quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Ler jornais já não é saber mais (100): a ascensão do pensamento único no ocaso da liberdade

 


O "Sol", que agora aparece com a designação de "Nascer do Sol" sem que se perceba realmente porquê, já foi um jornal de mérito quando, quase sozinho, carregou às costas com todas as suspeitas sobre os negócios privados do então primeiro-ministro, e chefe do PS, José Sócrates.
Mas depois, paulatinamente, foi perdendo importância e, como se calcula, financiamento. Com mão de obra de qualidade imberbe, e apesar de José António Saraiva (e sim, gosto de lê-lo), tornou-se errático e corporizou, com a pandemia, os desvios mais absurdos da imprensa dos nossos dias.
Esta capa, da edição de hoje, é um verdadeiro programa. 
Há uma afirmação que até pode ser consensual ("Covid veio para ficar") porque o vírus SARS-Cov2 se tornará inevitavelmente endémico, se é que não o é já, e depois é o horror: uma galeria de criaturas que representam a maior perversão da ciência de que haverá memória. 
São os "especialistas" que afirmam dogmas científicos sobre o vírus sem nunca se arriscarem a dizer que falharam, que aconselham os políticos cobardes, que estão de cargo e remuneração bem firmes e não se importam de ver a economia destruída. 
E que também são aqueles a que a imprensa recorre sempre. Nos seus dogmas criam um pensamento único e o "Sol", como todos os outros bastiões do jornalixo, não ouve outros especialistas (médicos, epidemiologistas, especialistas de outras áreas que têm estudado os efeitos do vírus e assumido publicamente as suas posições fundamentadas). 
São estas criaturas que mandam e é ironicamente significativo que entre elas haja um veterinário (Pedro Simas) quando a população, mesmo a mais informada e culta, se porta como um rebanho de ovelhas.
Este pensamento único (na ciência, que só progride quando se questiona) foi típico do Estado Novo, com uma imprensa que até conseguia ser mais livre do que esta, do regime soviético e do regime nacional-socialista. E destaca-se agora, também muito significativamente, nesta estranha anormalidade constitucional que são os sucessivos "estados de emergência" de uma democracia que já esteve mais longe do fim.


O ocaso da democracia






sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Propaganda política reles

 



Reles. Porco. Nojento. Vil. Repugnante. Macabro. Miserável. Merdoso. Filho-da-puta.
Todos os adjectivos, e dos piores, se aplicam a este anúncio de página parido ontem no "Expresso" e assinado pela DGS, que com isto merece bem a designação de PIDE/DGS.
E esqueçam os doutores Compota e Desgraça. Esta porcaria desmente, e da forma mais categórica, que a intenção da DGS não é, nem nunca foi, esclarecer.
A intenção dessa gente e dos seus abomináveis cães-de-fila é meter medo.
Por sadismo, para tentarem confirmar todos os apocalipses que profetizaram. Para mostrarem serviço.
Ou por qualquer motivo tão obscuramente pessoal, tão do domínio do olho do cu, que era bem melhor que fossem todos internados - sim, internados, e compulsivamente - num manicómio. Dos do do século XIX. Não merecem menos.
E, já agora, porque não "o Marcelo", ou "o António" ou "o Eduardo"?...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

A verdadeira doença é a do medo


A verdadeira doença é a que está a bloquear o raciocínio de criaturas antes esclarecidas e informadas e de formação universitária, das classes média e média-alta, que iam a manifestações culturais e que liam livros. 
Tornaram-se crentes de um novo culto religioso, que não compreendem, e dependentes dos telejornais do medo, metidas em casa e aterrorizadas por um vírus que mata uma quinta parte de cada pessoa em 100 pessoas, meia pessoa em 1000, uma pessoa em 10 mil e 10 pessoas em 100 mil.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Ler jornais já não é saber mais (99): a desistência


