Parece-me, às vezes, que os editores se movem por modas. O exemplo mais pertinente, neste caso, será o dos "policiais" escandinavos.
O êxito da trilogia de Stieg Larsson parece ter servido de mote a uma série de aquisições onde até pode acontecer que todas as obras sejam efectivamente boas. Mas é uma opção de vários editores que tem todo o aspecto de ser ditada pela convicção de que se o público gostar de uns nórdicos de nome esquisito também irá gostar de outros nórdicos de nomes igualmente esquisito. Ao mesmo tempo, também se verifica (o reforça a ideia das tendências de moda) que os romances "policiais" de escritores começam a ter menos presença.
Este comportamento contrasta com a sistemática ausência de autores (justamente) consagrados de outras nacionalidades e, muito em especial, de portugueses. Ou seja, daquilo que não está na moda.
E é mau que a moda se sobreponha à qualidade, sobretudo num género onde me parecem existir leitores fiéis e com interesses bem definidos.
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