas da Rainha, bem precisaria de um nome forte para ganhar.
É possível, no entanto, que o acordo tenha ficado inviabilizado com o que parece ser a decisão do Governo (PS) de não "dar" o hospital a Vítor Marques. E o certo é que o signatário do acordo por parte do PS, o ex-candidato e vereador Luís Patacho, interlocutor de Vítor Marques, saiu do PS.
E é assim que Luís Patacho, que nunca ganhou nenhuma eleição para o PS, se pode transformar numa espécie de "seguro de vida" político para Vítor Marques, que ganha assim um parceiro conhecido e com visibilidade pública.
Luís Patacho pode ser o cabeça de lista para a Assembleia Municipal nas eleições de 2025, enquanto Vítor Marques tentará regressar à câmara.
No fundo, será uma simples aplicação do que se faz na economia, onde há transferências de dirigentes de umas empresas para outras e empresas que podem fundir-se, ou associar-se, para prosperar numa mesma faixa de mercado. Como Vítor Marques bem sabe.
Olho sempre com alguma reserva para as grandes empresas de comercialização de vinho. Há quem opte pela facilidade, limitando-se a reforçar o que põem no mercado, espalhando pelas prateleiras dos supermercados mais vinho do que aquele que sai dos territórios de onde, dizem, sai o vinho que vendem. E há os outros, que não deixam de explorar outras opções, lançando, a par dos seus "best sellers" de supermercado, vinhos específicos para públicos de nicho.
Não sabia por isso, confesso, que a José Maria da Fonseca (produtora e distribuidora e com um extenso portefólio de vinhos de mesa, que pode ser consultado aqui) tem produtos de qualidade muito acima da média e à margem das tendências do mercado.
A oportunidade de os conhecer nasceu no segundo jantar vínico do restaurante Recanto, aqui em Caldas da Rainha, num alinhamento que, como o primeiro jantar vínico, foi muito bem conseguido.
À entrada foi servido um moscatel tónico, com o moscatel Alambre, água tónica, uva, gelo e hortelã. Os moscatéis têm sido bem trabalhados pela José Maria da Fonseca e se o cocktail feito com o Alambre foi um começo bastante agradável, já o Moscatel Roxo DSF, de 2007, untuoso e saboroso apesar do seu pendor muito doce, se mostrou um digestivo muito atraente. A seu lado, salva pela união com a Mousse de Chocolate Servida à Antiga, em prato, a aguardente velha Mosca fez uma figura menos feliz.
Entre os dois moscatéis desfilaram dois vinhos brancos, do Alentejo e da Península de Setúbal.
O primeiro (Encantado de 2020, do Monte da Ravasqueira/Sociedade Agrícola D. Diniz, de Arraiolos, feito com uvas das castas Alvarinho, Arinto e Viognier) acompanhou uma tábua de queijos da empresa local Flor do Vale (que tem mais queijos do que parece) e uma deliciosa Sopa de Peixe. Deixou boa recordação, mas a temperatura de serviço, talvez demasiado fria, limitou-lhe as qualidades.
O segundo (Quinta de Camarate seco, de 2022, da José Maria da Fonseca, feito com as castas Alvarinho em 85% e Verdelho em 15%) acompanhou dignamente uma Pescada ao Molho de Marisco e Arroz de Amêijoa (alérgico a marisco, pude comer um lombinho de pescada com broa gratinada e arroz de tomate, numa bela combinação de sabores) e a sua modesta graduação (12,5%) não lhe diminuiu a presença. Casta característica dos vinhos verdes, o Alvarinho apresenta-se com toda a dignidade nestes dois vinhos.
Carlos Brito, da José Maria da Fonseca, que apresentou os vinhos e a actividade da empresa, disse que este Grand Noir era um vinho alentejano à antiga, e tem razão. Apesar da estranheza inicial de este vinho ser um monocasta de uma casta vinda de França e não nascida no "terroir" alentejano, corroboro.
O vinho do Alentejo que em tempos já bebi, localmente e antes da massificação de variedades que procuram corresponder a tendências de gosto dominantes, era mesmo assim, robusto e sem desvios adocicados. Como este que, agigantando-se no sabor e na qualidade, até tem um preço relativamente modesto. Tendo nascido em solo arenoso e tendo dado apenas 6200 litros, sem estágio em madeira, o Grand Noir DSF traz consigo um desafio interessante: acredito que pode viver muito mais em garrafa do que os 15 anos que a empresa sugere como longevidade. Procurem-no, sobretudo se gostam dos vinhos do Alentejo. Não vão encontrar muitos assim.
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"Jornal das Caldas", 2.03.23 |
A
Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste, mais conhecida por ACCRO,
que parece dedicar-se a apoiar empresas no concelho de Caldas da Rainha, reuniu há uma semana os proprietários de onze restaurantes situados na capital do concelho e um numa
freguesia rural, para uma "tertúlia" com o lema “O Futuro da
Restauração: Concorrência ou Aliados?”
