sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Português finalista no prémio do festival de literatura policial de Toulouse

A notícia, a ser dada cá, seria mais ou menos esta. 
Ninguém a dá, dou eu, com este "press release" da organização do Toulouse Polars du Sud, festival a que já aqui fiz referência. 



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A "beleza" dele deve ser isto, realmente




Este chafariz (?) fica no pequeno largo de uma povoação chamada Cabeço da Vela na freguesia (extinta) da Serra do Bouro, no concelho de Caldas da Rainha. 
Por aqui passam, como residentes (temporários) ou apenas em passeio, algumas dezenas de visitantes e turistas estrangeiros e nacionais. Aliás, a população local mais do que deve duplicar nos meses de Julho e Agosto e em parte de Setembro.
Caldas da Rainha, diz-se, é terra de ceramistas. De Bordallo Pinheiro a uma boa dúzia de artistas contemporâneos, há peças para todos os gostos em figuras, azulejaria e utensílios diversos.
Não deve custar uma fortuna substituir, ou reparar, esta triste fonte de água canalizada, e dar-lhe uma dignidade que esta coisa esburacada e com uma torneira de cano de plástico não tem.
Os poderes públicos, no entanto, ignoram (e desprezam) o interior. 
O presidente de junta de freguesia que, infelizmente, está em funções proclamou há um ano que queria "embelezar" a Serra do Bouro. Há um ano já isto existia. Continuará, decerto, a existir. E das duas uma: ou a criatura não cumpre o que promete ou é este mesmo o seu conceito de "beleza".

domingo, 26 de agosto de 2018

As belezas do Varela

Há um ano, o então candidato ao que deve ser a função mais importante da vida dele queria "embelezar" a Serra do Bouro.
As "belezas" estão à vista de toda a gente, e dos muitos turistas estrangeiros que, depois de andarem por cá, devem pensar que a Serra do Bouro é um país do Terceiro Mundo.

Isto parece ter sido uma boca de incêndio

E isto já foi uma rua alcatroada (Rua José Malhoa).



Notas de prova

Forja do Ferreiro — Tinto 2015 — DOC Beira Interior
Rufete, Jaen, Marufo, Tinta Roriz e Touriga Nacional
Quinta dos Termos, Belmonte
13,5% vol.
Muito bom
(Bebido no restaurante De Mar em Mar, Salir do Porto,
 a acompanhar Cataplana de Bacalhau)

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

As belezas do Varela




Para respeitar a "ruralidade", a Rua Vasco da Gama (na Serra do Bouro, Caldas da Rainha) não é alcatroada mas coberta de cascalho e areia.
É assim que o presidente da junta de freguesia quer "embelezar" a Serra do Bouro.


domingo, 19 de agosto de 2018

As vozes de burro podem não chegar ao céu, mas ao "Expresso", obviamente, chegam

A criatura que escreveu estas linhas que a seguir transcrevo faz parte de uma manada imorredoura de jornalistas (antigos, recentes, assim-assim) que se acham mais do que habilitados para escreverem sobre cinema e, no que parece contraditório mas por nenhum motivo o é, sobre a televisão contemporânea. 
Muitas vezes lhe vi (e revi) textos em bruto e abrutalhados, nos idos de 80, e, para bem de todos e do próprio jornal, até consegui substituí-lo na cobertura de um festival de cinema.
Registemos o que escreve, dando-lhe eu o benefício de a coisa se poder explicar pelo facto de ter prestado pouca atenção a menos séries de televisão do que aquelas que até os meus cães já viram:

"(...) Começarei por dizer que ando cansado da monótona rotina das séries de televisão. O que vou escrever a seguir não será simpático, nem para um habitual seguidor de séries, como eu, mas começa a consolidar-se em mim a ideia de que, no geral, são muito reacionárias. Calma. Também poderia ir por aí, mas nem me estou a referir a questões políticas ou ideológicas. Fico-me, por agora, apenas pela constatação de que na reprodução dos seus modelos narrativos, revelam um conservadorismo confrangedor. De alguma forma, repetem à exaustão estruturas narrativas, muito ao estilo das novelas do século XIX, sem qualquer arrojo estético. Sem capacidade, vontade, ou interesse em suscitar questionamentos passíveis de afastarem espetadores. Tudo muito regular, muito dentro da norma, Nada de colocar em causa o 'status quo'. Algumas exceções, como 'Black Mirror', na Netflix, confirmam a regra. (...)"


