sábado, 21 de abril de 2018

Ler jornais já não é saber mais (35): a meteorologia jornalística

São 10 horas e começou a chover com alguma intensidade há cerca de quinze minutos. Não sei se no resto do País também. Ontem só choveu por volta das 21 horas. Não sei como foi no resto do País.
Na passada quarta-feira, o diário "i" fazia esta (mais de metade) da primeira página. Não se confirmou, claro.



«Sexta-feira já deve regressar a chuva..."

A imprensa portuguesa transformou a meteorologia e os "avisos" coloridos dos manda-chuvas institucionais portugueses em tema de notícia, ou mesmo de manchete.
E, no entanto, as previsões meteorológicas são falíveis. Ou, na língua de pau do actual jornalismo nacional, são "cada vez mais" falíveis.
Não há uma só fonte de informação, além disso. Na minha barra de favoritos do computador tenho cinco fontes de informação meteorológica. Raras vezes são coincidentes. 
Como tema noticioso, é relevante. Deixa de o ser quando a informação jornalística fica agarrada a uma só fonte, tão falível como as outras. Mas é típico de quando o jornalismo se tornou ainda mais falível (e mais irrelevante) do que as previsões dos vários IPMAs da internet.

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