Chega-me, por acaso, a informação de um "policial passado em Portugal".
Parecendo autoedição, não é. A editora é respeitável. Mas depois a sinopse é risível, com uma impressionante densidade de lugares-comuns e a suspeita de que toda a história vai viver de alusões e com personagens decalcadas a grosso. O nome do autor parece um pseudónimo mal enjorcado, a atirar para o nome-estrangeiro-para-disfarçar.
Pode ser que a historieta tenha sorte e que, apesar de não parecer recomendável, também ajude a que um dia, talvez quando já nem houver livros e antes mesmo de haver cinema e televisão a sério em Portugal, haja uma "literatura policial" autóctone, inteligentemente autóctone, que tenha lugar e público que a compre, entre a muita porcaria que vem de fora e que vai saindo, num mercado que me parece bastante desorientado.
Pode ser que a historieta tenha sorte e que, apesar de não parecer recomendável, também ajude a que um dia, talvez quando já nem houver livros e antes mesmo de haver cinema e televisão a sério em Portugal, haja uma "literatura policial" autóctone, inteligentemente autóctone, que tenha lugar e público que a compre, entre a muita porcaria que vem de fora e que vai saindo, num mercado que me parece bastante desorientado.
("Dor de cotovelo", dirá o leitor ocasional. Não é. Já cumpri a minha parte. E não sofro de "bloqueio de escritor", nem de falta de imaginação, nem de disciplina de trabalho. Agora vou traduzir duas páginas de um livro sobre urologia e depois tenho de ir passear os cães, antes que o tempo aqueça demais.)
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