Ou seja: "The Wire", "Treme", "The Deuce", "House of Cards", "Os Sopranos", "Sons of Anarchy", "Breaking Bad", "Better Call Saul", "Orange is the New Black", "Damages", "Billions"?... Para o iluminado, nunca existiram.



As belezas do Varela: na cidade tudo, na serra nada


Parece uma mosca, pousando com a sua característica inteligência em tudo o que pode. Queria "embelezar" mas a degradação é absoluta. 
Gastou não sei quanto a fazer um logotipo mas não quer "embelezar" um chafariz. Apresentou uma série de "propostas" eleitorais para idiotas e o certo é que, numa curiosa sintonia, elegeram-no.
Agora pousa numa revista publicitária clandestina (e quanto custou a coisa ao erário público?) a reafirmar o "embelezamento" mas depois, na qualidade de presidente da malparida União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, o que anuncia é tudo para... a cidade. 
Veja-se só: "uma Unidade de Saúde Familiar em Santo Onofre [cidade], um edifício sede para a Companhia de Teatro da Rainha [cidade] (...) reabilitação urbanística nos bairros da Ponte, dos Arneiros e das Morenas [cidade]"
Nunca tive, nem consigo ter, boa impressão do antigo presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro, mas, em tudo, incluindo as suas bizarras corridas de caracóis, conseguia ser muito melhor do que isto.
É possível que a população local que lhe deu o voto mereça esta espécie de castigo divino, mas a meia-dúzia de pessoas sensatas e avisadas que não votaram nele é que não mereciam isto.






A dicotomia entre não conseguir ser e não querer ser… competente.


Notas de prova



Pomares — Tinto 2017 Reserva — DOP Douro
Touriga Nacional. Touriga Franca e Tinta Roriz
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Covas do Douro
13,5% vol.
Bom!

Notas de prova


Pelludo da Pellada — Tinto 2015 — DOC Dão
Jaen, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Pinheira
Quinta da Pellada (Pinhanços, Seia) e Os Goliardos
13% vol.
Muito bom.

Notas de prova


Caves Rendeiro — Tinto 2015 Reserva Especial — Vinho Regional Lisboa
Touriga Nacional, Tinta Barroca, Merlot e Caladoc
Caves Rendeiro, Aldeia Gavinha (Alenquer)
14,5% vol.
Muito bom!
(Bebido no restaurante O Melro, em Óbidos.) 

Notas de prova


Marquês de Marialva — Tinto 2014 Reserva — DOC Bairrada
Baga
Adega Cooperativa da Mealhada
13,5% vol.
Muito bom!

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

EDP - A Crónica das Trevas (82): para foder os electrodomésticos

Meia-noite, de ontem para hoje, em cerca de oito minutos: três apagões sucessivos, como sismos. Daqueles que, se quisesse deliberadamente foder os electrodomésticos das suas vítimas, a EDP não arranjaria melhor.
Até pareceu ser, realmente, um ataque aos electrodomésticos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Caça à multa: a armadilha da Avenida Infante D. Henrique (Caldas da Rainha) (2)



Expus aqui a armadilha de caça à multa que está montada na Avenida Infante D. Henrique, em Caldas da Rainha, no sentido nascente - poente.
No sentido inverso, para quem sai da autoestrada (A8) no sentido Sul - Norte, a situação consegue ser pior. Até parece de propósito para apanhar os visitantes incautos. Que, segundo costa, "caem como tordos" nesta armadilha que é altamente lucrativa para a PSP.
Siga as fotografias, leitor, e tome cuidado…




Esta é a saída n.º 19 da A8 no sentido Sul - Norte. É a terceira saída para Caldas da Rainha (cidade e concelho) e indica a Zona Industrial.







