Para já, e pelo menos, a vitória já anunciada de Donald Trump serviu para demonstrar a irrelevância do discurso de ódio da imprensa oficial portuguesa, de que pode ficar para registo este repelente exemplo, "pescado" na pouco objectiva CNN tuga.
Pedro Garcia Rosado
Inconformista e insubmisso.
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Donald Trump (1)
Não sei qual será, para os Estados Unidos da América e para a sua economia, o melhor resultado da disputa eleitoral que opõe um anterior presidente, Donald Trump, e a actual vice-presidente, Kamala Harris.
Mas acredito que, para o mundo em geral, o resultado mais favorável será a reeleição de Donald Trump como presidente. Em especial para pôr termo à crise ucraniana e impedir um alastramento do conflito militar por procuração que aí se desenrola entre a Federação Russa e os países da NATO e do chamado "Ocidente alargado", pelo bloqueio do investimento dos EUA na sua coutada ucraniana.
A ainda vice-presidente está demasiado presa ao rumo belicista do seu presidente, Biden, e dos "neocons", os neo-conservadores que parecem dominar mais o Partido Democrático (e a Casa Branca) do que o Partido Republicano. E é uma incógnita o que poderá fazer relativamente à crise ucraniana, ao rumo enlouquecido do regime de Kiev e aos interesses que algumas grandes empresas dos EUA já têm no território ucraniano.
Quanto ao Médio Oriente, até é possível que Trump e Harris não divirjam muito porque o "lobby" judaico sionista tem tanta influência num partido como no outro.
Já quanto ao potencial conflito com a China, confio mais no que Trump possa fazer (e vale a pena recordar que, ao contrário do que previam os seus adversários, não entrou em guerra com a Coreia do Norte) do que no rumo provocatário dos "neocons", a que Harris dificilmente poderá fugir.
Por isso, e rejeitando o vergonhoso "discurso de ódio" da imprensa oficial portuguesa e estrangeira, gostaria de ver Trump de regresso à Casa Branca. Para, com realismo, poder pôr fim à guerra na Ucrânia.
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
EDP/e-Redes: a Crónica das Trevas (114): mais um apagão...
... em formato mini, às 17h24. Sem explicação, como habitualmente.
Uma
de serviço. Como habitualmente.
terça-feira, 29 de outubro de 2024
Isto é uma rua, bloqueada pelo grupo Vamos Mudar
As ervas foram crescendo e a junta de freguesia (União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro) e a Câmara Municipal de Caldas da Rainha não querem saber. É só mais um exemplo da incompetência da pior gestão municipal que vi até hoje neste concelho, onde resido há mais de vinte anos.
A responsabilidade é do partido unipessoal Vamos Mudar, criado pelo empresário que é, ainda, o presidente da Câmara Municipal para seu proveito pessoal.
domingo, 27 de outubro de 2024
Costa Parte 2
Este governo é como o outro: distribui dinheiro para fixar clientelas eleitorais; aumenta os combustíveis para sustentar o disparate e mantém o estúpido bailarico da mudança da hora.
sábado, 26 de outubro de 2024
Censura: como não se noticia, não existe
Não se noticia, portanto não aconteceu. Este postulado rege a imprensa oficial nacional, a tal que é feita daquilo que, com alguma arrogância, foi chamado jornalismo "de referência": um acontecimento, uma pessoa ou uma obra cultural ou científica deixam de existir se não houver notícias. Encontrei-o, e convivi com ele, em todos os jornais onde trabalhei e, cada um à sua maneira, vi-o defendido e aplicado por directores e outros chefes.
Se já por aqui tenho apresentado exemplos suficientes desta orientação, há mais outro, e bem evidente. Que é o modo como foi ignorada, ou censurada, a realização da cimeira da organização de países conhecida por BRICS durante esta semana.
A designação "BRICS" começou por ser, apenas, "BRIC" para indicar quatro grandes países cujo desenvolvimento económico enfrentava algumas dificuldades em 2001 (Brasil, Rússia, Índia e China). Quando a África do Sul se juntou a este grupo, em 2011, a designação passou a ser "BRICS". Hoje, os países-membros são nove (África do Sul, Brasil, China, Egipto, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Índia, Irão e Rússia) e a estes países juntaram-se agora mais treze com o estatuto de "Estados associados": Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Indonésia, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietname.
A cimeira deste ano dos BRICS realizou-se no Cazaquistão (que faz parte da Federação Russa) e o seu anfitrião foi Vladimir Putin, porque a presidência do grupo, que é rotativa, coube este ano à Rússia.
A cimeira dos BRICS, onde o "global South" voltou as costas ao "colective West" |
O "isolamento" de Putin, aqui na companhia de Xi Jinping (China) e Narendra Modi (Índia) |
A Rússia pôs a circular um cartão de débito, para pequenas despesas, num pequeno ensaio de como poderá ser um dos elementos a desenvolver entre os países dos BRICS |
Contrastes |
No conjunto dos países representados (e ao mais alto nível) na cimeira vivem cerca de 45 por cento da humanidade, três deles estão entre os países mais poderosos a nível mundial (China, Índia e Rússia) e um dos candidatos à entrada no grupo é a Turquia (que faz parte da NATO e que não consegue ser admitida na União Europeia). Um dos aspectos mais significativos foi o lançamento de um processo de pagamentos bancários comum aos membros dos BRICS e o que parece ser o primeiro passo para a já chamada "desdolarização". E outro foi o fim do mito de que Putin está "isolado". Não está, e até se pode ver isso pelo modo como o presidente da China e o primeiro-ministro da Índia, como outros chefes de Estado e de governo, e até o secretário-geral da ONU se juntaram a ele.
Pois esta reunião foi ferozmente ignorada pela imprensa oficial. Quem procurar notícias sobre a cimeira dos BRICS não as encontrará. A lógica é esta: não se dá notícia e a reunião nunca existiu; os chefes de Estado e de governo nunca estiveram com Putin; estes países nem sequer existem. Ou seja: a imprensa oficial fez censura. Porque tudo o que pode ser visto como favorável à Rússia tem de ser ignorado, mesmo que isso implique esconder a verdade.
E é esta imprensa a que o Governo quer apoiar, porque não há público que lhe pegue!
Um pântano
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
Da morte como glória
Não elogio quem morreu só porque essa pessoa morreu. E quem morre não passa a ser melhor do que foi, nem consegue ser o que não foi.
A morte como passaporte para o estrelato é uma regra mediática idiota, um absurdo tipo Maria-vai-com-as-outras (se o vizinho do lado glorifica o morto, eu tenho de fazer o mesmo...) e, francamente, prefiro a lógica determinista do mito nórdico de Valhala.
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
"This is the end, my only friend, the end"
A capa da última edição da "Total Film"
Aparentemente, a edição em papel já não era sustentável e a última edição da "Total Film" anuncia-o, com notas retrospectivas: "'Total Film''s last ever issue". Resta agora a sua concorrente, a "Empire", que também compro.
Penso que terei começado a comprar a "Total Film" ainda em 2000 e, até agora, era uma das publicações que ainda comprava. Achei-a sempre interessante e informativa, harmonizando a informação, a crítica e a opinião com algum rigor e grande profissionalismo.
Em 2003 ou 2004, tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas para fazer uma publicação parecida em Portugal ou, mesmo, criar uma edição portuguesa, num projecto que não teve continuidade. E, mais tarde, em 2011, chegou a circular uma edição portuguesa lançada por outras pessoas, que, no entanto, durou apenas sete meses.