domingo, 30 de janeiro de 2022

Ler jornais já não é saber mais (134): informação fraudulenta

 


"Expresso", 29 de Janeiro de 2022: numa entrevista que o próprio há de, um dia, de ter vergonha de ter dado, o "video star" Manuel Carmo Gomes é apresentado como "epidemiologista". Que não é. 

Numa página da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, do próprio, que pode ser consultada aqui, facilmente se verifica que este licenciado e doutorado em Biologia e mestre em Probabilidades e Estatística não é epidemiologista.

A informação apresentada pelo "Expresso", nestes termos, só pode ser classificada como fraudulenta. E quanto às duas criaturas que assinam a peça, nesse caso, não podem ser designadas por jornalistas, mas, talvez, por relações-públicas do entrevistado ou... delegadas de propaganda médica?!




O meu voto "utilíssimo" terá de ser na Iniciativa Liberal



Quando for votar para estas eleições legislativas, tornarei o meu voto "utilíssimo" (de acordo com a perspectiva que vi nas redes sociais) e votarei na Iniciativa Liberal, que terá maiores probabilidades de eleger um deputado pelo círculo eleitoral de Leiria, apesar das críticas que lhe faço.

Quero afastar o PS, o BE, o PCP, o PAN e o Livre do poder e quero uma maioria na Assembleia da República que tenha por base (por ordem alfabética) o CDS, o Chega, a Iniciativa Liberal e o PSD. E espero que seja este o resultado destas eleições.



Actualização (01.02.22)

A lógica do "voto utilíssimo" estava errada, tal como as sondagens que a sustentaram: a IL não elegeu ninguém pelo círculo eleitoral de Leiria e o Chega elegeu um deputado (Gabriel Mithá Ribeiro).



sábado, 29 de janeiro de 2022

Sábado

 


O "Tal&Qual" sai à 4.ª feira. O "Expresso", agora, sai à 6.ª feira. O "Novo" sai também à 6.ª feira. O "Sol"/"Nascer do Sol" sai ao sábado (mas esta semana saiu ontem, 6.ª feira).

Compro-os apenas ao sábado, descendo à capital do concelho para os adquirir na simpática Vogal (e para fazer outras compras na cidade). Habituei-me a comprar estes jornais porque ia também procurar duas revistas de cinema ("Total Film" e "Empire"), que me interessam mais do que os jornais portugueses, e que agora assino depois de um bloqueio na distribuição em Portugal. 

E agora desloco-me para ir aos jornais porquê? Nem sei.

Tiro-os do saco do "Expresso", folheio-os, e pouco me resta depois para ler. 

Lembro-me de, noutros tempos (do "Comércio do Funchal" antes do 25 de Abril aos outros jornais, há poucos anos), folhear os jornais não diários com algum interesse e guardar-me depois para os ler mais em pormenor. Mas agora... ficam folheados e o interesse foge-me. E o problema não é meu, mas deste estranho e desinteressante produto em que se transformou a imprensa nacional: monocórdica, atrasada, dedicada às frioleiras da televisão nacional (que também evito) ou a elucubrações intelectuais com artigos de opinião que, sendo relevantes, facilmente se despacham numa leitura "em diagonal" e que, mau sinal, tanto se lêem no própria dia como quatro dias depois.

Pago pelos quatro jornais 14€. Ou seja, por mês, 54€. Já dava para mais um jantar fora de casa. Ou para comprar mais garrafas de vinho. (E não penso neste dinheiro para comprar livros, porque já os compro regularmente, quando me interessam.) 

Um dia será esta a decisão, muito provavelmente, porque isto começa a ser frustrante.

Ah, e a sobrevivência da imprensa, e tal?...  Desta?! Não.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Isto já foi uma lagoa

Estas duas imagens foram captadas por volta das 16 horas do passado dia 25 de Janeiro, terça-feira, e mostram a Lagoa de Óbidos em situação de "maré vazia". 

Há enormes bancos de areia, que já parecem ilhas, revelando o avançado estado de assoreamento do que já foi uma verdadeira lagoa.

Já houve dragagens, sempre atrasadas, parece que vai haver mais, e o resultado é este. O Governo é responsável, mas a responsabilidade maior é das câmaras municipais que tutelam esta zona, Caldas da Rainha (Norte) e Óbidos (Sul).





domingo, 23 de janeiro de 2022

Adoptar ou comprar

Vi, há bem uns sete meses, o anúncio de uma associação de recolha de cães, situada no norte do País, onde aparecia um macho dado como jovem, da raça cocker, para adopção. Declarei o meu interesse e enviaram-me um formulário exaustivo, de várias páginas, que estive a preencher, aplicadamente, durante cerca de duas horas de sábado, e que depois enviei.

Não tive uma única resposta à minha "candidatura" e, mais tarde, o cão voltou a aparecer para adopção, mas desta vez restringida à zona de Lisboa (que fica à astronómica distância de 100 quilómetros do sítio onde vivo).

Nesse formulário, onde destacava a necessidade de um macho ainda muito jovem, explicava a situação: tenho uma cadela cocker com 11 anos (e gosto imenso desta raça) e uma cadela pastora-da-Anatólia com cerca de 6 a 7 anos (a imprecisão da idade deve-se ao facto de ter sido adoptada por nós). Intolerante com outras cadelas mas a dar-se bem, em geral, com machos, e ainda de espírito jovem, esta cadela beneficiaria da companhia de um cão mais novo e o cão poderia beneficiar de algum instinto maternal que ainda poderá ter, estimulado, até, pelas suas características de cão pastor e de guarda. E a preferência por um cocker estava bem explicada: gostamos muito desta raça.

A falta de resposta, que achei bizarra, não me dissuadiu de encontrar um cão ainda muito jovem e que fosse cocker. Até poderá não ser, e eu ficar convencido por outro cão que precise de um "forever home", tal como acolhi, sem saber o que dali sairia, uma cadela que andava à deriva por esta zona e que se revelou ser uma pastora-da-Anatólia, com a majestade do seu porte e dos seus 43,7 quilos de peso, brincalhona e adorável. E quem consegue gerir o quotidiano de uma cocker e de uma pastora-da-Anatólia... bem, é quase como um mestrado em comportamento canino.

Desejando uma raça específica, tendo cumprido o meu "dever" social de acolher um cão perdido, posso encarar como legítima (se quiser, e puder, pagar) a compra de um cocker? Posso, sem a menor dúvida, e tendo o cuidado de distinguir entre criadores profissionais e os outros. 

Não me parece, e este caso pode servir de exemplo, que a adopção ou a compra (de um cão) sejam incompatíveis. São opções diferentes.



terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Tempos de mudança

"Correio da Manhã", manchete, 18.01.2022


"Diário de Notícias", manchete, 18.01.2022


Tempos de mudança: a trágica constatação de que as vacinas podem ser muito perigosas (recorde-se que sendo, ainda, experimentais, estão a ser ministradas a uma população cuja situação clínica é, desde há quase dois anos, maioritariamente ignorada e desconhecida) e mais uma destacada afirmação de que não é possível continuar a manter o mito de que o SARS-CoV-2 é uma nova peste exterminadora.

Mas alguém terá de pagar, de uma forma ou de outra, por todo o mal que fez e ainda continua a fazer...




sábado, 15 de janeiro de 2022

Ler jornais já não é saber mais (133): a estupidez no "Expresso" como epítome da desinformação

 


O uso das máscaras faciais tem, para os seus promotores e cultores, uma justificação que consideram racional: elas impedem que, por meio das gotículas aerossolizadas expelidas pelo nariz, um determinado vírus (neste caso, o SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19) passe para outra pessoa que esteja mais próxima.

Ao contrário do que certas normas governamentais sugeriam, este vírus não andava, nem anda, pelo ar. Pode transmitir-se no contacto imediato, pode ficar, por pouco tempo, em superfícies. E já nem se transmite de pessoa a pessoas se elas estiverem distanciadas dois metros. (É isto que torna tão estúpido o uso das máscaras ao ar livre e dentro dos carros.)

Repare-se nesta fotografia. Ela apareceu, sem indicação de "copyright", no site do jornal "Expresso" a ilustrar um texto intitulado "O que devo fazer a partir de agora em caso de infeção? Um guia para a autogestão da covid" (link aqui). 

A fotografia mostra é um homem com a dita máscara, mas não num espaço fechado, a uma janela. O que é significativo é que a janela, que deve ser de um prédio, e podemos pensar que se trata de uma zona urbana plana, está situada, pelo menos, à altura de um quinto ou sexto andar. A imagem não nos diz se há outra janela a uma distância inferior a dois metros mesmo à frente do homem. Também não mostra pessoas a pairarem diante dele, a levitarem ou a voarem. 

Ou seja: a máscara, num caso destes, é indiscutivelmente inútil. A única vantagem que pode ter é a de dificultar a oxigenação dos pulmões e de, a prazo, causar a morte desta pessoa.

Mas é isto que o jornal propõe como acrescento ao tal "guia": que as pessoas usem a coisa mesmo ao ar livre, mesmo sem ninguém por perto. Indirectamente, o "Expresso" está a dizer: vocês, os infectados (e sabe-se lá se também todos os outros) devem usar a máscara ao livre, quando estiverem sozinhos e talvez mesmo em casa.

E isto é estúpido. As pessoas precisam de respirar livremente, mesmo que a DGS continue a fuzilar-nos com as suas normas igualmente estúpidas e que, pelo menos, não adiciona o uso de máscara ao livre, e em casa, às normas tão pormenorizadas a que se dedica.

Infelizmente, há jornais que o fazem, conseguindo adicionar a estupidez à desinformação. Como o "Expresso", neste caso.



quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Notas de prova

 

Quinta da Espinhosa  Branco Reserva 2019 — DOC Dão Sub-Região Serra da Estrela 
Encruzado e Malvasia-Fina
Alberto A. R. Oliveira Pinto, Vila Nova de Tazem
13,5% vol.
Muito bom!



Quinta da Fata  Tinto Clássico 2012 — DOC Dão 
Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro
Quinta da Fata, Vilar Seco (Nelas)
13,5% vol.
Excelente.



Vale de Vila  Tinto Reserva 2020 — DOC Douro 
Touriga Nacional e Touriga Francesa
Vale de Vila e Figueira, Lda., São João da Pesqueira
15% vol.
Muito bom
(Bebido no restaurante O Recanto, em Caldas da Rainha, 
a acompanhar Cabeça de Porco Fumada com Feijoca).



Casa das Gaeiras  Tinto 2020 — DOC Óbidos
Touriga Nacional, Tinta Roriz e Syrah
Tapada das Gaeiras, Sociedade Vitivinícola, Lda./Parras Wines, Maiorga (Alcobaça)
13,5% vol.
Muito bom
(Bebido no restaurante O Recanto, em Caldas da Rainha, 
a acompanhar Galo Capão com Macarrão).



Paulo Laureano Vinhas Velhas — Tinto 2014 — Vinho Regional Alentejano
Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet
Paulo Laureano Vinus, Lda., Vidigueira
14% vol.
Muito bom.


Poliphonia — Tinto Reserva 2016 — Vinho Regional Alentejano
Alicante Bouschet, Aragonez e Syrah
Granacer, Monte dos Perdigões, Reguengos de Monsaraz
14,5% vol.
Bom.



Montes — Tinto 2016 — Vinho Regional Lisboa
Syrah e Touriga Nacional
Adega Cooperativa de Alcobaça, Alcobaça
14% vol.
Bom!


terça-feira, 11 de janeiro de 2022

2020 – 2021: dois anos de televisão (3 de 3)

Ver nota prévia aqui.



... E ainda:


1983 (Polónia, 2018, Netflix)



A Ilha dos Elfos/Nisser (Dinamarca, 2021, Netflix)


A Very English Scandal (Reino Unido, 2018, HBO)



Ares (Países Baixos, 2020, Netflix)


Arrow (EUA, 2012 – 2020, AMC/Netflix)


Bad Guys/Nappeun Nyeoseokdeul (República da Coreia, 2014, Netflix)


Bad Guys: Vile City/ Nappeun Nyeoseokdeul 2 (República da Coreia, 2017, Netflix)


Bárbaros/Barbaren (Alemanha, 2020 –, Netflix)


Batwoman (EUA, 2019 –, HBO)


Billions (EUA, 2016 – , HBO)


Chapelwaite (EUA, 2021, HBO)


Curon (Itália, 2020, Netflix)


Dark (Alemanha, 2017, Netflix)


Deadwind/Karppi (Finlândia/Alemanha/França, 2018 – 2021, Netflix)



Dogs of Berlin (Alemanha, 2018, Netflix)


Equinox (Dinamarca, 2020 –, Netflix)


Gangs of London (Unido, 2020 –, HBO)


Jupiter’s Legacy (EUA, 2021, Netflix)


Luna Nera (Itália, 2020, Netflix)


Marcella (Reino Unido, 2016 – , Netflix)


Marianne (França, 2019, Netflix)


Mayans M.C. (EUA, 2018 –, Netflix)


My Name (República da Coreia, 2021 –, Netflix)


Narcos: México (EUA/México, 2018 – 2021, Netflix)



O Gang: Assalto Arriscado/Braqueurs (França, 2021 –, Netflix)


Our Boys (Israel/EUA, 2019, HBO)



Paranoid (Reino Unido, 2016, Netflix)


Patria (Espanha, 2020, HBO)


Requiem (Reino Unido, 2018, Netflix)


Seven Seconds (EUA, 2018, Netflix)


Stargirl (EUA, 2020 –, HBO)


Stateless (Austrália, 2020, Netflix)


The Crown (Reino Unido, 2016 –, Netflix)


The Haunting of Bly Manor (EUA, 2020, Netflix)


The Sinner (EUA, 2017 – 2021, Netflix)


The Stand (EUA, 2020 – 2021, HBO)


The Umbrella Academy (EUA, 2019 –, Netflix)


The Valhalla Murders (Islândia, 2019, Netflix)


The Victim’s Game/Shei shi bei hai zhe (Taiwan, 2020, Netflix)


The Walking Dead (EUA, 2010 – 2022, Fox)



The Witcher (EUA, 2019 –, Netflix)



Titans (EUA, 2018 –, Netflix)


Warrior (EUA, 2019 –, HBO)



Wataha (Polónia, 2014 –, HBO)         



Your Honor (EUA, 2020 – 2021, HBO)



Zero Zero Zero (Itália, 2019 – 2020, HBO)