segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Roubo



A empresa Diogo Romeiro Unipessoal/Puro Habitat/DR Group, de Leiria, encontrou uma maneira espertalhona de poupar na água para a construção de dois "caixotes" na abandonada freguesia de Serra do Bouro (Caldas da Rainha): faz a ligação directa à rede pública para encher o depósito da obra e os outros que paguem. 
A isto não se chamará "roubar água"?
Isto depois de ocupar a via pública com frequência, bloqueando a circulação de viaturas sem avisar (o que já levou à intervenção da GNR).



A isto não se chama "roubar?



segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Notas de prova


Flor do Tua Tinto 2017 — DOC Trás-os-Montes 
Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
Costa Boal Family Estates, Alijó
14% vol.
Bom.

Notas de prova


Quinta de Fafide Tinto Reserva 2017 — DOC Douro 
Touriga Nacional (60%), Tinta Roriz (25%), Touriga Franca (15%)
Quinta de Fafide, São João da Pesqueira
14% vol.
Bom.

Notas de prova


Quinta Nova Tinto 2017 Unoaked — DOC Douro
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Covas do Douro
14% vol.
Muito bom.

Notas de prova


UDACA Tinto 2016 — DOC Dão 
Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta-Roriz e Jaen
União das Adegas Cooperativas do Dão, Viseu
13,5% vol.
Bom!

Notas de prova


Castelo do Sulco  Tinto Reserva 2018 — Vinho Regional Lisboa 
Touriga Nacional, Aragonez, Alicante Bouschet e Syrah
Parras Wines, Quinta do Gradil, Cadaval
13,5% vol.
Muito bom.

Notas de prova


Sidónio de Sousa — Tinto Reserva 2015 — DOC Bairrada
Baga
Dulcinea dos Santos Ferreira, Sangalhos
13% vol.
Bom!

Notas de prova


Douro Pingo Doce — Tinto 2017 — DOC Douro
Touriga Nacional, Tinto Cão, Touriga Franca e Tinta Barroca
Symington Family Estates, Vila Nova de Gaia
14% vol.
Bom.

À espera das chamas




Cortados os eucaliptos de uma propriedade, ficaram assim os restos, a secarem (ainda mais) ao sol num tapete de folhagem e de ramos. 
É também o que costuma acontecer quando há "limpeza de terrenos", feita pelas entidades públicas e pelos proprietários.
O que fica é, simplesmente, material combustível à espera das chamas. Por acaso, com casas perto.
Neste caso (e há tantos casos, aqui à volta), fica a cerca de 11 quilómetros, e a cerca de 10 a 15 minutos de caminho, da GNR e da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.
Mas que lhes interessa isso?...

domingo, 15 de setembro de 2019

As belezas do Varela: a Fonte Murcha






O que nas imagens em baixo se mostra é o resultado actual de uma ideia tida por um dos anteriores presidentes da Junta de Freguesia da Serra do Bouro em 2009 e que era a reabilitação do que, em tempos, terá sido uma fonte nesta freguesia.
A placa lá continua, num terreno doado por um seu proprietário, a atestar o que, num deserto de boas ideias, foi uma de duas excepções.
O pior é o resto.
A fonte, se é que ela ainda existe, está seca. As plantas em redor estão secas e quase murchas. A relva segue o mesmo caminho. Num local onde, pelo menos em tempos, houve uma grande percentagem de humidade, o ambiente é árido e de desleixo.
A Junta de Freguesia, como se sabe, desapareceu e foi absorvida por uma Junta de Freguesia da cidade. Longe da vista, longe do coração: o interior é isto e o seu responsável directo era o candidato autárquico que, há dois anos, queria "embelezar a Serra do Bouro".
São belezas sem fim, estas…





O racismo que é bonzinho


Se o populismo é mau quando é de direita e é bom quando é de esquerda, passa-se exactamente o mesmo com o racismo. Se ele é de direita, é mau. Se é de esquerda, é bom.
Este cartoon do "Expresso", republicado em segunda edição na edição de ontem, é racista e anti-semita: o que dele fica não é o combate político (a guerra do desenhador e do jornal contra o governo de Israel e o presidente dos EUA) mas a representação da figura do judeu, o cão com o lenço da estrela de David, agora refinado a mijar de um foguete.
E está ao nível das muitas caricaturas que visavam os judeus e que, ao longo do século passado, enfeitaram as posições anti-semitas e culminaram, em parte, no Holocausto. Hitler teria delirado com este cartoon de António.


terça-feira, 10 de setembro de 2019

Porque detesto os CTT (144): uma realidade e uma mentira



"Expresso", 7.09.19


A realidade está bem à vista e só não se pode dizer que é comprovada diariamente porque a distribuição de correio é tão intermitente e tão imprevisível como o tempo: o serviço prestado pela empresa CTT é o segundo pior neste estudo. 
A mentira também está à vista: é a insistência em afirmar que o mau serviço público (?) da empresa só o é desde a privatização. 
Há mais de vinte anos que o serviço é mau, dos balcões à distribuição no terreno. E convém ter presente que os proprietários mudaram (saiu o Estado, entraram investidores privados) mas que o essencial se mantém: o pessoal e os seus sindicatos.
Quem escreveu a coisa no "Expresso" pode não o saber, mas sabem-no os seus interlocutores. A mentira é, de qualquer modo, filha das duas partes.

