domingo, 3 de novembro de 2019

Ler jornais já não é saber mais (67): o livro de estilo da redacção única

O novo governo do PS é bom e o primeiro-ministro é um tipo "porreiro, pá". A extensão do Governo e a multiplicação de Secretarias de Estado não tem mal nenhum. Pelo contrário: haverá mais assessores, adjuntos, chefes de gabinete e antigos e novos colegas com quem falar como "fontes".

O BE era fofinho, mas agora é o mau da fita. Não quis a "geringonça". Agora é que mostram a sua verdadeira cara. Não influenciam nada, portanto não vale a pena ligar-lhes muito. São marginais. Adeus, camaradas.

Jerónimo de Sousa tem um penteado giro. É bom ter um antigo operário larachista como interlocutor. A amiga está sempre disponível e "críticos" e "dissidentes"?... Não, que nem sequer sabem falar com os jornalistas. Além disso, um avô é sempre um avô e devem existir muitos jornalistas com problemas mal resolvidos com os seus avôs.

Rui Rio é amigo. É uma oposição que ladra mas não morde, à espera de um PS que lhe há de pedir algum favor, um dia destes. Portanto, não vale a pena morder-lhe às canelas. É deixá-lo estar, porque até pode ficar na chefia do PSD mais tempo.

A Iniciativa Liberal vai por exclusão de partes. Não é "extrema-direita", é só liberal. O deputado vem do mesmo meio político-cultural urbano dos jornalistas de Lisboa e se é "liberal" até é bem-falante. E talvez não faça mossa.

O Chega! é "a extrema-direita". Não se sabe o que é isso, mas é o mais fácil de dizer. Atacar o PSD de Rio já não dá pica, e André Ventura é um óptimo alvo. Os ataques, directos e outros, dão-lhe força? Mas que interessa? Há que abatê-lo antes que o Chega! ponha as hordas de milhões das SS, das SA, da Wehrmacht e da Luftwaffe que o seguem diariamente a cercarem a Assembleia, tipo metalúrgicos do PCP no PREC.

É claro que a Joacine tem melhor aspecto do que Rui Tavares. Mas depois, quando abre a boca… Mas convém dar-lhe atenção e fazer de conta que as suas incapacidade orais e intelectuais lhe hão de passar.

O PAN é uma curiosidade. Mas já não é uma novidade. E parece uma colónia de gatos num beco. Um gatinho parlamentar ainda é um querido, mas muitos já são uma chatice.


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