quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Tristes figuras

Tristes figuras estas, as dos pequeninos estadistas do Portugal dos Pequeninos, fascinados por um aspirante a Napoleão dúbio e pela raivinha das pequenas elites e da pequena imprensa ao presidente americano.

Não percebem que só contam para a quantidade e não para a qualidade.









O candidato a Napoleão e o fantasma grávido de Belém






terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

E, de repente, a tempestade que os apanhou de calças na mão

 

Foram todos apanhados de calças na mão por uma tempestade política que, se fossem mais perspicazes e honestamente democratas, poderiam ter antecipado. Não é coisa que se lamente: o desvario birrento de alguns dirigentes do embuste político que a União Europeia está a revelar ser, a fúria de uma imprensa desonesta e parcial e a insistência numa guerra que, graças a eles, virou a Europa do avesso são um sinal de que alguma coisa pode mudar e para melhor.

O entendimento entre os EUA e a Rússia é crucial, quer para ambos os países quer para a sobrevivência do mundo em que vivemos. Não vale a pena chorar lágrimas de crocodilo pelos países que, por um motivo ou por outro, nunca conseguiram crescer e ganhar uma relevância mundial. As grandes potências, geralmente bem armadas, existem e é preciso aceitar que os EUA, a Rússia, a China e a Índia têm de viver em paz e cooperar entre si. A União Europeia, como uma espécie de federação que gostaria de ser e não é, podia desempenhar um papel fundamental nesta ordem mundial.

Mas não foi o que aconteceu, nem é o que acontece. Envolvendo-se, de uma forma estúpida e criminosa, num conflito que podia ter sido evitado (pelos próprios dirigentes europeus), a liderança da UE e o anão raivoso que é o Reino Unido caíram num pânico histérico quando começou a concretizar-se a reaproximação dos EUA de Trump e da Rússia.

Estas imagens da estupefacção inicial, de que ainda não se recompuseram, reflectem em grande medida o ponto de vista enviesado (e pago para isso?) de um elemento dos "mainstream media" cujo melhor exemplo é a CNN, tanto na sua forma americana como na forma portuguesa. São retratos desse desespero perante a tempestade que, ao contrário da(s) guerra(s), não traz a destruição mas a inevitável bonança. 

São imagens onde os principais representantes da aristocracia europeia estão bem retratados em toda a sua vergonhosa actuação.



...mas a reunião acabou por não servir para nada, salvo para pôr a nu o desespero desta gente.








Porque é que não querem que as duas maiores potências nucleares se entendam, quando esse entendimento é a melhor forma de evitar um holocausto nuclear?





Tristes figuras: um quer ser Napoleão, o outro aquilo que se arranjar.





O que é que esta gente ganha, pessoal e politicamente, com o prolongamento da guerra na Ucrânia?





*

Uma apreciação certíssima sobre este tema, que pode ser ouvida aqui.




Uma apreciação certíssima, que pode ser ouvida aqui.








sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Ler jornais já não é saber mais (236): a destruição do jornalismo

 
Não há nisto jornalismo, informação, objectividade, imparcialidade, ética de qualquer espécie. A orientação geral da CNN tuga (e da sua casa-mãe), do Expresso, do Observador e do Público (os mais fanatizados) é rigorosamente singular e unívoca, facciosa, desinformativa, propagandista, panfletária e manipuladora.

E podia não ser. Aliás, em termos jornalísticos, não o devia ser. Mas isto, claro, já deixou de ser jornalismo há muito tempo.













quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Os adultos e as crianças birrentas

Para variar, é bem verdade: enquanto os EUA e a Rússia se portam como adultos, alguns dirigentes europeus (com um Napoleão de 2.ª categoria à cabeça) portam-se como crianças birrentas, desesperadas porque estão a ficar sem o seu brinquedo preferido.










segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

"Agarrem-me, senão eu vou-me a eles!"

