O escritor norte-americano John Grisham, cronista inveterado do sistema judiciário, procurou sempre retratar juízes, advogados e delegados do Ministério Público com algum realismo nos quase trinta romances que publicou: nem todos são bons, nem todos são maus, há alguns que são bons e maus, as circunstâncias condicionam as pessoas.
Mas isso foi até agora. Em "Rogue Lawyer", a sua obra mais recente, John Grisham vai mais longe do que alguma vez tinha ido: juízes e Ministério Público não são flores que se cheirem (e a sua descrição de uma juíza é sugestiva...), dos advogados há poucos que se aproveitem e o melhor (ou pior, segundo as regras normais da experiência comum) é Sebastian Rudd, o tal "rogue lawyer", capaz de tudo, ou quase, para triunfar nos casos pelos quais advoga... e nos outros domínios da sua animada vida pessoal. E que é o herói indiscutível deste seu livro.
É por esse motivo que "Rogue Lawyer" é um dos seus melhores romances dos últimos anos e dos mais subversivos de um autor coerente e sabedor.
(Este livro está publicado em Portugal com o título "O Advogado Mafioso" pela Bertrand Editora.)
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