terça-feira, 20 de março de 2018

Ler jornais já não é saber mais (34): o jornalismo estatístico

De há muito que o jornalismo português deixou de ser criativo, adoptando uma espécie de princípio básico tipo "Maria vai com as outras". 
Não há melhor exemplo do que o repetitivo e enjoativo recurso às estatísticas e às médias que daí se podem inferir, em títulos (manchetes, até!) que pressupõem berros de espanto por acontecer um determinado número de coisas todos os dias, todos os anos ou "cada vez mais" ou... seja lá o que for.
E nisto tudo há um mistério: quem é que, nestes jornais (o campeão é o "JN", seguido pelo "Público"). acredita que vão vender mais exemplares com títulos destes?














































[Estes dois (tristes) exemplos são, com um intervalo de uma semana ou dez dias ou seja qual for o prazo, do mesmo jornal, o clandestino "i". O que é que diferencia um do outro, verdadeiramente? Ou seja, onde é que está a notícia? Com alguma boa vontade, a notícia (a "nova") é esta: o jornalismo desapareceu.] 


















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