sábado, 23 de fevereiro de 2019

Regresso ao passado (recente)



A rede de abastecimento de água desta rua (Rua Vasco da Gama) foi substituída em 2014, num processo de obras que, a meu ver, não primou pela transparência nem pela competência (pormenores aqui). O arranjo não durou cinco anos e há poucas semanas a água começou a sair do subsolo. Como era habitual.
Há dois dias, um grupo de funcionários dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha deslocou-se aqui e, com mais a verem do que a trabalharem, lá descobriram a ruptura.
E, como também é habitual, a rua ficou assim: terra e pedras em cima e depois logo se vê. E lixo, claro, porque a esta gente nunca foi ensinado que o lugar do lixo é no lixo. Talvez convivam demasiado com lixo nesta câmara municipal…


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

A mudança de paradigma do audiovisual

… É, muito simplesmente, isto: os filmes de cinema, com padrões de duração mais ou menos fixos para garantir mais sessões diárias, correspondem aos contos, ou novelas, da literatura; as séries de televisão (e, em absoluto, as mini-séries) correspondem, na literatura, aos romances.
Sendo relevante a qualidade, será interessante ter presente que, nas últimas dezenas de anos, o conto perdeu peso no mercado literário (e "mercado" não expressa uma apreciação negativa) e foi o romance que se afirmou.
O futuro do audiovisual não será muito diferente.

Ler jornais já não é saber mais (46): como a Imprensa se descredibiliza

O chavão "É oficial", tantas vezes usado em título para afirmar qualquer coisa que antes não se tinha por certo, é um dos bordões da linguagem mais estúpidos que a Imprensa usa.
Com ele, os jornalistas estão a dizer que o público só deve acreditar no que é "oficial" e não no que os próprios jornalistas afirmam, independentemente das suas fontes de informação. 
Ou seja: não liguem ao que nós dizemos nos jornais e na televisão...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Notas de prova

Tágide - Tinto 2017 - Vinho Regional Lisboa
Syrah
Quinta da Barreira (Carvoeira)
13,5% vol.
Bom!
(Bebido no restaurante Traçadinho, em Óbidos, 
a acompanhar bacalhau assado)

Notas de prova

Elpenor - Tinto 2015 - DOC Dão
Sem indicação de castas
Julia Kemper Wines (Mangualde)
13% vol.
Bom.

Notas de prova


Coragem - Tinto 2016 Reserva - Vinho Regional Lisboa
Syrah (60%), Castelão (20%) e Aragonês (20%)
Vidigal Wines (Cortes, Leiria)
13,5% vol.
Muito bom
(Bebido no restaurante Naco na Pedra, em Salir do Porto, 
a acompanhar um tornedó Rossini)

Notas de prova


Casa das Gaeiras - Tinto 2017 - DOC Óbidos
Touriga Nacional, Tinta Roriz e Syrah
Parras Vinhos (Maiorga, Alcobaça)
13,5% vol.
Muito bom!
(Bebido no restaurante O Recanto, em Caldas da Rainha, 
a acompanhar dobrada e cabrito assado)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

E se se fossem "requalificar-se"?...


Não há volta a dar a esta gente, que acha que basta fazer um remendo de cimento para tudo ficar bem.




Isto que se pode ver na fotografia é um chafariz existente na povoação de Cabeço da Vela, na Serra do Bouro (em Caldas da Rainha). 
É horrível, a torneira é do mais ordinário que há, o cano é um tubo de plástico, a degradação é absoluta. 
Num concelho onde há trabalhos de azulejaria e de cerâmica de qualidade, e uma elevada rotação de turistas estrangeiros, é confrangedor não ver a coisa substituída por uma peça digna.
Levantei a questão junto da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro (que bem podia ter poupado num site quase inútil e num logotipo novo-rico), como aqui tenho contado, e foi preciso insistir ainda mais para ter resposta. Esta "resposta":



«Relativamente às questões que coloca e no seguimento da n/ resposta do dia 12/11/2018, somos a informar o seguinte:

  • O chafariz em causa foi reparado após o v/ primeiro contacto;
  • A requalificação do chafariz e o alcatroamento da rua indicada serão atendidos quando existirem condições para tal
Ora a "reparação" foi isto:





Ou seja: meteram cimento no buraco e já está tudo bem.
Lindo, não é?
Quanto à "requalificação", palavrão mágico que significa tudo e mais alguma coisa (e uma aflitiva falta de inteligência de quem o usa), não se sabe o que será. E, tendo perguntado, nada me disseram.
Quanto ao alcatroamento, estamos a falar de 500 metros de uma rua com nome e casas de habitação que são em terra batida. Inexplicavelmente.
São demonstrações de incompetência que ainda conseguem surpreender-me por parte de um grupo de pessoas onde se pode dizer que se juntou a fome à vontade de comer e a quem dá vontade de mandá-los "requalificarem-se"...




Vão mas é "requalificar-se"!...