quarta-feira, 31 de agosto de 2016

SEUR: sem emenda

Não há volta a dar-lhe: a SEUR não é de fiar. A Amazon ainda acha que é mas, para já, assume os custos da entrega. E, depois, um segundo envio?
Comprei cinco livros na Amazon inglesa. A escolha da empresa distribuidora (há várias a operar em Portugal) foi da Amazon e foi... a SEUR. Azar. Estava com esperança que fosse a MRW, um modelo de precisão e rigor por comparação com a malfadada SEUR.
Anteontem, a Amazon anunciava-me a entrega dos livros para ontem; ontem, anunciava a entrega dos livros para o dia de... ontem. Hoje, vai adiantando que a encomenda está "on the way".
Ontem à noite reclamei e, prontamente (não deve ser caso único...), a Amazon anunciou-me o reembolso da despesa de envio, solicitando que continue à espera.
Quanto à SEUR, através do seu site, fiquei saber que o pacote está "en gestion SEUR" desde as 15 horas de ontem aqui ao lado, em Espanha.




domingo, 28 de agosto de 2016

E a campanha eleitoral continua...



"Gazeta das Caldas", 26.08.16

O PSD de Caldas da Rainha e o seu candidato à Câmara Municipal, e actual presidente, não perdem tempo: são as várias fotografias da criatura nos dois jornais regionais, são a cornucópia de obras que se anunciam, são as festas, é o incompreensível empréstimo bancário de dois milhões de euros... para obras previstas, certeiramente, para terminarem em 2017.
Agora é o complexo desportivo de Caldas da Rainha, degradado desde há vários (e aqui já me referi várias vezes a este lamentável caso): vai ter obras (com uma escultura que parece uma colher de sopa) que, claro, vão terminar... em 2017.
Perante isto, a oposição (ou oposições) mantém-se indiferente: o PS vai-se dividindo alegremente, o CDS vai tentando encontrar um rumo (ou um candidato a presidente), o PCP anda entretido com outras coisas e o grupo "independente" do MVC parece, talvez por receio de perder o que conquistou em 2013, andar a tentar negociar uma participação nas listas do PSD.  
Perante isto, quase se dispensavam as eleições.
O PSD caldense tem, cada vez mais, a vitória assegurada no próximo ano e, infelizmente, nem sequer o merece. E estou a falar de Caldas da Rainha.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Da série "Para os amantes da natureza..."


... mais um belo exemplo de um concelho impunemente entregue ao lixo "para os amantes da natureza":





Penduraram os plásticos, deixando no chão os que lá estavam. A data já passou e os plásticos lá ficaram, à espera dos próximos que os deitem para o chão.



Mais uma para a minha lista negra: a Iberdrola (e, de boleia, a Gestifatura)


