Há três anos e meio, fui abalroado num cruzamento por um SUV bem maior do que o meu, com danos generalizados consideráveis. A nervosa condutora que dele saiu disse logo que ia com pressa, assumindo a sua responsabilidade. Só que entrou no cruzamento pela minha direita e, a conselho de um sujeito entretanto aparecido (que não era o marido, de quem andava a divorciar-se), mudou de opinião.
A seguradora do carro dela mandou uma empresa externa verificar o que se passava. A seguradora do meu carro (BES Seguros) fez o mesmo. Mas, apesar de todas as provas materiais e de todos os indícios bem visíveis, fui eu declarado culpado porque a apressada criatura vinha pela direita. E pouco importava que eu já estivesse no centro do cruzamento.
Quando tentei perceber o que se estava a passar, vim a saber que a empresa mandada avançar pela BES Seguros, cujo enviado tinha percebido o que se passara, vira a encomenda do serviço anulada. A decisão era burocraticamente simples: nestas coisas, ganha quem aparece pela direita.
O meu protesto só me valeu a atribuição pela BES Seguros de um carro topo de gama (bastante acima da categoria do meu), em versão de carrinha, em que andei durante sete ou dias e que era, de facto, bastante interessante. Resolvido o caso, anulei o seguro com essa empresa e fui à procura de melhor.
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