quinta-feira, 24 de maio de 2018

EDP - A Crónica das Trevas (81): a EDP tem medo da chuva?

Três (3) apagões desde as 9 horas.
Versão "mini" mas daqueles que parecem ser pensados para lixar os electrodomésticos. 
Será por estar a chover?

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Palmira e Carlos Gaspar




A Palmira e o Carlos Gaspar são, em Caldas da Rainha, um verdadeiro Ministério da Cultura. Sem outros recursos que não os seus e a sua força de vontade e o seu dinamismo. São também um exemplo de perseverança, de discreta erudição e da importância fundamental da iniciativa dos cidadãos quando os poderes públicos não servem.
Mereceram a distinção que lhes foi concedida, com a medalha de Mérito Cultural de Caldas da Rainha, e muito mais.
As minhas saudações, como autor que apoiaram e incentivaram e como admirador do trabalho que têm desenvolvido, e o meu agradecimento, também.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Notas de prova

Quinta da Fata — Branco Encruzado 2016 — D.O.C. Dão
Encruzado
Quinta da Fata, Vilar Seco (Nelas)
13% vol.
Magnífico!

Notas de prova


Quinta do Escudial — Tinto 2011 — D.O.C. Dão
Touriga Nacional (35%), Tinta Roriz (25%). Alfrocheiro (20%) e Jaen (20%)
Quinta do Escudial, Vodra (Seia)
13% vol.
Muito bom!

Porque não gosto dos CTT (133): o Triângulo das Bermudas

A empresa CTT é um verdadeiro Triângulo das Bermudas: o que entra no serviço de distribuição postal é, salvo modalidades mais caras, pode sair... como não.
E o problema não é de agora, não é da empresa privatizada, é de muito antes. E mais localizado: o que não muda desde há vários anos na empresa CTT é o regime laboral e o poder sindical.
Esta semana, tendo sido feriado municipal na terça-feira, chegaram algumas coisas atrasadas ontem, quarta-feira.
O jornal regional que sai à quarta-feira... anda não se sabe por onde. A "carta verde" de um seguro automóvel pago em 23 de Abril não chegou. Com ela andará não se sabe mais o quê. Talvez a liquidação do IRS, que não chegou pelo correio. E tudo o resto que não se consegue porque não chega à nossa mão.
Chamam a isto "serviço público".

terça-feira, 8 de maio de 2018

Ler jornais já não é saber mais (37): xiça, que escrevem (?!) mal


O jornalismo (?!) português deu nisto: uma espantosa misturada de erros crassos de português, de importação (tradução automática?) de palavras e expressões estrangeiras, de vírgulas fugitivas, de ausência de conhecimentos de português.
A autora da coisa chama-se Liliana Lopes Monteiro (e quase admira que não tenha saído "Lópes" ou "Monteiru") e o veículo tem o título de "Notícias ao Minuto" (que nem quero saber o que é).
E se, por acaso, o leitor pensa que eu estou a brincar, ou a exagerar, pode verificar no original aqui.
Apetece perguntar se é possível descer mais fundo naquilo que hoje passa por "jornalismo" em Portugal mas sim, acredito que é. Infelizmente.

«De acordo com um novo estudo realizado pela Mayo Clinic, uma organização médica norte-americana sem fins lucrativos, localizada no estado do Minnesota, dormir com o seu melhor amigo canino é detrimental para que consiga experienciar uma boa noite de sono.
Os investigadores observaram 40 adultos donos de cães, nenhum dos quais sofria à partida de desordens do sono, e monitorizaram a qualidade do seu sono durante o período de sete noite. Deste modo queriam saber se os humanos dormiam melhor quando na companhia dos seus cães no chão à beira da cama ou na própria cama, e os resultados não são de facto bons para quem gosta de dormir aconchegado com o seu animal…
Basicamente os humanos dormem melhor quando não estão a fazer ‘conchinha’ com os seus cães. Os participantes que gostavam de dormir com o seu companheiro de quatro patas alcançaram uma ‘taxa de eficiência’ de sono de 80%, já quem sabia que as camas para os cães são uma realidade, e que estão à venda em qualquer loja da especialidade, atingiu os 83%.
Tal como o artigo científico referiu: “Os indivíduos que dormem com um único cão dentro do quarto mantiveram ainda assim bons resultados de eficiência de sono; porém, a posição do cão, se estava deitado na cama ou no chão, fez toda a diferença”.
E apesar da diferença numérica não ser magnificente, os especialistas concordam que 80% é considerado um nível razoável, mas que quaisquer valores que se registem entre os 85% e os 89% são considerados normais e espectáveis. Todavia, o relatório sublinhou que quem dorme com o seu animal acorda mais vezes durante a noite, o que contribuiu para uma pior qualidade do sono e até para a formação de insónias, fazendo com que de manhã acorde potencialmente ainda mais cansado.
Sabemos que se trata do seu melhor amigo, mas você tem prioridade! Não se esqueça que enquanto tem que ir trabalhar no dia seguinte, ao seu cão espera-lhe apenas mais um dia de lazer e muitas mais horas de sono…»

