domingo, 6 de maio de 2018

Negligência ou maus tratos?

Onde é que termina a negligência e começam os maus tratos? É possível que os textos legais tenham, com a frieza recomendada, todas as respostas. Mas, aos nossos olhos, como é que podemos fazer a distinção?
O pequeno Flipe, cuja história triste já aqui contei, veio hoje às oito horas ao nosso encontro (eu, a Joaninha e a Elsa) para o passeio de que elas precisam. A casa das criaturas que serão, em princípio, seus proprietários como "donos" estava toda fechada. O Flipe lá saiu pelo seu buraco entre a vedação e o solo.
Vinha encharcado e sujo de lama. Contente por nos ver (dá ideia de que não tem ninguém que lhe faça festas), ia-me sujando as calça. Mas teve direito a festas.
Pelo caminho, como tantas vezes tenho visto, parou para beber água de um charco de água acastanhada, estagnada e cheia de mosquitos. Parecia sequioso como se, no terreno vedado a que está condenado, não tivesse água fresca à sua disposição. Talvez isso (como outras coisas) explique, por exemplos, os fluxos de diarreia que às vezes também vai largando pelas ervas durante os passeios que dá connosco.
Negligência ou maus tratos?

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