O jornalismo fazia perguntas. Agora, o jornalixo bebe com sofreguidão, e de joelhos, os dogmas da ciência oficial.
O “Expresso” (que só tem espaço para os teólogos do covid) diz que é um mistério haver tantos mortos “por covid”.
Mas a ninguém, no arcebispado de Balsemão, ocorre perguntar (ou não deixam que alguém pergunte) o que é feito dos mortos pela gripe. Ou se a gripe (e sim, o jornalismo podia debater hipóteses; o jornalixo já não), que é estranho ter desaparecido de repente, não estará a ter as suas vítimas mascaradas pelo covid. Galileu, a existir agora, teria sido crucificado nas primeiras páginas e alvo de denúncia ao Ministério Público.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Todos cúmplices? Todos de bolsos cheios?

Já fiquei com a mesma impressão no caso pouco dignificante do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica: uma espécie de "santa aliança" das várias forças políticas em casos que justificam todas as suspeitas e em que todos se calam, como se ficarem cansados lhes trouxesse qualquer tipo de compensação. Agora, no caso da Cimalha, é impossível não voltar a pensar no mesmo, quando o PS, o CDS, o PCP e o BE se mantêm em silêncio.

Palhaçada

O actual regime já não permite outra coisa: a palhaçada que é um interminável estado de emergência proto-fascista proposto por um Presidente da República hipocondríaco, medroso e que disfarça o seu autoritarismo imanente, emergência essa que, na prática, parece ter pouco efeito, ritualmente votada no Parlamento de uma maneira que é um cheque em branco ao Governo que, por seu turno, mostra como se está a cagar (segredo de justiça, etc., lembram-se?) para o conjunto da deputância quando lhes envia o mais desqualificado dos seus ministros (que teve funcionários seus activamente envolvidos num homicídio, em que a vítima morreu imobilizada e incapaz de se defender).
Um nojo absoluto, para o qual não há compotas nem encontros de patamar de escadas que escondam a podridão instalada.
Quando é que esta porcaria acaba?




quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

524 851.60€ - um verdadeiro presente de Natal da Câmara Municipal de Caldas da Rainha para a sua querida Cimalha

 



A empresa Cimalha - Construções da Batalha, SA (NIPC 500777462), com sede em Santo Antão (Batalha), foi contratada em Outubro de 2019 pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha para fazer obras de repavimentação na zona ocidental do concelho por 304 793.45€. (Os pormenores estão contados, por mim, nestas várias publicações.)
As obras deviam ter terminado até Agosto de 2020. Mas começaram em Setembro de 2020. Ficaram interrompidas e inacabadas ou, simplesmente, mal feitas. 
Há mais de um mês que a Cimalha não faz aqui qualquer trabalho.
Agora, a Câmara Municipal de Caldas da Rainha entrega à mesma empresa mais outra obra, no valor de 219 058.15€.
No total, a Cimalha embolsa 524 851.60€.
Os moradores das zonas afectadas pela Cimalha não ganham com o negócio.
E na Câmara? Quem ganha?


Uma estrada bem construída



segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Porque detesto a empresa CTT (152): a liberdade de imprensa não existe para estes grevistas

 


A edição do "Jornal das Caldas" do passado dia 2 deste mês (já lá vão quase duas semanas) chegou-me hoje, dia 14, por efeito de mais uma das muitas greves da empresa CTT.
Não me serve para nada, agora. Nem para limpar a lareira, onde são melhores as folhas do "Expresso" (que ainda vou comprando). 
A liberdade de imprensa, para estes grevistas, não existe. Infelizmente, não me parece que o "Jornal das Caldas" e quem o faz se importe muito com isso.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Porque detesto a empresa CTT (151): talvez não deva existir um direito à greve ilimitado

Há greve na empresa CTT. E, como sempre, os que são directamente prejudicados são os seus clientes: quem espera pelo correio e quem o envia. 
O patronato, a administração e os proprietários da empresa nada sofrem. Talvez até poupem: em princípio, não terão de pagar as horas que não são trabalhadas, têm menos custos operacionais. 
O público (dos reformados que recebem as suas pensões por correio às pessoas que esperam por contas de serviços que têm de pagar, com prazo) é que sofre com uma das greves mais filhas-da-puta que vi na minha vida. E que me faz pensar numa coisa muito simples: talvez devesse ser limitado o direito à greve, quando é, formalmente definido, o "serviço público" que está a ser posto em causa.

sábado, 5 de dezembro de 2020

É assim que nos querem


(Autoria desconhecida.)
 