Espera-se, normalmente, que ao fornecimento regular de um serviço (água ou electricidade, por exemplo) corresponda a apresentação regular da respectiva conta e da respectiva factura. Não foi o que, depois de dois ou três anos de contrato, aconteceu com a empresa de comercialização de electricidade Iberdrola.
Esta, como outras, limita-se a "cavalgar" o monopólio da EDP e a vender, com algumas vantagens iniciais, a electricidade aos seus clientes. Talvez não seja de admirar, por isso, que preste um serviço tão distanciadamente mau, como a seguir se conta.
Entre Dezembro do ano passado e Março deste ano, a Iberdrola não me enviou facturas. E, de repente, chegaram com intervalos de poucos dias, quatro facturas num valor de quase 600 euros.
Um contacto telefónico para a empresa deu origem a uma resposta muito rápida: propunham um "plano de pagamentos" que diluía por mais algum tempo o pagamento desse valor (o que também sugeria que este caso não era único). O "plano de pagamentos" exigia o aval escrito, e assinado, do cliente, o que demoraria ainda alguns dias. No entanto, o "plano", datado de 22 de Março, exigia já um primeiro pagamento... em 24 de Março.
Contactada de novo a Iberdrola, foi-me sugerido que anulasse o débito directo e ficou acordado que haveria um novo "plano de pagamentos".
Se, aqui, as coisas já estavam a correr mal, correram depois ainda pior. Em 6 de Abril a Iberdrola contornou o primeiro débito directo anulado e criou outro, para cobrar a primeira prestação... do "plano" entretanto rejeitado.
Quando o descobri, anulei o segundo débito directo (e a Iberdrola está agora como "credor bloqueado", impossibilitada de criar qualquer outro débito directo) e informei a empresa de que os pagamentos seriam só efectuados por multibanco.
E o certo é que, pouco tempo depois, lá foram aparecendo as facturas para pagamento por multibanco. À excepção de um valor, de explicação duvidosa, que chegou a materializar-se numa "factura sem leitura" e que, por motivos contabilísticos, foi rejeitada e solicitada a respectiva fundamentação. Que, estranhamente, nunca mais chegou.
Ao mesmo tempo (e já depois das queixas apresentadas à DECO e à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), a Iberdrola conseguiu, em cartas diferentes, pedir desculpa pelo erro (o "plano de pagamentos") cometido, propor outro "plano de pagamentos" (cuja proposta chegou já depois de paga uma factura que era abrangida por este segundo "plano de pagamentos"...) e afirmar que não havia registo nenhum de ter havido algum problema.
Entretanto, na passada segunda-feira, dia 22, foi recebido um SMS assinado, mas sem qualquer outra identificação, por uma empresa chamada Gestifatura, que exigia o pagamento de uma alegada "dívida" à Iberdrola, num montante que não corresponde a nenhuma dívida a essa empresa (e acordo com as contas pagas por multibanco desde o bloqueamento dos débitos diretos).
Contactada de imediato a Gestifatura, balbuciou-me quem atendeu que não sabia ao que correspondia a alegada "dívida" mas que ia perguntar ao cliente dela, ou seja, à Iberdrola. Que, pelo que se vê, desistiu de dialogar com o cliente que tem pago as facturas enviadas para pagamento por multibanco e que pagará as que lhe forem apresentadas de forma contabilística correcta.
Pedi, naturalmente, à minha embaraçada interlocutora da Gestifatura o comprovativo do teor do SMS por correio de superfície "para os devidos efeitos" mas... pois, não chegou.


*

Se a Iberdrola agiu mal, com uma postura estupidamente arrogante, age também mal a Gestifatura.
Não é caso único, aliás, porque (depois de outra situação em que outra empresa teve de meter a viola no saco) estas empresas de "cobranças difíceis" parecem limitar-se a recolher informação de valores das empresas a que prestam serviços, numa lógica muito clara de intimidação: não interessa a origem das eventuais dívidas (nem mesmo se têm razão de ser), o que interessa é assustar os eventuais devedores.
É possível que a maior parte das pessoas ceda ao medo perante estes novos "cobradores do fraque" e nem sequer saiba fazer valer os seus direitos. Mas neste caso vieram bater à porta errada.




Nacionalizem os supermercados

Um supermercado do socialismo venezuelano


Os “produtores de leite e de carne” estão “em luta”, fizeram uma marcha lenta, ofereceram bifes (pareceu-me que de porco) aos repórteres, querem que lhes seja dado mais dinheiro pelos seus produtos senão "fecham a porta”.
Os telejornais mostram e não explicam. Ao fundo vêem-se as bandeiras, irrepreensíveis de produção, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). O Governo anuncia “medidas de apoio”.
A “luta” dos “produtores” é incompreensível. Quem vai aos supermercados ou aos talhos não a percebe. O consumidor tem de olhar aos preços e escolher o que lhe parece mais adequado (ou, na pior das hipóteses, mesmo na nova “austeridade” da esquerda, comprar o mais baratinho que puder).
Ontem, um dos “produtores” (e foi o único, nesta série recorrente de “luta”) dizia que a carne lhes era para muito por baixo e que depois custava 10€ por quilo na venda ao público. E que carne? Nunca vi nos supermercados carne de porco acima dos 7€. Ou seria a de vaca? Infelizmente, não se sabe.
Aparentemente, o arqui-inimigo dos “produtores” é constituído pelos supermercados. Terão razão? Só se pode especular porque não temos, nem teremos, os dados todos. Os “produtores” querem ganhar mais dinheiro, os consumidores querem gastar menos dinheiro. São as leis do mercado e da concorrência a funcionar em democracia.
A “luta” dos “produtores” é dirigida pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura), organização criada nos anos 80 pelo PCP como contraponto à então medonha CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal). A sua intervenção, neste caso, parece ser mais uma forma, mansinha e manhosa, de o PCP procurar ganhos extraordinários para um sector para garantir votos. Tem sido a lógica deste governo do PS, do PCP e do BE. 
No mesmo dia da “luta”, o Governo anuncia “medidas de apoio”. Algumas (tipo “31 de boca”) parecem ter a ver com disposições comunitárias. As outras têm a ver com o Orçamento de Estado e com aquilo que é cobrado aos contribuintes para suportar os favores sectoriais. Ou seja, não querem comprar a carne e o leite mais caros? Então, paguem mais impostos.
Um destes dias, o PCP ainda vai exigir a nacionalização dos supermercados para resolver os problemas do mercado. Se não for o BE, que nisto anda a apanhar bonés, a fazê-lo antes. E o Governo é bem capaz de lhes dizer que sim.


