segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Os "eleitos autárquicos" foram todos para Auschwitz, foi?!

Na polémica sobre a agregação de freguesias, há quatro anos, os membros de câmaras municipais e juntas de freguesia usaram o argumento abjecto, para combater a redução do número de freguesias, de que iam perder o "emprego". Os interesses das populações foram vergonhosamente desprezados e a grande preocupação foi a dos lugares que se extinguiam.
A redução do número de freguesias fez-se e, por exemplo, em Caldas da Rainha, o modo como os próprios eleitos participaram na coisa foi na mesma vergonhoso (os pormenores podem ser lidos aqui).
Quatro anos depois, e estando bem à vista o fracasso e os prejuízos (para as populações) que em muitos casos resultou da agregação de freguesias, já se pensa na "reversão" do processo. E ainda bem, onde for necessário (e, no caso de Caldas da Rainha, é uma maneira de anular um acasalamento absurdo entre freguesias).
Só que não é pelo regresso ao choradinho da "eliminação" de cargos que se deve ir, embora já dê para perceber que é o que ocupa a mente de algumas pessoas.
Veja-se o caso da moção aprovada na assembleia de freguesia da mistura que resultou da junção entre uma freguesia rural (Serra do Bouro) e uma freguesia urbana (Santo Onofre) com outra pelo meio e que nem figura na mistura: "tal medida significou a eliminação de milhares de eleitos autárquicos", como se pode ler neste excerto da notícia publicada pelo "Jornal das Caldas" de 30.11.16.



"Eliminação de milhares de eleitos autárquicos"?!


Até parece que os "eleitos" foram metidos todos em Auschwitz, coitados...
De qualquer modo, se é assim que querem fazer, era melhor que estivessem quietos. 
Já dá para perceber que ao disparate inicial se vai seguir outro, e pelos piores motivos: arranjar empregos e para muita gente.


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