A imprensa, se quisesse ser rigorosa (o que é uma contradição, no que se refere à imprensa oficial), devia publicar informações sobre a actual capacidade militar do Reino Unido, de França, da Alemanha e dos países de discurso mais belicista.

É que notícias destas fazem pensar que ainda têm muitas armas (as que sobraram das que foram destruídas na Ucrânia e em Kursk) e muitos militares, quando o que estão realmente a fazer, no meio das danças rituais com o comediante enlouquecido, é berrarem: "Segurem-me, senão eu vou-me a eles!"




domingo, 16 de fevereiro de 2025

Um anunssio curiôso

... Publicado no "Jornal das Caldas", de 12.02.25:




"Artitas", "admiràvel", "encontrata", "unico"... e uma curiosidade suplementar: "Praça dos Frutos" em vez de "Praça da Fruta", como a praça é habitualmente designada.





sábado, 15 de fevereiro de 2025

Os políticos (a começar pelo Presidente da República) e a imprensa não conhecem o País

... Porque, se conhecessem, o debate (se é que pode chamar-se debate a esta coisa) sobre as freguesias não teria corrido como correu, com votações e um veto a que apetece chamar nomes (que a lei não recomenda).

É fácil, e demagógico, dizer que a reabertura dos processos de junção de freguesias serve para criar mais lugares políticos (ou seja, mais juntas e assembleias de freguesia). Foi fácil, e demagógico, dizer que a junção de freguesias serviu para poupar dinheiros públicos. Foi fácil, e demagógico, fazer o processo regressar à Assembleia da República e ter, num lado e no outro, deputados a escorregarem no voto fácil e demagógico.

Não conheço a realidade nacional em todos os seus pormenores (e não sou político nem trabalho em qualquer órgão de imprensa) mas sei o que resultou do processo de junção de freguesias no concelho em que resido e que se traduz em duas simples palavras: um disparate monstruoso. E acredito que não há de ter sido caso único.

Olhem para o mapa do concelho de Caldas da Rainha, com a divisão por freguesias (e um erro: é, obviamente, São Gregório e não São Gragório):



Olhem, agora, para as freguesias de Caldas da Rainha no seu actual estado de acasalamento:



Em dois casos, foram unidas freguesias que nada têm em comum, nem sequer terreno: Serra do Bouro foi acasalada com Santo Onofre, São Gregório foi acasalada com Nossa Senhora do Pópulo. E a frente de mar, que pode ser vista como abrangendo a Lagoa de Óbidos, ficou estupidamente repartida (como já estava) quando, neste caso, teria beneficiado com a união das várias freguesias numa perspectiva integrada.

No caso que melhor conheço (Serra do Bouro, uma zona simultaneamente costeira e rural), a sua fusão com uma freguesia da cidade traduziu-se no seu crescente isolamento, ficando de certo modo votada ao abandono por chefes locais que só se preocupam com os eleitores urbanos.

A fusão de freguesias, e neste caso sem qualquer consulta e/ou avaliação pública, nunca devia ter feita. Os políticos e a imprensa, no seu patético conforto urbano, deviam olhar para estes casos e não ceder à demagogia e aos disparates perpetrados por políticos locais que, à sua maneira, também não conhecem as realidades nacionais (nem as realidades locais, em muitos casos...).





sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

"Observador": jornalismo de merda

Kursk é uma região russa.

Sumy é uma região ucraniana.

Os ucranianos que estão a ocupar Kursk estão, segundo o ultra-tendencioso "Observador", a "retirar" civis dessa região russa... para a região ucraniana de Sumy. Não há "retirada" nenhuma, no entanto. Há, apenas, o rapto de civis russos pelos ucranianos (talvez vistos como reféns pelos ucranianos) que é um crime de guerra, universalmente reconhecido como tal.

Para o "Observador", no entanto, está tudo bem assim: há os invasores que são bonzinhos (a Ucrânia, quando fez a sua incursão em Kursk) e os invasores que são maus (a Rússia, quando fez a sua incursão na Ucrânia).

