O restaurante é grande, com uma sala circular pejada de mesas quase costas com costas. Pouco passa das sete e meia e já tem gente. O parque de estacionamento enche-se rapidamente de carros, as pessoas parecem correr para o interior.
À mesa chegam pão (que é bom), azeitonas (não convidativas), dois croquetes e dois rissóis pequenos (os croquetes são bons, os rissóis não se provaram). O vinho (tinto, a jarro) é bom.
A escolha recai em "Aba de Vitela Grelhada e em "Carne de Porco à Alentejana". A vitela está mais passada do que seria desejável mas ainda sabe a carne grelhada. A carne de porco não entusiasma e as amêijoas são das que se vendem como "vietnamitas" e são mais as cascas que os bichos. Quem gosta de amêijoas sabe que não é a mesma coisa das que, das mais variadas origens da costa nacional, se encontram num viveiro da Foz do Arelho em razoável variedade mas sempre boas. As batatas fritas vêm em duas travessas enormes, aos palitos e aos cubos (estas estão melhores, as outras quase nem se comem). Há uma pequena travessa de arroz de feijão que passou pelo forno, onde os feijões secaram ponto de se abrirem ao meio.
No fim vieram fatias de queijo de ovelha com marmelada. Do queijo pode dizer-se que era "honesto", era, disse uma das empregadas, "dos do Pingo Doce".
A conta do jantar (paga ao balcão) não saiu discriminada. A refeição (duas pessoas) ficou por 20€. No fim há digestivos oferecidos. O serviço foi simpático e esforçado.
A sala, já passa das nove, ficou entretanto completamente cheia. O barulho é insuportável.
Há quem goste, portanto, e até podemos ter errado na escolha, ou ter tido azar. Acontece, às vezes. Mas eu não gostei.
O restaurante chama-se Paraíso do Coto. Não o recomendo.
(O que recomendo como restaurante "popular" capaz de albergar muita gente, com uma cozinha muito melhor e serviço simpático e competente, a poucos quilómetros na estrada da Tornada, é O Cortiço.)
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