Na polémica sobre a agregação de freguesias, há quatro anos, os membros de câmaras municipais e juntas de freguesia usaram o argumento abjecto, para combater a redução do número de freguesias, de que iam perder o "emprego". Os interesses das populações foram vergonhosamente desprezados e a grande preocupação foi a dos lugares que se extinguiam.
A redução do número de freguesias fez-se e, por exemplo, em Caldas da Rainha, o modo como os próprios eleitos participaram na coisa foi na mesma vergonhoso (os pormenores podem ser lidos aqui).
Quatro anos depois, e estando bem à vista o fracasso e os prejuízos (para as populações) que em muitos casos resultou da agregação de freguesias, já se pensa na "reversão" do processo. E ainda bem, onde for necessário (e, no caso de Caldas da Rainha, é uma maneira de anular um acasalamento absurdo entre freguesias).
Só que não é pelo regresso ao choradinho da "eliminação" de cargos que se deve ir, embora já dê para perceber que é o que ocupa a mente de algumas pessoas.
Veja-se o caso da moção aprovada na assembleia de freguesia da mistura que resultou da junção entre uma freguesia rural (Serra do Bouro) e uma freguesia urbana (Santo Onofre) com outra pelo meio e que nem figura na mistura: "tal medida significou a eliminação de milhares de eleitos autárquicos", como se pode ler neste excerto da notícia publicada pelo "Jornal das Caldas" de 30.11.16.
"Eliminação de milhares de eleitos autárquicos"?!
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Até parece que os "eleitos" foram metidos todos em Auschwitz, coitados...
De qualquer modo, se é assim que querem fazer, era melhor que estivessem quietos.
Já dá para perceber que ao disparate inicial se vai seguir outro, e pelos piores motivos: arranjar empregos e para muita gente.
Já dá para perceber que ao disparate inicial se vai seguir outro, e pelos piores motivos: arranjar empregos e para muita gente.
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