Isto é jornalismo, dirão alguns. É jornalismo de merda, digo eu.







terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Ler jornais já não é saber mais (235): ocultação, como sempre


Os franceses enfiaram 900 milhões de euros na criação, apetrechamento e formação de uma brigada das Forças Armadas ucranianas, que seria a 155.ª Brigada Mecanizada, baptizada como "Ana de Kiev".

Seriam 2000 homens treinados em França e 5800 na Polónia e na Ucrânia ocidental. Só que, dos futuros soldados, 1700 ter-se-ão pirado ainda em França. E outros foram desertando até à chegada da brigada a Pokrovosk, onde a unidade, em combate, acabou por se desintegrar.

Na imprensa oficial ocidental e na própria imprensa ucraniana não faltam notícias sobre este fracasso de uma lamentável operações de relações-públicas, mas por cá...? Zero. A imprensa oficial portuguesa ocultou as notícias sobre este lamentável caso.

Há um resumo aqui, no portal de informação e análise Responsible Statecraft, do "think tank" Quincy Institute for Responsible Statecraft.



Todos os pormenores aqui.







Jornalistas poetas

 














domingo, 9 de fevereiro de 2025

Um ano de televisão: as minhas séries de 2024

 

Pelo terceiro ano, registo aqui as séries de televisão que vi no ano anterior (2024) nos canais HBO/Max, Netflix e Prime Video, no total de 57. O acesso a estes canais é pago, pessoalmente, por mim e não beneficiei de qualquer oferta, promoção ou outra acção que a eles me garantisse acesso grátis.

Das chamadas “plataformas de streaming”, não acompanhei, por exemplo, oferta da Apple TV ou da Disney+, tencionando, no entanto, regressar a este último canal nos próximos meses.

Como tenho feito neste registo anual, classifiquei estas séries que vi com o sistema de estrelas, de 0 a 5 (com um patamar de 3,5 estrelas, uma espécie de limbo onde integrei séries que podiam ser melhores do que aquilo que efectivamente são).

Reduzi as referências ao mínimo (título prevalecente; temporadas, mini-série ou série de uma única temporada e cancelada; ano de produção; canal), e remeto quem nisso tiver interesse para o site do International Movie Database (IMDB, www.imdb.com), que é talvez a mais completa base de dados sobre cinema existente a nível mundial e onde está (quase) tudo. Os títulos aqui registados são os que figuram no IMDB, e nos próprios canais, pelo que a pesquisa, para os potenciais interessados, se torna muito mais fácil.

As imagens que aqui publico foram, em geral retiradas do próprio IMDB e, a maior parte delas, do site IMP Awards (www.impawards.com), que é um arquivo completo, mas não exaustivo, de posters de filmes e séries de televisão.







Animal Kingdom
(série completa, 6 temporadas)
EUA, 2016 – 2022
Prime Video


A Diplomata
(temporada 2)
EUA, 2023 —
Netflix


Fallout
(temporada 1)
EUA, 2024 —
Prime Video


Feud: Bette and Joan
(série completa, 1 temporada de Feud)
EUA, 2017
HBO/Max


Um Homem por Inteiro
(mini-série)
EUA, 2024
Netflix


The Lost Flowers of Alice Heart
(mini-série)
Austrália, 2023
Prime Video



A Revolução
(temporada única, série cancelada)
França, 2020
Netflix



Sweet Home
(série completa, 3 temporadas)
República da Coreia, 2020 – 2024
Netflix


Sweet Tooth
(série completa, 3 temporadas)
EUA, 2021 — 2024
Netflix







3 Body Problem
(temporada 1)
Reino Unido – EUA – China, 2024 –
Netflix


Baby Reindeer
(mini-série)
EUA, 2024
Netflix


Cem Anos de Solidão/Cien años de soledade
(mini-série)
Colômbia – EUA, 2024
Netflix


