domingo, 28 de março de 2021

Seis a zero

 




Isto é o que relata o "Jornal das Caldas", de 24.03.21, sobre testes nas escolas no Bombarral.
A estatística é o que é e a realidade é esta: havia seis pessoas com covid (declaradas "positivas" por testes que deviam ser PCR, num número indeterminado de ciclos?); em contraprova (com testes de antigénio?), as seis revelaram-se "negativas".
Ou seja, não têm covid.
O alarme sobre a pandemia que talvez já esteja a ser endemia baseia-se nisto.

A mudança da hora como exercício de autoridade

A mudança da hora, irrazoável e estúpida em qualquer circunstância, é-o ainda mais nesta situação de teletrabalho e telescola para famílias inteiras.
Não passa agora de uma demonstração primitivista de força por parte de um governo e de um PR com uma vocação descaradamente autoritária e totalitária: “Tomem lá e aguentem com mais esta, seus estafermos! Aprendam a obedecer!”



Quem manda é o macaco mais forte


sábado, 27 de março de 2021

Incompetência, incúria e desprezo pelos contribuintes na Serra do Bouro (2): isto é roubo





Nós pagamos, os Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha não se ralam, rouba quem quer e à descarada. 
Já vi fazerem isto numa obra da rua onde moro, já vi um camião identificado da Cimalha (sempre essa...) a fazer o mesmo, foi agora este veículo que andava a fazer qualquer coisa no que parecem ser as obras intermináveis e manhosas... da Cimalha.






Enfim, este é daqueles assuntos que não parecem incomodar o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, nem o presidente da União de Freguesias da treta que "levou" a freguesia rural da Serra do Bouro para uma rua da cidade de Caldas de Rainha, Jorge Varela.
E eles querem continuar... a fazer destas e doutras.



quinta-feira, 25 de março de 2021

EDP (ou e-Redes?!) - A Crónica das Trevas (87): outra vez, e com voz de aguardente



Em 29 de Novembro de 2011, já com mais de quatro anos de experiência de apagões nesta região, iniciei uma rubrica regular a que chamei "EDP - A Crónica das Trevas". A entrada mais recente, a 86.ª, foi em Outubro de 2019. Hoje publico a 87.ª nota.
Esta região, a Serra do Bouro, foi flagelada durante muito tempo por apagões com uma frequência quase diária. A EDP, muito criativamente, inventava todas as justificações, evitando o óbvio: o desinvestimento e a falta de manutenção. 
Um dia, por carta, justificaram-se com "as trovoadas de Caldas da Rainha". No entanto, os apagões não tinham preferências meteorológicas. 
Noutro dia, justificaram-se com o roubo de fio de cobre (que é crime) mas, quando eu disse que tinha ido perguntar à GNR e à PSP se tinha havido alguma ocorrência dessas, apressaram-se a dizer que o roubo não fora comunicado "por esquecimento".
Desde, pelo menos, essa data de Outubro de 2019, os apagões não têm durado mais do que um minuto. Mas ontem o pesadelo regressou: às 22h50 a luz foi-se abaixo e já passava da 1h de hoje quando regressou. Não se sabe, nem nunca se saberá, porquê.
Foi, muito obviamente, uma situação irritante. 
Mas o que mais me irritou foi o atendimento telefónico da EDP (ou e-Redes, como parece que agora se chama), feito por uma mulher com voz de aguardente e com uma boa dose de má-criação. 
Estive para a mandar para o c*r*lh* mas o ambiente familiar não o facilitou. Deu-me a informação de que se previa a resolução da avaria "à uma da manhã" e nem lhe perguntei mais nada. Ainda me arriscava a ter de ouvir que a culpa era do covid, ou algum disparate semelhante.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Incompetência, incúria e desprezo pelos contribuintes na Serra do Bouro (1): Câmara Municipal do Lixo


Em Outubro de 2019, o caixote de lixo que servia a zona onde moro ficou com o pedal (que permitia levantar a tampa sem tocar no objecto com as mãos) avariado. Houve quem continuasse a pôr as mãos em contacto com a porcaria. E houve quem largasse o lixo fora do caixote ou em cima dele. Como eu.
A situação coincidiu com o lançamento de uma taxa, a cobrar por esse poço de competência que são os Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha. 
Nessa altura, com a substituição deste caixote, foi prometido por um funcionário do lixo que os caixotes seriam lavados regularmente.
Este nunca foi lavado, nem "higienizado", como agora se diz. E os sacos do lixo regressaram à tampa, por haver gente (eu, também) que não toca na porcaria em que o caixote, um nojo absoluto, está transformado.



E a solução foi... deixar a tampa aberta. Limpar? Substituir? Ora pois.



Ontem, depois da recolha do lixo, os funcionários dos Serviços Municipalizados deixaram o caixote aberto, com a tampa presa. Fica a céu aberto. É atirar o lixo e pode ser que acerte.
É mais fácil do que limpar, não é, senhor presidente da Câmara Municipal? 
É para isto que se candidata outra vez? Para continuar a fazer o mesmo?


É mais fácil do que limpar, não é, senhor presidente da Junta de Freguesia?
É para isto que se candidata outra vez? Para continuar a fazer o mesmo?



É proibido trabalhar

 





O triunfo de Zack Snyder

 


"Zack Snyder's League of Justice" (HBO) é um triunfo. E por três motivos:

1 - A sua versão de quatro horas tem espaço para a história, para as cenas de acção e para o desenvolvimento das várias personagens. Tem tempo para tudo e, com isso, a riqueza narrativa ganha fôlego. 

2 - A estrutura da narrativa, em capítulos, está adequada ao meio que é a televisão. Os espectadores podem seguir a história sem se deterem, mas também fazer pausas. 

3 - Tecnicamente, o filme é um prodígio e as sequências CGI estão solidamente concebidas e desenvolvidas.

Tenho defendido, no que se refere à relação entre a televisão de hoje e o cinema, que seguir uma série é como ler um livro e que a longa-metragem é como um conto. Temos tempo para ver a série ao nosso ritmo, como podemos ler um livro ao nosso próprio ritmo, com as pausas que consideramos necessárias. "Zack Snyder's League of Justice" é, nessa perspetiva, um produto de fusão perfeito (como aqui previ).



domingo, 21 de março de 2021

A explicação dos asnos

É o bicho, é o bicho...


A pessoa A está reformada. Mantém, a partir de casa, a sua intervenção num projecto profissional que ela própria criou. Mora numa casa isolada, no interior, nem sequer vendo os vizinhos que habitam em casas que estão, relativamente, mais perto. Frequentou um curso universitário, sem se licenciar, e a sua profissão exigiu sempre curiosidade, necessidade de se informar e de se actualizar. Lia livros e suponho que ainda lê. Desde Outubro do ano passado fechou-se em casa com a pessoa B, que lhe é cônjuge. Acredita que "o bicho" anda... em qualquer sítio. E que "o bicho" a pode atacar, suponho eu. Não sei se usa máscara em casa ou na sua propriedade. Nem se acredita que, se se fechar em casa nas horas do recolher obrigatório, fica poupada ao "bicho".

A pessoa B não está reformada. Já trabalhou presencialmente e esteve em teletrabalho. Era uma pessoa alegre e bem-disposta mas, quando a vi pela última vez (talvez em Novembro), nem um sorriso se lhe viu. Tem um curso universitário. Lia livros e suponho que ainda lê. Ia ao teatro e ao cinema, frequentava com gostos restaurantes. Não sei se usa máscara no apartamento que tem nos arredores da capital e na casa, mais isolada, que tem numa localidade com praia. Nem se acredita que, se se fechar em casa nas horas do recolher obrigatório, fica poupada ao "bicho".

A pessoa B está reformada. Tem um curso universitário. Lia livros e suponho que ainda lê. Ia ao teatro e ao cinema, frequentava com gostos restaurantes. Não sei se usa máscara no apartamento de condomínio aberto que tem nos arredores da capital. Nem se acredita que, se se fechar em casa nas horas do recolher obrigatório, fica poupada ao "bicho". Já me contaram que, no Natal, não queria ir visitar da família da pessoa que é cônjuge dela, e já se referiu, com horror, aos "assintomáticos". 