domingo, 21 de agosto de 2016

"Pins"

E o vinho sabe a...


Maçã verde e pão
Brioche
Rebuçado
Pétalas de flores
Pedra raspada
Espargos e talo de couve
Pederneira
Mato seco
Crocante
Aço e pólvora
Borracha
Poejo
Cacau preto
Fumo
Carne
Toffee
Fósforo
Amêndoas torradas
Caroço e pele de pêssego
Melancia
Mentol
Massa de pimentão
Tinta-da-china
Licor de capilé
Alcatrão
Marroquinaria fina
Pimenta branca.

É a estas coisas, numa escolha aleatória ao correr de várias páginas, que o vinho sabe.
Não há que enganar: está nas notas de provas de algumas dezenas de vinhos que aparecem na edição deste mês da "Revista de Vinhos". E se os especialistas o afirmam, como é que alguém o pode negar?...




sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Desinformação grosseira


"Descida do IVA gera poupança de 175 milhões de euros na restauração" é o título e depois o texto abre com uma estranha frase: "O sector da hotelaria e restauração pode poupar na segunda metade deste ano cerca de 175 milhões de euros em pagamento de IVA ao Estado".
O título e o respectivo texto pertencem à edição da "Gazeta das Caldas" de hoje e são um exemplo (involuntário, supor-se-á) da desinformação grosseira que rodeia o IVA da restauração.
O IVA é um imposto cobrado ao cliente.
A regra geral - salvo se existe um regime de excepção secreto para a restauração - é esta: quem presta um serviço ou vende um produto cobra o IVA e entrega-o ao Estado, deduzindo o que puder deduzir. 
A baixa do IVA na restauração (uma medida estúpida e demagógica) não serve para o sector da restauração poupar coisa nenhuma.
E se os próprios defendem que há essa poupança, então não sabem gerir a sua actividade económica, não sabem o que andam a fazer ou têm contabilistas certificados incompetentes.
Quando muito, se os preços dos produtos e serviços baixassem, quem pouparia seriam os clientes.
Será muito difícil perceber isto?




quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ainda há vida inteligente no PSD de Caldas da Rainha

Já aqui me tinha referido ao extravagante empréstimo que os gestores do PSD da Câmara Municipal de Caldas da Rainha querem aprovar (Brincar à política à sombra de 2 milhões de euros), com uma certa complacência da oposição.
Há dois dias, o anterior presidente da câmara, Fernando Costa pronunciou-se no Facebook sobre a mesma situação e o que escreveu merece ser lido, e na íntegra.
Controverso, Fernando Costa foi, decididamente, melhor presidente do que o seu desastrado sucessor e herdeiro, demonstrando também que, apesar de tudo, ainda há vida inteligente no PSD caldense.