A
ocasião, no entanto, parece ter sido mais uma simples reunião de desabafos com
queixas de âmbito mais global do que local (podem ver-se relatos da sessão de
desabafos no "Jornal das Caldas" e na "Gazeta das Caldas"), com um
resultado semelhante às ruas da capital do concelho, e de tantas outras cidades
e povoações do Oeste, depois do anoitecer: escuridão quase absoluta e ruas
desertas.
Se os
participantes estavam à espera de ter algum tipo de amparo por parte da Câmara
Municipal, que mais terá parecido um espírito do outro mundo numa sessão de
espiritismo, a esperança foi por água abaixo.
O mais
importante que a criatura terá dito é que "é preciso unir vontades" para pôr o concelho "no
mapa" e que "há a intenção de apostar em eventos para atrair
público".
Ou seja: nada de novo. O presidente da Câmara
Municipal que, em ano e meio, foi incapaz de cumprir o slogan eleitoral de
"Vamos mudar" (e se alguma coisa mudou foi para pior) disse apenas o
que em qualquer cidade se dizia há dezenas de anos.
Porque, repare-se, Caldas da Rainha não tem uma
imagem de marca, não ultrapassa a dispersão das iniciativas que, só por si, não
atraem público de fora, não sabe reconhecer e promover o que tem, desperdiça o
potencial turístico que lhe poderia valer.
E, no caso da restauração, Caldas da Rainha não se resume
aos restaurantes da cidade que, à noite, são vítimas de um comércio de horários
burocratizados ou de uma postura elitista para a qual não existe público sustentável. Há casos de êxito fora da cidade e há casos de êxito dentro da cidade, com limitações ou à espera de melhores oportunidades, que não o deixam de ser... e que não foram convidados para esta sessão espírita.
Não é pelo desfiar de desabafos em torno do
umbigo que estes empresários urbanos, a quem o poder central e o poder local voltam
costas, poderão conseguir ir mais longe.
Em 13 de Junho de 1233, o papa Gregório X proclamou, na sua bula "Vox in Rama", que os gatos eram cúmplices e instrumentos do Diabo e dos que se dedicavam à magia negra. A partir dessa altura, na Europa católica, os representantes da Igreja lançaram verdadeiras campanhas de extermínio, e de tortura, da população felina.
Acontece que os gatos eram, na ausência generaliza de saneamento básico nas cidades e nas restantes povoações medievais, e onde muitas vezes os penicos eram matinalmente despejados para a rua, a melhor arma para combater os antigos "compagnons de route" da humanidade, os ratos.
Sem gatos, ou com gatos em muito menor número, os ratos proliferaram mais à vontade.
E foram os ratos que, nessa mesma altura, ajudaram à disseminação da bactéria "Yersinia pestis" e da doença a que dá origem, a peste bubónica (ou Peste Negra), que teve o seu pico entre 1343 e 1353 (e que matou um número incalculável de seres humanos), trazida da Ásia pelos ratos que viajavam nos navios juntamente com as mercadorias destinadas à Europa.
No Reino Unido, como em muitos outros países da Europa do século XXI, o saneamento básico não impediu que os ratos continuassem a existir, quer em meio urbano, quer em meio rural, e os gatos continuam a ser razoavelmente eficazes para controlar essa ameaça. Pode imaginar-se que o crescimento descontrolado da população de ratos traria ao contacto directo com os seres humanos outros patógenos muito mais perigosos do que o vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19.
E pode ter sido por isso, ou por motivos políticos, que a ideia estúpida a que esta notícia se refere não foi aprovada.
Mas que ela tivesse sido posta como hipótese diz bem da cretinice que triunfou, por medo, estupidez e desvios fascizantes, entre os "especialistas" e os políticos que, por cobardia, se atiraram para a cama dos ditos "especialistas" durante a mais sobrevalorizada de todas as pandemias.
No Reino Unido como cá.
Este pintarroxo (ou pintarroxa?) faz parte da grande colecção de aves (rolas, melros, um ou outro periquito ocasionais, gaios furtivos, melros teimosos, pintassilgos que se instalaram numa das bungavílias que cresceram encostadas à casa e outras) que, ao longo dos anos, se têm vindo alimentar num comedouro, com comida, que lhes ponho à disposição.
Curioso, o passarinho era um dos primeiros a aparecer quando eu lhes punha comida e, gradualmente, foi-se aproximando. Já percebeu que tem mais comida junto de mim, e da caixa em que lhes guardo a ração, e, de manhã e à tarde, tem aparecido regularmente a esvoaçar junto de mim, vencendo todos os receios naturais.
É atrevido, mas indubitavelmente simpático e tem sempre direito a uns grãos exclusivos. Haverá mais, entretanto?