Há um traço comum nestas três situações: as pessoas A e C não têm de sair de casa para receberem os seus rendimentos e a pessoa B nem sempre é obrigada a sair.
A crise económica poupou-as. Quanto a compras, fá-las-ão on line, em grande medida, ou estão a cargo dos cônjuges. Ficando em casa, submeter-se-ão às campanhas de medo dos telejornais e seguirão os "especialistas" e o seu circo televisivo. Não precisarão de ir ver as incongruências do uso das máscaras nem as pessoas que estão a lutar pela vida e a trabalhar, porque, se não o fizerem, não têm dinheiro para o mais básico, nem sequer para se alimentarem.
Além disso, o domínio mental a que se submeteram também as fechou a outras opiniões. E se, antes, procuravam andar informadas, agora acreditam piamente no discurso oficial.
Uma das coisas que me tem surpreendido nesta pandemia que, nesta fase, já deve ser endemia, é a submissão de pessoas inteligentes e cultas à narrativa oficial e o modo como, de certa forma, se suicidaram mentalmente. Talvez estas notas expliquem esse fenómeno. 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Evidências


Há aquilo que se diz sobre "um boi a olhar para um palácio"
mas o desenho infantil que se vê à esquerda não é um palácio.


1. O País está (estupidamente) fechado há mais de um mês. Criou-se uma ficção alarmista com base em pressupostos mediáticos, procurando disfarçar a inexistência de planeamento para uma crise sanitária inevitável (como nos outros anos), o desinvestimento no SNS e a cobardia evidente dos políticos que foram entregar-se a "especialistas" ignorantes na matéria.
A catástrofe económica generalizada tem nesta particularidade o melhor exemplo da monstruosa estupidez que lhe está subjacente: a obesidade é um perigo em geral (e os "estudos" que proliferam como moscas até dizem que os obesos são das principais vítimas da covid), mas o que primeiro reabre são os cabeleireiros e os ginásios ficam para depois.
Em toda esta efabulação, o que interessa é sempre a aparência e nunca a essência.

2. A definição de risco dos concelhos, se os números oficiais estavam certos, foi sempre distorcida pelos números sobre os contágios nos lares. Não estamos a falar de vírus à solta na rua (e recorde-se que, pela narrativa oficial, o vírus até tem horários de ataque) mas de "casos" em comunidades concentradas, com dezenas de pessoas.
Excluindo esse vector, que também originou a afluência aos hospitais, qual era a realidade? Não se sabe. As entidades oficiais nunca o disseram, os "especialistas" ignoraram-na e a imprensa nunca perguntou. Mas é possível especular: os surtos que fizeram aumentar os números dificilmente poderão repetir-se.

3. Os vírus, fora os da ficção científica, têm, em geral, uma incidência epidémica, pandémica e depois endémica. Perdem força. Tornam-se parte da natureza, humana e animal. 
O SARS-Cov2 já existia em Portugal, oficialmente, em Fevereiro de 2020 (um mês antes do alarme geral). Já existia em Itália e em Espanha no final de 2019, pelo que não é muito especulativo pensar que também já estivesse entre nós em 2019. 
O alarme que associam ao Natal não nasceu de pessoas a morrerem pelas ruas, mas de surtos de comunidades fechadas. Estará o vírus endémico e, nesse caso, já haverá imunidade de grupo? Estranhamente, é assunto tabu.


No "Expresso": o vírus já "circulava" mas não fazia mal a ninguém? É isso?



As entidades oficiais silenciam o tema, os "especialistas" ignoram-no e a imprensa nunca perguntou, mesmo quando "tropeçou" na questão, como o "Expresso" há poucas semanas..

4. A condução da "luta anti-covid" foi entregue não a epidemiologistas mas a matemáticos e outros que fizeram uma "perninha" na epidemiologia. (É como chamar o serviço de assistência de uma empresa de telecomunicações para tratar de uma fuga de água.) 
Foi destes "especialistas" que nasceram, por antecipação, "modelos" com previsões apocalípticas que a realidade desmentiu em grande.
As entidades oficiais fazem de conta que não viram o falhanço, os "especialistas" preferem obviamente esconder o seu fracasso e a imprensa nunca perguntou. Nem pelos artigos científicos (revistos por pares) que eles já deviam ter escrito para revelarem o seu saber e a sua experiência.

5. Os testes, feitos por um número incalculável de empresas especializadas e outras de vão de escada (com a exploração dos ciclos, no caso dos PCR, em que encontram tudo e mais um par de botas), são o suporte deste conceito de pandemia. É um ciclo vicioso: testa-se muito (com que eficácia, se a pessoa pode contaminar-se no minuto seguinte ao teste?), há sempre "casos" garantidos, a população assusta-se e acorre aos testes, as empresas ganham milhões, fazem mais testes, há sempre novos "casos", a população assusta-se e acorre aos testes... 
A pandemia, que se transformou em "pandemia" quando se escondem as implicações do conceito de endemia, só terminará quando as empresas de testes quiserem que termine.