Eis o texto de Fernando Costa:


UM CONTRIBUTO PARA UMA MELHOR GESTÃO FINANCEIRA.
A Assembleia Municipal das Caldas Rainha vai votar a aprovação dum empréstimo de 2 milhões de euros, com um prazo de 10 anos. Antes, em 2014, contratou um outro de 2.4 milhões ...!!!!
Quem não conhecer a situação real financeira do Município, poderá pensar que estes empréstimos poderão resultar da situação financeira do anterior mandato: nada de mais errado.
De facto, a um de 1 de Junho,de 2013, dia em que deixámos a presidência da Câmara das Caldas, o Município contava com 5 milhões de euros em depósitos a prazo e 2.2 milhões de euros à ordem, dos quais ainda se conservam 3 milhões, em depósito a prazo..
Parece-nos errada a contratação deste empréstimo, nos seus diversos fundamentos, tanto mais que a taxa de juro que vai ser paga é três vezes mais alta do que a taxa de juro que a taxa de juro que o Município está a receber daquele depósito a prazo. !!!
Perante as dúvidas e perguntas que nos têm feito, e face a esta disparidade de taxas de juro, não podemos deixar de prestar este esclarecimento, convictos que estamos a defender os interesses dos Caldenses e ajudar a Câmara a fazer uma melhor gestão financeira.
A Câmara tem estado a aumentar a despesa corrente de forma preocupante , o que está obrigar ao recurso a empréstimos : é preciso muita atenção, pois os tempos são difíceis para os munícipes, que acabam por ter que pagar a factura !
LOURES e muitos outros municípios seguem em caminho contrário: reduzem a despesa corrente e a dívida para aumentar o investimento e baixar impostos aos munícipes .
Não se devem comprar terrenos por alto preço e vender outros muito baratos, geradores de desequilíbrios financeiros evidentes.!!!
Do mesmo modo, há que ter cuidado com os custos dos festivais, ainda que louváveis e, até, vantajosos para o concelho. Só um exemplo : aumentar em seis vezes o subsídio à organização privada do festival do Cavalo Lusitano, parece-me injustificável , ou seja de 12.500 euros( 2011) para 75.000 euros(2016), para não falar dum fotógrafo, em avença, que ganha perto de 100 euros por hora de efectivo trabalho...!
É preciso rigor e ponderação para evitar derrapagens:
É UMA OBRIGAÇÃO DE TODOS NÓS, AUTARCAS, DE TODOS OS PARTIDOS E EM TODOS OS MUNICÍPIOS .

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Enquanto há...

O terceiro jantar de sardinhas deste verão. Desta vez com tinto (genuíno) de Pias,
numa excelente combinação.

Prevenção da treta




A prevenção de incêndios, em muitos casos, é uma prevenção que parece feita por pirómanos: a câmara municipal, ou a junta de freguesia, manda cortar a vegetação à beira das estradas mas depois as ervas e as canas ficam a secar, à espera de uma ponta de cigarro ocasional ou do gesto premeditado de qualquer outro pirómano.
É o que acontece na zona rural do concelho de Caldas da Rainha onde resido.














À espera da primeira chama...

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Farinha do mesmo saco

As pessoas que abandonam cães são, basicamente, feitas da mesma "farinha" psicológica das que "perdem" cães ou os deixam "fugir".

sábado, 13 de agosto de 2016

A esquerda puta

  Aquilo que em termos políticos se chama “esquerda” tem-lhe associados certos princípios, que até podem ser considerados fundadores, como a luta pela justiça e pela igualdade, a recusa dos privilégios que ponham em causa os benefícios da população em geral, o controlo dos favores feitos pelos políticos aos interesses económicos e, numa perspectiva mais abrangente, o respeito pela democracia.


