segunda-feira, 5 de abril de 2021

Dia 80



Hoje é o dia n.º 80 do malfadado regime de prisão domiciliária a que o governo nacional socialista chamou, eufemisticamente, "confinamento".
Este é também é o dia em que regresso ao ginásio. Interrompi esta actividade em 15 de Janeiro (quando começou este desgraçado sistema de vida) e, tendo falhado uns dez dias, consegui disciplinadamente manter um regime diário de treino durante estes 79 dias, com o devido apoio à distância do CrossFit Lusíadas a que hoje regresso. 
No primeiro confinamento, e até ficar regularizado o funcionamento dos ginásios de acordo, aguentei-me com treinos improvisados. Mas desta vez já não. E foi uma boa decisão.
Frequentava nessa altura o Balance Club e só o facto de não ter aberto de acordo com a minha conveniência (hora do almoço) me levou à procura de outro ginásio. Num como noutro encontrei profissionais competentes e que sabem o que fazem. E nos dois confirmei a minha impressão de que a actividade física desportiva, disciplinada e controlada, é fundamental.
Foi só há quinze anos que, ainda em Lisboa, comecei a ir ao ginásio. Com ajustamentos sábios, mais tarde, percebi a enorme vantagem desta actividade. E é por isso que vejo como uma enorme estupidez a decisão do Governo de atrasar a abertura dos ginásios. Melhor: de os fechar.
Fora da girândola de disparates que aparecem regularmente no jornalixo (tipo "os carecas apanham mais covid do que as pessoas com cabelo" ou "quem anda mais devagar apanha mais covid"), não me esqueço de uma notícia que parece ter algum fundamento: a doença conhecida como covid-19, causada pelo vírus SARS-Cov2, e que é mais perigosa para os muito idosos com outras doenças graves, pode ser preocupante para os obesos. 
Bastaria isto, num sector (o dos ginásios) onde não são conhecidos surtos e onde se manifesta o mesmo entusiasmo pelo álcool-gel, para poupar os ginásios à morte lenta do confinamento. Não foi o caso e o Governo esmerou-se mesmo em dar prioridade aos cabeleireiros. A encenação covidista está toda aqui: o que interessa é a aparência e não a essência.
Portanto, aí vou. Disciplinadamente, três dias por semana, com treinos de duas horas. Como faço há vários anos. 
E acreditem: estou, e sou, muito melhor do que alguma vez estive!

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