quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Ludíbrio ou incompetência? Ou estupidez? Ou um problema genético?

No concelho de Caldas da Rainha, e possivelmente noutros concelhos do interior, é possível ter dois contadores de água. 
Um dos contadores controla o consumo doméstico e é sobrecarregado com as taxas e taxinhas todas que as câmaras municipais adoram inventar, a pretexto de essas águas terem de ser tratadas. O outro controla o consumo da água para rega, que é menos sobrecarregado por essas taxas e taxinhas porque a água vai diretamente para o solo. O valor final é apurado com a soma das duas contas dos dois contadores. É evidente que o valor das leituras dos dois contadores é diferente.
Já me referi aqui a uma resposta supinamente idiota de "Os SMAS" (ou seja, Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha) dada, de maneira formal, a uma residente na edição do jornal regional "Gazeta das Caldas". A residente queixava-se das confusões das facturas da água e da troca de valores, porque aparecia o contador das águas domésticas trocado com o consumo do contador da rega. 
Eis a extraordinária reposta de "Os SMAS": "As leituras dos diferentes contadores pelo facto de aparecerem na fatura por ordem inversa, não implica que as mesmas tenham sido trocadas, porque não o foram, pelo que o valor das mesmas reflete o valor real a faturar" (texto sem correcção ortográfica).
Como é que se explica a discrepância entre a realidade e "Os SMAS"? Desconhecimento, incompetência, estupidez, vontade de ludibriar o próximo? Ou é a tal questão genética?...
E, já agora, fica uma informação fresquinha hoje prestada presencialmente nos ditos Serviços Municipais: a situação tem sido de tal modo que a leitura das contas da água de quem tem os dois contadores vai ser autonomizada, para evitar mais equívocos. Calcula-se o que deve ter andado a acontecer...

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