Já expressei dúvidas (aqui e aqui, por exemplo) sobre o valor turístico das "Tasquinhas da Expoeste", de que muita gente gosta neste concelho. É interessante verificar que não estou sozinho, como o demonstra a crónica assinada por Margarida Varela com o título "E..." na "Gazeta das Caldas" (aqui, com texto reservado a assinantes da edição digital).
Escreve Margarida Varela:
"No rescaldo das animadas noites da Feira dos Frutos também é ousado forçar outro olhar que não o do entusiasmo, porque é verdade que saiu muita gente à rua, sobretudo jovens em busca de convívio e alegria.
Nas 'Tasquinhas' contemplamos as freguesias e as associações. Nos 'Frutos' (que de frutos teve pouco) juntamos sobretudo os jovens e uma faixa mais citadina.
Porém, para além da euforia gerada pelo pretenso sucesso destas duas iniciativas, cabia à Câmara divulgar um dado crucial.
Qual é o impacto destes eventos?
As Tasquinhas e a Feira dos Frutos foram capazes de atrair públicos nacionais e estrangeiros, que às Caldas vieram deixar valor, ou tratou-se essencialmente de público local? Sendo que assim só se verificou transferência de consumos, sem efectiva criação de valor para o concelho."
E termina:
"Apenas andamos a perder tempo e a deixar que outros nos passem à frente. É desesperante perceber o manancial histórico, a riqueza gastronómica que não se resume, de forma alguma, às cavacas, a diversidade de ofertas turísticas em várias valências… Tanto que temos para oferecer!"
É bem verdade. E é de esperar que, com o tempo, haja mais gente a percebê-lo. O concelho de Caldas da Rainha tem todas as condições para ser um polo turístico significativo. Só não o vê quem não quiser.
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