A saída n.º 19 é uma bifurcação. 
Para a esquerda (veja os sinais) é a Zona Industrial. Para a direita, Caldas da Rainha. Mas… a cidade ou o concelho? E a cidade começa onde? 
Isto é importante, porque a saída da A8 desagua no meio de terrenos sem características urbanas, sem prédios… e sem um único sinal de limite de velocidade. Já não são os 120 km/hora da autoestrada. Mas serão os… 90 km/hora? Ou 50? Será 50 se for uma zona urbana, clara. Mas esta é uma zona urbana?





Quem sai da autoestrada e avança em direção à cidade de Caldas da Rainha não chega a  ver o minúsculo sinal, empoleirado num viaduto por cima da A8, que para a PSP marca habilidosamente o limite da "localidade". 
Portanto, sem uma zona de características urbanas, tenderá pensar que não está ainda na cidade e que, como tal, não tem os 50 km/hora por limite para a sua deslocação.
Mas aqui, como minas, já podem estar os radares da PSP.






Não há, até à bomba da Repsol e depois até à rotunda onde começa o AKI, um único sinal que esclareça que já se está na cidade nem um único sinal de limitação de velocidade.
Aliás, e como aqui mostrei, à passagem na Repsol a impressão que se tem é de que estamos no campo. Os prédios característicos de uma cidade só começam a aparecer depois.
Mas, nesta altura, já o condutor é presa na caça à multa.

*


Os juízes podem invocar, para sustentar as suas decisões, as "regras de experiência comum". O cidadão não. 
Pode pensar que está "fora de localidade" por não ver outra coisa que não sejam campos e afinal não está. E pode estar um radar da PSP ali à espreita, "dentro da localidade" que poucos sabem que já é "localidade" para os polícias.
O cidadão apanhado na armadilha não se safa da sanção se argumentar que as "regras de experiência comum" indicam que onde há campos cultivados e não se vêem prédios é campo. Ou seja, não é "localidade" (na língua da PSP).
E a PSP até pode defender que as pessoas têm obrigação de saber os limites de velocidade (o desconhecimento da lei não favorece o infractor, etc.). 
Mas aqui há duas questões: a paisagem é enganadora e os sinais de limitação de velocidade são considerados necessários pelas autoridades do Estado. 
Aliás, se não fossem, porque é que nas autoestradas aparece com frequência a indicação do limite de 120 km/hora? 
Pois não sabemos nós todos que é esse o limite de velocidade nas autoestradas?!
Portanto, a Avenida Infante Dom Henrique é uma armadilha. Bem clara, bem evidente para quem a conhece.

É um terreno de caça... à multa. E as vítimas potenciais somos nós.
Bem à descarada.


domingo, 12 de agosto de 2018

Uma moda perigosa








Em Portugal conduz-se, por regra, "o mais à direita possível" e os carros são vendidos com a alavanca das mudanças à direita. 
O que significa que pelo menos duas funções de condução essenciais estão do lado direito: as mudanças e o acelerador. Isto sem contar com o travão de mão que, tenha o condutor os seus reflexos apurados, pode ser útil numa emergência. À esquerda fica a embraiagem. Ao centro está o volante, que deve ser usado com as duas mãos. 
Quando se mete uma mudança, é necessário tirar a mão direita do volante. E esse pode ser continuado a ser utilizado com a mão esquerda. Ou seja, quem tiver experiência suficiente até pode conduzir com a mão esquerda no volante (e a segurá-lo bem) e com a direita na embraiagem, fazendo convergir o bom uso do acelerador, das mudanças e do travão.
O que já não ajuda é pôr de lado a mão esquerda. Numa emergência, maior ou menor, fica uma só mão (a direita) para o volante, as mudanças e, se necessário for, o travão de mão.
É por isso que me faz alguma confusão este tipo de moda, de conduzir com o bracinho esquerdo de fora da janela. Deve ser bom para arejar o sovaco. E até pode ser útil, para certo tipo de deficientes. Ou se o braço esquerdo não couber dentro do carro.
Infelizmente, esta inconsciência tola parece ter a cobertura da GNR e da PSP, que continuam a preferir a caça à multa a garantir a efectiva segurança na estrada, fechando os olhos a esta moda perigosa.