Himmel

Às 7h06.




[«Jan Kral abanou levemente a cabeça, olhando para Eva. Os olhos ficaram vermelhos, por trás das lentes. O queixo tremia-lhe. Eva percebeu que ele não poderia continuar. Folheou as suas notas e procurou duas palavras no dicionário: "slup" e "dym". Coluna e fumo. Depois inclinou-se para o microfone e disse o que acreditava ter ouvido no fim da declaração de Kral: "Mais tarde, no campo, já era noite, outro prisioneiro mostrou-me uma coluna de fumo no horizonte. E disse-me: 'Olha. A tua mulher e o teu filho estão a ir para o céu.'"
Jan Kral tirou os óculos e, depois, um lenço do bolso das calças, engomado e dobrado na perfeição. Eva pensou: Comprou o lenço para o julgamento. Limpou o suor da testa com o lenço e depois enterrou nele o rosto.», Annette Hess, Deutsches Haus






segunda-feira, 9 de setembro de 2019

"Apenas andamos a perder tempo e a deixar que outros nos passem à frente"



Já expressei dúvidas (aqui e aqui, por exemplo) sobre o valor turístico das "Tasquinhas da Expoeste", de que muita gente gosta neste concelho. É interessante verificar que não estou sozinho, como o demonstra a crónica assinada por Margarida Varela com o título "E..." na "Gazeta das Caldas" (aqui, com texto reservado a assinantes da edição digital).
Escreve Margarida Varela:
"No rescaldo das animadas noites da Feira dos Frutos também é ousado forçar outro olhar que não o do entusiasmo, porque é verdade que saiu muita gente à rua, sobretudo jovens em busca de convívio e alegria.
Nas 'Tasquinhas' contemplamos as freguesias e as associações. Nos 'Frutos' (que de frutos teve pouco) juntamos sobretudo os jovens e uma faixa mais citadina.
Porém, para além da euforia gerada pelo pretenso sucesso destas duas iniciativas, cabia à Câmara divulgar um dado crucial.
Qual é o impacto destes eventos?
As Tasquinhas e a Feira dos Frutos foram capazes de atrair públicos nacionais e estrangeiros, que às Caldas vieram deixar valor, ou tratou-se essencialmente de público local? Sendo que assim só se verificou transferência de consumos, sem efectiva criação de valor para o concelho."
E termina:
"Apenas andamos a perder tempo e a deixar que outros nos passem à frente. É desesperante perceber o manancial histórico, a riqueza gastronómica que não se resume, de forma alguma, às cavacas, a diversidade de ofertas turísticas em várias valências… Tanto que temos para oferecer!"
É bem verdade. E é de esperar que, com o tempo, haja mais gente a percebê-lo. O concelho de Caldas da Rainha tem todas as condições para ser um polo turístico significativo. Só não o vê quem não quiser.







domingo, 8 de setembro de 2019

Ler jornais já não é saber mais (63): Ke bem sescreve nus Presso

Ou seja: que bem se escreve no "Expresso". 
Como aqui se vê, da edição de ontem:



"Juízes querem voltar ao tribunal da Boa Hora", de Rui Gustavo, p. 25

Porque é que as obras em Caldas da Rainha se arrastam durante tanto tempo?





É típico: ruas destruídas, obras paradas, um ar generalizado de miséria, pó no ar.
Onde há obras de rua, e obras da responsabilidade da Câmara Municipal, na cidade de Caldas da Rainha, a situação arrasta-se.
Agora são a Rua 31 de Janeiro e algumas ruas adjacentes que estão assim, bem há um mês.
Porque será?
E os moradores e os comerciantes? Gostam?




terça-feira, 3 de setembro de 2019

Podridão


José Castelo Branco é um comunicador nato, uma criatura do espectáculo público, um "entertainer" que toda a gente odeia e de que toda a gente gosta, tem uma perspectiva do mundo muito específica, uma síntese enigmática do "mix" de géneros, de sexos ou seja lá do que for no se refere ao sexo ao estilo do PS "de esquerda" e do BE e, no seu percurso de vida, não se lhe nota falta de esperteza.
Primo do homem que, em 2015, teve a esperteza e o resto para encabeçar um golpe de Estado parlamentar, seria o melhor de todos os acrescentos ao jardim zoológico familiar que tem estado desde esse ano a foder-nos o País e o juízo.
Como ministr@ da Cultura, não haveria melhor. 
E como símbolo sócio-político destes tempos de merda também não.