The Continental
(mini-série)
EUA, 2023
Prime Video


Deliver Me/Nas Suas Mãos/I dina händer
(mini-série)
Suécia, 2024
Netflix


Dilema Moral
(mini-série)
República da Coreia, 2022
Netflix



Dune: Prophecy
(temporada 1)
EUA, 2024
HBO/Max



Expats
(mini-série)
EUA, 2024
Prime Video



Feud: Capote vs. The Swans
(temporada 2 de Feud)
EUA, 2024
HBO/Max



The Gentlemen
(temporada 1)
Reino Unido – EUA, 2024 –
Netflix



Gen V
(temporada 1)
EUA, 2023 –
Prime Video



The Horror of Dolores Roach
(temporada única, série cancelada)
EUA, 2023
Prime Video



House of the Dragon
(temporada 2)
EUA, 2024
HBO/Max




Little Fires Everywhere
(mini-série)
EUA, 2024
Prime Video


O Monstro de Gyeonseong
(temporadas 1 e 2)
República da Coreia, 2023 – 2024
Netflix


The Penguin
(temporada 1)
EUA, 2024
HBO/Max



Them: The Scare
(temporada 2 de Them)
EUA, 2024
Prime Video


True Detective: North Country
(temporada 4 de True Detective)
EUA, 2024
HBO/Max






Better Than Us
(temporada única)
Rússia, 2018
Netflix



The Boys
(temporada 4)
EUA, 2019 –
Prime Video



O Casal Perfeito
(mini-série)
EUA, 2024
Netflix


Chylka/The Disappearance
(série completa, 3 temporadas)
2018 – 2022
HBO/Max



Get Millie Black
(temporada 1)
Reino Unido, 2024 –
HBO/Max



Hanna
(série completa, 3 temporadas)
EUA, 2019 – 2021
Prime Video



Lodo: Milénio/Rojst
(temporada 3 de Lodo)
Polónia, 2018 – 2024
Netflix



The Lord of the Rings: The Rings of Power
(temporada 2)
EUA – Nova Zelândia - Canadá
Prime Video




Nos Meandros da Lei
(temporada 3)
EUA, 2024
Netflix



Monstros: a História de Lyle e Erik Menendez
(temporada 2 de Monsters)
EUA, 2022
Netflix



Rapaz Conquista Mundo
(mini-série)
Austrália, 2024
Netflix




Reacher
(temporada 2)
EUA, 2024
Prime Video


Se Uma Árvore Cair na Floresta…
(mini-série)
República da Coreia, 2024
Netflix



Território
(temporada 1)
Austrália, 2024 –
Netflix



Vocês Não Me Conhecem
(mini-série)
Reino Unido, 2021
Netflix








Bodkin
(mini-série)
Reino Unido, 2024
Netflix



The Brothers Sun
(temporada única)
EUA, 2024
Netflix




The Convict
(série completa, 4 temporadas)
Polónia, 2021 – 2024
HBO/Max




Halfbad/The Bastard Son & The Devil Himself
(mini-série)
Reino Unido, 2022
Netflix



A Killer Paradox
(mini-série)
República da Coreia, 2024
Netflix



Dilema Moral
(mini-série)
República da Coreia, 2022
Netflix



La Legge di Lydia Poët/A Lei de Lydia Poët
(temporadas 1 e 2)
Itália, 2023 –
Netflix



Supacell
(temporada 1)
Reino Unido, 2024 –
Netflix




The Sympathizer
(mini-série)
EUA – República da Coreia – Canadá, 2024
HBO/Max




Those About to Die
(temporada 1)
EUA – Alemanha – Itália, 2024 –
Prime Video


The Tourist
(série completa, 2 temporadas)
Reino Unido – Austrália – EUA, 2022 – 2024
HBO/Max



Vikings: Valhalla
(série completa, 3 temporadas)
EUA, 2022 –2024
Netflix






Parasyte: Cinza
(temporada 1)
República da Coreia, 2024 –
Netflix






Antracite
(mini-série)
França, 2024
Netflix