domingo, 6 de maio de 2018

Notas de prova

Meia Palavra — Tinto (sem data)
Sem indicação de castas
Sartal, Lda., Abrigada
13% vol.
Bom!

Notas de prova

Voo Real — Tinto 2016 — Vinho Regional Lisboa
Syrah, Touriga Nacional e Petit Verdot
Quinta do Gradil, Cadaval
13% vol.
Muito bom.

Notas de prova



Pavão de Espirra — Tinto 2013 — Vinho Regional Península de Setúbal
Castelão
Herdade da Espirra, Pegões
13,5% vol.
Bom!

Notas de prova


Andorinha do Mar — Tinto 2016 — Vinho Regional Península de Setúbal
Castelão, Aragonês, Syrah
Venâncio da Costa Lima, Quinta do Anjo (Palmela)
13,5% vol.
Muito bom.

Foleirice caldense




Caldas da Rainha é um concelho rural. Não é vergonha nenhuma, como se calhar pensa a elite local.
Há campo, culturas agrícolas, até um mercado famoso (mas sem estacionamento) onde se vendem os produtos da terra. E há flores. Selvagens, cultivadas, em vasos e de geração quase espontânea, jardins e uma mata também famosa. E na capital do concelho há floristas. Tal como no mercado.
Por tudo isto, e por motivos ambientais e estéticos, não se justifica, em nada, o uso de flores de plástico nas bicicletas que, por razões que não compreendo mas respeito, a associação de comerciantes propôs que se espalhassem pela cidade.
É uma foleirice de todo o tamanho. E, num concelho rural, uma aberração pirosa.

Negligência ou maus tratos?

Onde é que termina a negligência e começam os maus tratos? É possível que os textos legais tenham, com a frieza recomendada, todas as respostas. Mas, aos nossos olhos, como é que podemos fazer a distinção?
O pequeno Flipe, cuja história triste já aqui contei, veio hoje às oito horas ao nosso encontro (eu, a Joaninha e a Elsa) para o passeio de que elas precisam. A casa das criaturas que serão, em princípio, seus proprietários como "donos" estava toda fechada. O Flipe lá saiu pelo seu buraco entre a vedação e o solo.
Vinha encharcado e sujo de lama. Contente por nos ver (dá ideia de que não tem ninguém que lhe faça festas), ia-me sujando as calça. Mas teve direito a festas.
Pelo caminho, como tantas vezes tenho visto, parou para beber água de um charco de água acastanhada, estagnada e cheia de mosquitos. Parecia sequioso como se, no terreno vedado a que está condenado, não tivesse água fresca à sua disposição. Talvez isso (como outras coisas) explique, por exemplos, os fluxos de diarreia que às vezes também vai largando pelas ervas durante os passeios que dá connosco.
Negligência ou maus tratos?

terça-feira, 1 de maio de 2018

Ler jornais já não é saber mais (36): este alegado jornalismo...

Em cerca de 20 minutos, passando por quatro canais de televisão com telejornais em simultâneo, ouvi o "alegado" e o "alegadamente" usados uma boa dúzia de vezes. As duas palavras são também vulgares nos textos escritos. É um disparate.
O "alegado" é importado do inglês e, de uso comum no "jornalês" de língua inglesa, serve para dizer algo como "diz-se que que fez".
Por exemplo: "os alegados pagamentos ao ex-ministro Pinho". Mas nada impede, a não ser a falta de familiaridade com a língua portuguesa, uma expressão como "os pagamentos que terão sido feito ao ex-ministro Pinho". 
A utilização do "alegado" tornou-se tão imbecilmente absurda que, numa peça televisiva sobre um homem que matou a mulher com um tijolo e se foi, ensanguentado, entregar à GNR (onde se supõe que terá dito o que fez, porque não saiu em liberdade), ouvi ontem a jornalista (?) de serviço falar em "alegado homicida". Quem é que "alegou" que o homicida era homicida? O próprio homicida?!
Só um alegado jornalismo feito por criaturas alegadamente jornalistas, é que pode espraiar-se nestes disparates.