domingo, 15 de maio de 2016

O manual do bom jornalismo




Nunca houve, no relacionamento (ou relação) entre o então primeiro-ministro e a ainda jornalista uma coisa do género "Espera aí que tenho de ir ali ao multibanco", ou "Preciso de um cheque". Nunca a jornalista ouviu os telefonemas das "fotocópias" e da versão socrática dos "robalos" de Vara. Nunca a abundância de "cash" suscitou qualquer curiosidade. A "namorada" nunca "fez ideia".
Há quem diga que o jornalista deve obedecer a uma espécie de missão divina, estando sempre activo e actuante 24 horas por dia, empenhado em fazer o bem contra o mal, em denunciar a inverdade e lutar pela verdade.
Não foi essa a prática da jornalista.
Também não foi essa a prática do órgão de comunicação social que aceitou na íntegra e com todas as honras a confissão de Fernando Câncio em estilo wertheriano adaptado, sem sequer se reservar o direito de fazer perguntas óbvias.
O também jornalista Luís Osório, na edição do "Sol" de ontem, resume  a coisa a "quadrilhice, traição, inveja e dor de corno". Devia ter acrescentado "deontologicamente duvidosa".


(A autora, que parece não se rever na forma como a "Visão" lhe publicou o texto, disponibilizou-o aqui. A leitura é um pouco entediante mas pode interessar como "matéria de facto".)

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