Não seria de esperar que, por exemplo, a esquerda, organizada ou não em partidos, aceitasse (e impulsionasse, até) acontecimentos como uma mitigada melhoria salarial da função pública à custa do sector privado e uma verdadeira isenção fiscal para um sector comercial, que nem sequer tem o alibi da cultura, e deixasse passar em branco a promiscuidade suspeita entre uma das maiores empresas nacionais e meia-dúzia de governantes nacionais e locais, uma vaga de despedimentos no banco do Estado e ainda impedisse o debate destes e outros temas na Assembleia da República.
Estes exemplos são apenas uma parte do que o actual governo (PS-PCP-BE) tem feito.
Hoje, oito meses depois do golpe de Estado parlamentar de Novembro do ano passado, há muito mais e nada dignifica em termos políticos os dois partidos que, declarando-se de esquerda, se confundem com as velhas práticas do PS de Soares e de Sócrates. E muitas das decisões deste governo, que o BE e o PCP na prática subscrevem sem qualquer distanciação honesta, teriam sido alvo da sua fúria se fossem do anterior governo.
O PCP e o BE mudaram. Ou revelaram a sua verdadeira face, a “fachada socialista” a que Álvaro Cunhal aludiu.
A esquerda, para eles, é isto: o apoio incondicional aos piores tiques de um PS que nunca foi capaz de deixar bons legados governativos.
O PCP e o BE venderam-se e venderam os seus valores para gozarem dos favores de um governo de trapalhadas e de situações duvidosas. E talvez para competirem em futuros compromissos eleitorais, depois de terem tomado o gosto ao “arco da governação”.
Já outros o fizeram e outros ainda continuarão a fazê-lo. Mas nunca o haviam feito, e de modo tão organizado e tão consciente, os que sujam a esquerda por a terem na boca mas não nos gestos.
O PCP e BE prostituíram-se, com a suprema hipocrisia de não precisarem de congressos para aplicarem esta versão tão torpe de um novo “eurocomunismo”.
E até que ponto é que esta esquerda prostituída vai continuar a ter militantes, simpatizantes e eleitores?


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

"Para os amantes da natureza..."

"Para os amantes da natureza, as Caldas da Rainha oferecem, entre outros, dois espaços únicos de beleza e biodiversidade: a Lagoa de Óbidos e o Paul da Tornada" (Jorge Varela, "Gazeta das Caldas", 12.08.16).

Por exemplo:


Caixote de lixo e cagatório no miradouro da Estrada Atlântica

Fontanário pré-histórico no Cabeço da Vela (Serra do Bouro)

Lixo na praia da Foz do Arelho

Lixo não reciclável pendurado das árvores

Lixo não reciclável caído das árvores

Lixo na Lagoa de Óbidos

Lixo na Lagoa de Óbidos

Lixo na Lagoa de Óbidos

Cagalhão na Lagoa de Óbidos

Parque de caravanas selvagem na Lagoa de Óbidos



Joaninha e Elsa

Elsa vigilante
Elsa em modo "Onde está o Wally?"


Joaninha curiosa.

Sol e fumo



O fumo que ontem à noite preencheu o horizonte, talvez vindo de qualquer incêndio no Leste da cidade de Caldas da Rainha, ainda se fazia notar na alvorada de hoje, quando fui fazer o passeio da manhã, ainda antes das sete horas.




Campanha eleitoral (autárquicas de 2017, Caldas da Rainha)

Manchete do "Jornal das Caldas" de 10.08.16


O presidente, e candidato do PSD, da Câmara Municipal de Caldas da Rainha prossegue a sua campanha eleitoral para as eleições autárquicas do próximo ano, com a conivência objectiva dos outros partidos.
Na edição desta semana do "Jornal das Caldas" (onde se anuncia sem reservas nem dúvidas a reabertura do hospital termal no ano das eleições) aparece em três fotografias na primeira metade do jornal.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Porque não gosto dos CTT (101): três dias sem correio

Desde segunda-feira que não me chega correspondência à caixa de correio. Nem sequer o "Jornal das Caldas", que pela segunda semana não vem, como vinha, à quarta-feira.
E não acredito que não haja correspondência dirigida a esta morada algures por aí...

domingo, 7 de agosto de 2016

Abandono














Na passada terça-feira houve nesta zona um problema qualquer no abastecimento de água e dois funcionários da Câmara Municipal de Caldas da Rainha andaram por aqui, a mexerem em várias das infraestruturas da rede. Uma delas ficou assim. Escavacada.

sábado, 6 de agosto de 2016

O pior é o IMI



A primeira manhã de sol e de calor (aqui por volta das sete horas) depois de várias manhãs de neblina, humidade e céu encoberto, nesta zona do Oeste.

