O jornalismo (?!) português deu nisto: uma espantosa misturada de erros crassos de português, de importação (tradução automática?) de palavras e expressões estrangeiras, de vírgulas fugitivas, de ausência de conhecimentos de português.
A autora da coisa chama-se Liliana Lopes Monteiro (e quase admira que não tenha saído "Lópes" ou "Monteiru") e o veículo tem o título de "Notícias ao Minuto" (que nem quero saber o que é).
E se, por acaso, o leitor pensa que eu estou a brincar, ou a exagerar, pode verificar no original aqui.
Apetece perguntar se é possível descer mais fundo naquilo que hoje passa por "jornalismo" em Portugal mas sim, acredito que é. Infelizmente.
«De acordo com um novo estudo realizado pela Mayo Clinic, uma organização médica norte-americana sem fins lucrativos, localizada no estado do Minnesota, dormir com o seu melhor amigo canino é detrimental para que consiga experienciar uma boa noite de sono.
Os investigadores observaram 40 adultos donos de cães, nenhum dos quais sofria à partida de desordens do sono, e monitorizaram a qualidade do seu sono durante o período de sete noite. Deste modo queriam saber se os humanos dormiam melhor quando na companhia dos seus cães no chão à beira da cama ou na própria cama, e os resultados não são de facto bons para quem gosta de dormir aconchegado com o seu animal…
Basicamente os humanos dormem melhor quando não estão a fazer ‘conchinha’ com os seus cães. Os participantes que gostavam de dormir com o seu companheiro de quatro patas alcançaram uma ‘taxa de eficiência’ de sono de 80%, já quem sabia que as camas para os cães são uma realidade, e que estão à venda em qualquer loja da especialidade, atingiu os 83%.
Tal como o artigo científico referiu: “Os indivíduos que dormem com um único cão dentro do quarto mantiveram ainda assim bons resultados de eficiência de sono; porém, a posição do cão, se estava deitado na cama ou no chão, fez toda a diferença”.
E apesar da diferença numérica não ser magnificente, os especialistas concordam que 80% é considerado um nível razoável, mas que quaisquer valores que se registem entre os 85% e os 89% são considerados normais e espectáveis. Todavia, o relatório sublinhou que quem dorme com o seu animal acorda mais vezes durante a noite, o que contribuiu para uma pior qualidade do sono e até para a formação de insónias, fazendo com que de manhã acorde potencialmente ainda mais cansado.
Sabemos que se trata do seu melhor amigo, mas você tem prioridade! Não se esqueça que enquanto tem que ir trabalhar no dia seguinte, ao seu cão espera-lhe apenas mais um dia de lazer e muitas mais horas de sono…»