Notas de prova



Voo Real Aragonez — Tinto 2017 — Vinho Regional Lisboa
Aragonez
Quinta do Gradil – Parras Wines, Cadaval
14% vol.
Muito bom.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Fogo, sempre o fogo





Um país que arde todos os anos, um Estado miseravelmente falhado, um primeiro-ministro boçal e mentiroso, um Presidente que é realmente um catavento, autoridades incompetentes e estupidamente arrogantes. Até quando?


ddd

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Enchidos e queijo do Sabugal e vinho da Vermelha

Fui às "Tasquinhas" da Expoeste, em regime (como habitualmente) de entrada por saída. Jantei antes num dos melhores restaurantes da cidade, dei uma volta pelo ambiente abafado e a cheirar a fritos do pavilhão, e trouxe comigo seis garrafas de vinho da Adega Cooperativa da Vermelha e uma morcela, uma farinheira e um queijo de uma empresa do Sabugal.
Consta que as "Tasquinhas" (que há de ter uma designação oficial que nem sequer me ocorre) servem para promover o concelho de Caldas da Rainha. Os seus animadores lá saberão porquê.

sábado, 4 de agosto de 2018

Incêndios não são incendios

Está quente, muito quente. 
Os campos estão secos. Há terrenos que já foram limpos e onde as ervas cresceram (e vão secando). 
Há outros que nunca foram limpos, desde que os vejo. Há estradas, ruas (ruas à moda de cá, de terra batida) e caminhos com vegetação seca. 
O grande incêndio de 15 de Outubro que aqui (Serra do Bouro, Caldas da Rainha) lavrou ainda está na memória.
E chega-me por SMS um aviso com "Risco extremo incendio rural [sem acento] nos distritos Coimbra/Leiria/Lisboa/Santarem [sem acento]. Fique atento. Em caso de duvida [sem acento]: 800246246 ou www.prociv.pt"
Lisboa e o País estão de facto em mundos diferentes. Num acredita-se que todos são "inteligentes" como a fauna dos gabinetes do poder. No outro é o que se puder arranjar. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Os sargentos do Exército não sabem salvar vidas?

Não, garante o "Jornal da Caldas" de ontem. Só agora é que estão a aprender…



Ri-se de quê? Dos que lhe deram votos?





A Linha do Oeste é uma causa perdida. A reabilitação das freguesias rurais de Caldas da Rainha talvez também o seja. 
Não há Governo capaz de recuperar a Linha do Oeste mas há umas boas almas que acreditam nisso, e talvez também no Pai Natal. 
Juntas de freguesia dinâmicas, atentas e conhecedoras das realidades e uma câmara municipal competente podem reabilitar as freguesias rurais. Acredito que isso seja possível mas não, decerto, com o PSD caldense e os seus vários apêndices de duas pernas.
Jorge Varela, o presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre (na cidade capital do concelho) e Serra do Bouro (no interior, numa região inóspita e longe da civilização, quase no meio do Atlântico), acredita no conto de fadas da Linha do Oeste mas nada se lhe viu, ou vê, que revele o seu interesse na reabilitação do interior. Antes da campanha eleitoral, declarou que queria "embelezar" o interior. Onde isso já vai!
Mas ele ri-se. Parece que a propósito da Linha do Oeste. Ou para ficar bem no retrato. 
Ou talvez se ria dos que, por vários motivos e muitos acreditando que ele ia fazer alguma coisa de jeito, lhe deram o voto que o alcandorou a tão importante lugar: presidente de junta de freguesia, ena, uau!...



Esquerda

Quando vejo pessoas que não são funcionárias públicas (esse sector a quem saiu a "sorte grande" com este governo), que gostam deste governo, que pagam mais impostos e à bruta, que se dizem de esquerda, que justificam com "a direita" as estranhas irregularidades (óbvias e menos óbvias) do "caso" Robles, fico sem perceber se esta corrupção moral é aquilo que hoje caracteriza indelevelmente a esquerda, ou se sou eu que estou mesmo a mais nesta esquerda do século XXI nacional, possuída por desvios e desvarios que nem Lenine conseguiria ter imaginado.