Porque não gosto dos CTT (100): não vale a pena ser-se burro


Foi em 17 de Novembro de 2011 que, no terceiro post da minha série "Porque não gosto dos CTT", me referi, pela primeira vez, à estranha circunstância de me aparecer correspondência toda junta proveniente de vários locais e expedida em várias datas.
A conclusão era, já há quatro anos e meio, óbvia: a empresa CTT não distribuía o correio todos os dias, pelo menos na zona rural do concelho de Caldas da Rainha onde moro.
É possível que isto não acontecesse na capital do concelho (o único mundo que existe para a "nomenklatura" caldense) mas a realidade estava bem à vista e assim se manteve.
A privatização da empresa CTT decorreu em duas fases, em 2013 e em 2014. A distribuição irregular de correspondência continuou. E ainda hoje se mantém.
Há duas semanas, a "Gazeta das Caldas", que chegou a acolher e a fazer críticas aos CTT, "descobriu" que isto só começou a acontecer depois da privatização. E ontem mesmo, e no mesmo jornal, um berloque do folclore político caldense insistia na mesma asneira.
Pode-se, por motivos ideológicos, não gostar da privatização dos CTT (ou de outra qualquer). Não vale a pena é ser-se burro.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Sobre a "A Guerra de Gil", uma opinião de um leitor especial


 

Uma comunicação inesperada, e que muito me sensibilizou, de um leitor muito especial, sobre "A Guerra de Gil" e que, tendo sido pública, aqui me leva a apropriar dela com o devido reconhecimento:
   
Caríssimo Pedro Garcia Rosado,
Pedi-te amizade no Facebook e tu aceitaste. Pedi-ta porque li o teu livro “A Guerra de Gil”. O meu nome é Carlos Jorge Barata Gonçalves e sou advogado no IEFP. Quero agradecer, desde já, o facto de teres aceitado o meu pedido de amizade no Facebook. Não tenho a honra de te conhecer. Ouvi falar em ti apenas quando, há poucos dias, comecei e terminei a leitura do teu excelente livro “A Guerra de Gil”. Tive acesso a esta obra em audiolivro, produzido pela Biblioteca Sonora da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Como sou cego de nascença, aproveito os livros no suporte que me chegam: audiolivro, livro em braille ou livro em suporte digital e formato word, rtf, epub, html, pdf (modo texto) ou txt.
Gostei particularmente deste teu livro. Seja-me permitido destacar, em primeiro lugar, o narrador, omnisciente, vocacionado para uma grande e profunda focalização interna, principalmente na personagem principal: Vítor Gil. A propósito: não é que eu conheço um indivíduo chamado Vítor Gil!?... Este narrador, para além da sua omnisciência, é omnipresente, pois que não conta as ações tal como elas transcorreram, mas apresenta-no-las exatamente quando se estão a desenrolar: faz-me lembrar Graham Greene, designadamente o narrador de “O Outro Homem”. O narrador, na sua observação participante, transmite-nos de uma forma assombrosamente pormenorizada, os debates interiores das personagens, sobretudo os dilemas de Gil: na satisfação do pedido de Alda, no auxílio ou abandono da cunhada…
Em segundo lugar, Gil é uma personagem fascinante. Naqueles alucinantes dias, compreendidos entre o rapto e sequestro de Vanessa e a “batalha final” na Serra do Cabeço, face à sua enorme capacidade de observação, associação e relacionação, Gil descobriu o “trilho da droga”, o caminho que os da Funerária do Imaginário percorriam nas arribas, do mar até à estrada; o que eles denominavam de “o nosso sítio”. Gil descobriu que comera carne da sobrinha, considerando o seu travo adocicado, no restaurante Quatro Estações, por vitela branca. Gil identificou o negro que matara Bruno, por entre os cortinados do primeiro andar na Funerária do Imaginário, quando lá fora esboçar tratar da trasladação dos restos mortais de Alda.
Sozinho, quando soube do achamento de membros de corpos humanos nas arribas, descobriu mais factos que os elementos da PSP e da Judiciária juntos. Note-se que estes nem sequer deram credibilidade ao seu depoimento.
A única coisa que Gil não descobriu foi a grande corrupção, compadrio e conivência que havia entre as forças vivas da região. De facto, não persentiu as relações entre o General Martins e Armando Guilherme.
Armando Guilherme intuiu que a sua sobrinha queria utilizar o negro para se vingar do tio. Ela entregava-se ao negro alegadamente como prémio do assassinato de Bruno, mas, na verdade, como fora obrigada a dar-se ao tio, durante anos. Armando acautelou-se naquele jantar algo diferente dos outros, pressentindo que seria também assassinado pelo negro, a mando de Luísa.
Gostei do negro e da metáfora que representou. Este, depois de ter fugido à polícia no Bairro da Mariana, depois de cometer vários homicídios, mediante a utilização da sua navalha, depois de ter sido transportado para o Imaginário num caixão, depois de estar sequestrado, depois de ter sobrevivido à tentativa de assassinato de Armando Guilherme, depois de ter matado a cadela, acabou por se vingar de Luísa com a arma de fogo do tio desta.
No epílogo da obra, os verdadeiros vencedores foram o negro que, dispondo apenas de uma arma branca, derrotou os possuidores de armas de fogo: metralhadoras e pistolas, e o porco de grande porte que ainda se alimentou de “vitela branca” (risos) de Elmano.
A descrição e a narração das cenas mais violentas atinge um impressionante detalhe e revela um importante repertório de conhecimentos da matéria: é como se estivéssemos presentes. Faz lembrar um relato de futebol, em que tudo é descrito instantaneamente. Este livro é um verdadeiro filme descrito e narrado apenas por palavras. Aqui, não se aplica aquele provérbio chinês, segundo o qual uma imagem vale mais que cem mil palavras.
Na leitura deste romance nem eu me lembrei que não vejo. É caso para dizer: neste livro, até um cego vê…
Gostei, pois, de ter lido este romance. Gostarei, com toda a certeza, de ler outros romances teus.

