segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A dinâmica das ilusões (14): desastres






Há qualquer coisa de obsceno no modo como o PCP e o BE se apresentam nestas eleições.
Vêm de quatro em quatro anos "picar o ponto", conseguem sempre dar maior atenção a problemas de política nacional em detrimento dos problemas locais e as suas intervenções trazem consigo um cansaço enfadado.
O que propõem, quando se consegue saber (nem sequer é ainda o caso a menos de uma semana do dia de voto e as entrevistas aos jornais locais não fazem lei nesta matéria), é um arrazoado de lugares-comuns para situações e locais que se percebe que conhecem mal. 
Como é que, com um mínimo de honestidade intelectual, podem vir pedir que se vote neles?


*


O grupo de independentes que há quatro anos se apresentou como MVC, e que este ano se esfumou sem uma única justificação dada aos seus eleitores de 2013, ainda se enfeitou discretamente com algum triunfalismo - tinham conseguido "quebrar a teia", argumentam.
O simbolismo é adequado, afinal: é como as teias de aranha que se limpam num dia num canto da casa e no dia seguinte já lá estão outra vez. Se não se matar a aranha, claro. Ou se as pessoas não mudarem de casa. Ou desistirem.
Na prática foi tudo ao que aconteceu ao MVC desde o seu pequeno e inglório triunfo de 2013. Cuja única herança é, muito objectivamente, a situação nebulosa da Junta de Freguesia da Foz do Arelho.
Paz à sua alma.



Sem comentários: