domingo, 6 de abril de 2025

Patadas na língua, patadas no jornalismo (6)



Toda a gente dá erros na escrita. Por maior que seja o conhecimento da língua, em todas as suas vertentes, há sempre um deslize inesperado e acaba-se a escrever, ou a dizer, o que é um erro evidente (que pode, até, passar por analfabetismo, iliteracia ou... burrice). Nestes casos, a explicação é alguma destas ou falhará, apenas, a revisão? É que "sansões" (o herói bíblico Sansão), "rogar" em vez (presume-se) de "relegar", "um gigante quadro" (quadro gigante? gigante quadrado?!...), "acelarar" em vez de "acelerar"... bem, tudo isto é estranho.


De olhos fechados, para não ver a asneira




De Morais Pereira parece, às vezes, um alter ego do presidente-comediante



Um quadrado gigante? Um gigante quadrado? Um gigantesco quadro?...

 

E porque não "asselarar"?







O candidato que promete o Verão.






Talvez o putativo candidato nos vá prometer um paradisíaco Verão eterno se for eleito...









Que aconteceu ao mais simples "fazer perguntas"?







Porque é que esta gente gosta tanto do verbo "colocar"?





A escrita jornalística devia ser clara e facilitar uma compreensão muito rápida da "mensagem". Nestes casos, quase é necessário ler a coisa duas vezes (ou mais...) para perceber o seu significado.


"colocar em desuso as viseiras"?!



Fechar... o quê?





Há ("é oficial", como gostam de escrever...) um problema bem concreto no que se refere à harmonia entre o verbo e o(s) substantivo(s), quando a escrita inclui a forma plural. Sem no entanto a incluir, claro. Porquê?











Confusões.



A forma correcta é "objectivos de que Putin"




A forma correcta é "convencer gerações de que 'o amor'"




A forma correcta é "provável que aconteça"




Segue... para onde?!






Marques Mendes, ainda.


A forma correcta é "à" e não "á"






E, por fim, uma excelente sugestão: desligar a "Visão"!












quarta-feira, 2 de abril de 2025

Ler jornais já não é saber mais (241): delirante
















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E agora... pague 1 e leve 4





Numa única edição, a de 28 de Março de 2025, o sacrossanto "Expresso" bate recordes: são quatro as utilizações do enigmático verbo "disparar" (três em verbo e uma em substantivo),
a mostrarem a lamentável inércia anti-criativa em que o vetusto semanário se vai afundando









terça-feira, 1 de abril de 2025

Uma nota em formato de zapping

Pois, também vi "Adolescência" (Netflix), que considero extraordinariamente relevante em termos sociais e audiovisuais, com a sua narrativa concisa e fria de planos únicos.

E, já agora, "Yellowstone" (Netflix e TV Cine+) é uma série que me surpreendeu, e muito positivamente, e "Landman" (SkyShowtime) é também excepcional, na narrativa e muito em especial pelos seus actores (como Billy Bob Thornton). Não conhecia o trabalho de Taylor Sheridan, que agora fiquei a conhecer, e preparo-me para ir ver "1883" e "1923", além de "Tulsa King" e de outras séries.


Taylor Sheridan: argumentista, realizador, produtor
e criador de cavalos no seu rancho do Texas, o 6666


De passagem, fui ver com interesse a terceira temporada de "Reacher" (Prime Video) e fiquei impressionado... mas de uma forma muito negativa. A narrativa é desleixada e cheia de buracos, parecendo ter sido filmada à pressa, com o actor Alan Ritchson a ser mais Alan Ritchson do que Jack Reacher. E acaba por ser sugestivo que o elemento mais interessante dos entediantes oito episódios desta temporada tenha sido a personagem de Neagley (Maria Sten), que, ao que parece, terá direito a uma série própria.