"A Guerra de Gil" foi publicado em 2008 pela editora Temas e Debates e é passado no concelho de Caldas da Rainha, onde me fixei nessa altura.

Um "Titanic" televisivo: "Penny Dreadful"

O começo




"Penny Dreadful" começou bem.
Num ambiente escuro de uma Londres visualmente assustadora, entravam em cena um explorador intrépido (Sir Malcolm Murray, interpretado pelo ex-007 Timothy Dalton), uma mulher capaz de comunicar com o mundo da magia e do sobrenatural e de origens obscuras (Vanessa Ives, Eva Green), um lobisomem promissor (Ethan Chandler, Josh Hartnett) e, ao longo dos vários episódios, o Dr. Victor Frankenstein, o Dr. Henry Jeckyll, Van Helsing, Dorian Grey e... Drácula.
"Penny Dreadful" tinha todas as condições para sair bem: a mistura inteligente de várias fontes literárias, uma boa capacidade inicial de articular as narrativas e o recurso a material próprio (como toda a narrativa da segunda temporada, encabeçada por Helen McCrory (perfeita em "Peaky Blinders").
Mas isto foi apenas nas primeira e segunda temporadas.
A terceira começou bem e depois... afundou-se. As linhas narrativas confundiram-se e perderam força, os elementos ficcionais mais fortes foram desperdiçados e Drácula, finalmente, não passou de uma caricatura.
Não se percebe, neste caso, se o desastre da terceira temporada, por decisão do criador de "Penny Dreadful", o argumentista John Logan, nasceu do cancelamento da série ou se suscitou esse mesmo cancelamento. Mas pouco interessa. "Penny Dreadful" afundou-se irremediavelmente, desperdiçando boas ideias, boas histórias já publicadas, actores de qualidade e tudo aquilo que, como estrutura narrativa, fora construindo. Foi uma espécie de "Titanic" televisivo. E foi pena que assim acontecesse.


O fim: nunca mais veremos o "Lupus Dei", os demónios de Vanessa Ives, um monstros de Frankenstein e o explorador inspirado em Júlio Verne e H. Rider Haggard...




(Vi "Penny Dreadful" no canal de televisão por cabo TV Séries.)

Lixo BTT