É assim que os cabrões querem que seja.
E há outros cabrões que se sentirão bem assim, a comer do chão, humilhados, amochados, venerandos, assustados, de rastos perante quem manda. 
Como bichos, dos mais reles.

Vacinas destas... não!


A falta de transparência e de rigor dos números oficiais, a ausência de informação sobre a fiabilidade e o rigor dos testes, a falta de escrutínio por parte da imprensa, a imposição de uma "ciência" oficial que não permite dúvidas nem contraditório (e que nem prescinde de uma versão on line da Inquisição) e uma sucessão de decisões políticas que se destinam apenas a justificar decisões anteriores - tudo isto me leva a desconfiar das anunciadas vacinas para o covid. 
Não sou, por princípio, contra as vacinas mas estas... não.



(Autoria desconhecida.)


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Confinadas

 ... por causa da chuva, do vento e do frio. E, à escala canina, talvez chateadas por não poderem ir lá para fora à vontade.





Golpe de Estado: o estado de emergência interminável


Mais um, hoje, para um mês, impulsionado por Marcelo Rebelo de Sousa, que é o melhor herdeiro do autoritarismo de Salazar e de Marcello Caetano, um lobo velho do antigo regime com a pele de cordeiro de uma democracia que vai começando a ser apenas formal.
É um verdadeiro golpe de Estado, apoiado pelo PS e pelo PSD e, às escondidas, pelo BE.
Votem na criatura, votem, que só será pior.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Um lampejo de bom senso!



Conta o "Jornal das Caldas" aqui que as freguesias extintas em Caldas da Rainha vão ser ressuscitadas, por iniciativa de um deputado do PCP na Assembleia Municipal, cuja moção nesse sentido foi aprovada por maioria.
O processo de agregação forçada de freguesias (acasalando freguesias, com uma de permeio, que nada tinham a ver umas com as outras) decorreu de uma das medidas previstas no Programa de Ajustamento negociado pela Troika com o PS, em 2011, e desenrolou-se de uma maneira completamente estúpida.
Vamos ver o que isto dá. Mas, para já, é uma manifestação de bom senso.


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Como a Cimalha e a Câmara Municipal de Caldas da Rainha vão obrando... em cima de nós (parte 2)



... Não há volta a dar a isto: o desempenho da empresa Cimalha é mau, é mesmo mau. 
E nada existe que, numa perspectiva racionalmente legal, justifique o apoio que a Câmara Municipal de Caldas da Rainha lhe dá. O apoio e o dinheiro, claro, para umas obras que estão longe de estarem terminadas e que começaram com mais de um ano de atraso. E que ninguém consegue compreender porque, com trabalhos inacabados, a dita empresa... desapareceu. Como, aliás, costuma fazer.
Mas, desaparecendo, deixou rasto. Vejamos dois casos.
Numa das estradas repavimentadas, um dos lados começou a esboroar-se. O alcatrão não aguentou o esfarelamento do terreno por baixo e a chuva fez o resto.






Uma semana mais tarde, a Cimalha reapareceu... mas para fazer uma coisa que gosta muito de fazer: assinalar... a porcaria que faz.
E para quê, já agora?! 
Na vizinha Rua da Escola, o mesmo problema continua há anos por resolver, com estes enfeites nas bordas destruídas.






Mais revelador é, noutra estrada, o curioso facto de estarem a brotar plantas através do alcatrão. 
Dá para imaginar a espessura e a solidez da camada de alcatrão que a Cimalha pôs. Obviamente, sem sequer perceber o solo onde obra. 
E, para quê, realmente? A Câmara Municipal de Caldas da Rainha não fiscaliza. Tal é a amizade...