domingo, 12 de agosto de 2018

Uma moda perigosa








Em Portugal conduz-se, por regra, "o mais à direita possível" e os carros são vendidos com a alavanca das mudanças à direita. 
O que significa que pelo menos duas funções de condução essenciais estão do lado direito: as mudanças e o acelerador. Isto sem contar com o travão de mão que, tenha o condutor os seus reflexos apurados, pode ser útil numa emergência. À esquerda fica a embraiagem. Ao centro está o volante, que deve ser usado com as duas mãos. 
Quando se mete uma mudança, é necessário tirar a mão direita do volante. E esse pode ser continuado a ser utilizado com a mão esquerda. Ou seja, quem tiver experiência suficiente até pode conduzir com a mão esquerda no volante (e a segurá-lo bem) e com a direita na embraiagem, fazendo convergir o bom uso do acelerador, das mudanças e do travão.
O que já não ajuda é pôr de lado a mão esquerda. Numa emergência, maior ou menor, fica uma só mão (a direita) para o volante, as mudanças e, se necessário for, o travão de mão.
É por isso que me faz alguma confusão este tipo de moda, de conduzir com o bracinho esquerdo de fora da janela. Deve ser bom para arejar o sovaco. E até pode ser útil, para certo tipo de deficientes. Ou se o braço esquerdo não couber dentro do carro.
Infelizmente, esta inconsciência tola parece ter a cobertura da GNR e da PSP, que continuam a preferir a caça à multa a garantir a efectiva segurança na estrada, fechando os olhos a esta moda perigosa.


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