A extensa zona florestal da Serra do Bouro, que é capaz de ser "paisagem protegida" (mas não se sabe de quê, ou de quem), tem potencialidades imensas como zona de passeio, de lazer, de observação de aves, de muitas outras coisas que se podem fazer ao ar livre.
Mas isso implicaria uma política de protecção do ambiente, e da natureza, coisa a que a Câmara Municipal de Caldas da Rainha (e a junta de freguesia que tutela esta zona) é absolutamente alheia, sobretudo quando dá trabalho.
Esta região é, à sua maneira, um cemitério: de entulhos diversos e do empreendimento turístico do "Plano de Pormenor da Estrada Atlântica" (que nunca saiu do papel, embora tivesse sido motivo para muito "papel" entrar em muito bolsos).
A tendência de cemitério foi há poucas semanas reforçada por uma das muitas actuações estúpidas das autoridades municipais: a abertura de uma estrada de terra batida... com a particularidade de o depósito de cascalho e de pedras ter trazido, ao que parece, entulho proveniente da demolição de casas. Entulho esse que ficou bem à vista, a convidar a que haja outras pessoas que vão fazer o mesmo, agora com maior convicção.
Apetece-me perguntar se o presidente da Câmara Municipal, Tinta Ferreira, e o das freguesias, Jorge Varela, sabem disto, se concordam, se acham que é assim que se defende o ambiente e que se valorizam os recursos naturais. Mas não vale a pena. É mais do que evidente que sabem, e que se estão nas tintas para coisas que se passam a... pelo menos, uns cem mil quilómetros dos seus confortáveis tronos.
A Serra do Bouro fica muito longe, não é, senhores presidentes? |
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