Na zona rural onde vivo, tenho visto mais estrangeiros do que portugueses a passear os seus cães.
Fazem-no regularmente, educadamente, com a trela pronta se optam por os levar soltos. E evitam confrontos cão-cão, o que me faz ser mais exigente com a minha Elsa, pastora da Anatólia de 35 quilos, que acha que o terreno é todo seu, para também evitar mal-entendidos. Desviam-se, desvio-me eu, há um jogo diplomático civilizado.
Mas de repente, como às vezes acontece, entrou em cena um novo passeante estrangeiro, aparentemente inglês. E com ele, estupidamente à solta, anda um cão muito pequeno, uma espécie de micro-cão, uma criatura feia e irritante que, andando solto (com o homem dois metros atrás), resolveu embirrar com as minhas Joaninha e Elsa. E elas com ele.
Esta tarde, e quando eu já estava a sair com elas, apareceu-me o micro-cão, a subir a rampa que elas queriam descer... para irem passear, que era essa a ideia, e para o apanharem.
O micro-cão avançava, numa investida provocatória agravada pelo facto de elas estarem ainda em casa, praticamente, e o "gentleman" lá vinha atrás.
Deste lado, em plano inclinado, a Joaninha e a Elsa protestavam e puxavam. Os puxões da primeira, com os seus 15 quilos, são contidos com um dedo mas os da segunda requerem o corpo todo. E com a força da gravidade a ajudar, a situação tornava-se mais complexa.
Deste lado, em plano inclinado, a Joaninha e a Elsa protestavam e puxavam. Os puxões da primeira, com os seus 15 quilos, são contidos com um dedo mas os da segunda requerem o corpo todo. E com a força da gravidade a ajudar, a situação tornava-se mais complexa.
Felizmente que o micro-cão parou por iniciativa própria. Mas, note-se, sem que o idiota o tivesse chamado uma única vez. E teve de ser essa mesma criatura de duas pernas a ir buscar a de quatro, antes que houvesse uma situação mais grave.
Fiquei a pensar que o micro-cão esteve quase a ser devorado, se por acaso avançasse mais. Talvez o merecesse...
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