quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A lei da bala

No concelho de Caldas da Rainha, onde resido, não há uma rede de transportes públicos que ligue as freguesias do interior entre si ou à cidade.
Onde moro não passa um único autocarro. E é frequente ver idosos ao volante de carros velhos ou dos popularmente designados “papa-reformas” porque não têm outro meio de se deslocarem.
Não é caso único em todo o país.
Até há pouco tempo eu e todos os outros habitantes desta região estávamos a subsidiar, indirectamente, todos os transportes públicos de Lisboa e dos seus subúrbios, o STCP e o Metro do Porto. Espero que o aumento dos bilhetes (que só por si, não resolve o problema da dívida acumulada que gestores e trabalhadores deixaram alegremente aumentar) tenha reduzido um pouco o nosso contributo.
Também estivemos a ajudar a pagar as SCUT, um pouco por todo o País, apesar de não as usarmos. E os que sempre as usaram e que agora protestam contra a cobrança de portagens nunca se devem ter preocupado muito com os que andavam a subsidiá-los.
E se agora sublinham os seus protestos à bala e com actos de vandalismo mais me desagrada ter andado a subsidiá-los
Estamos todos financeiramente "à rasca", não estamos?
Então que pague cada um as suas dívidas em vez de terem atitudes malcriadas "de criança" com acesso a brinquedos perigosos.

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