O "Observador" é um jornal estimável e com algumas preocupações de qualidade mas, como tantas vezes acontece neste meio, quando faz asneira... faz asneira da grossa.
Neste caso, pôs meia-dúzia de pessoas (cujos critérios de escolha não indica) a fazer o balanço das "melhores e piores séries de 2016" na televisão. E o seu crítico de cinema ficou de fora, não se sabe porquê.
Os respectivos textículos, que não são leitura que se recomendam, ilustram o imenso deserto do jornalismo cultural português.
As escolhas estão centradas na produção de língua inglesa, andam pela espuma do que é mais mediático nos últimos meses, traduzem uma ignorância gritante face ao panorama televisivo dos últimos anos e à sua importância e passam ao lado de um pormenor fundamental: podem eleger-se mini-séries por ano, ou por qualquer outro período, mas não séries que se prolongam ao longo de vários anos e que, por isso mesmo, têm oscilações de qualidade.
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