quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Refugiados e migrantes: e os outros?


Quem são eles? Refugiados, o que faz supor que não têm nada de seu e que fogem de qualquer ameaça mortal. Migrantes, o que faz supor que querem deslocar-se apenas de um ponto para outro.
Quando aparecem diante das câmaras de televisão dos jornalistas sempre comovidos, dizem que querem ir para a Alemanha. É considerado o país forte, económica e politicamente, da União Europeia. Há outros países do Norte da Europa que são também citados.
Mas não há quem queira os países do ex-“socialismo real”, ou Espanha ou Portugal e pela Grécia (então a empobrecida Grécia...) já terão passado e não quiseram ficar.
Quando falam para as câmaras, o inglês é muito razoável. Não trazem os andrajos dos refugiados que não arranjam o dinheiro necessário para pagar aos traficantes de pessoas que os trazem para a Europa. 
E não têm a atitude de quem vem submisso. Reivindicam, exigem, atacam os polícias que não os querem deixar passar fronteiras. Não têm a atitude dos que já desistiram de procurar melhor. E não param. Há sempre mais.
O verdadeiro drama está aí, para começar: por mais refugiados ou migrantes que os países da União Europeia consigam aceitar, haverá sempre mais. Mais dezenas, mais centenas, mais milhares. (A não ser que seja criada uma zona-tampão, protegida pelas instâncias internacionais e com participação dos países vizinhos dos Estados falhados de onde eles vêm, ou fechadas as fronteiras e pela força).
Depois, até onde estarão dispostos os refugiados e/ou os migrantes a ir para conseguirem aquilo a que consideram ter direito? Se foram capazes de forçar fronteiras (sempre com as crianças bem em evidência) e de atacar as autoridades à pedrada, o que poderão fazer mais para terem... o quê? Habitação, trabalho, alimentos, assistência médica? Só?
O antigo primeiro-ministro António Guterres disse há pouco tempo, na sua encarnação de alto-comissário para os refugiados, uma lamentável tolice: que os terroristas vêm de avião e sem problemas. 
Uma força como o Estado Islâmico, com a sua mistura de fé religiosa e de proselitismo bélico, não pode dispensar, na sua estratégia, os fanáticos suicidas que estão dispostos a morrer em atentados terroristas. Já o sabemos.
Mas, e se é minimamente competente, muito menos pode dispensar a oportunidade dourada de enviar os seus guerrilheiros urbanos por entre os milhares que de pessoas que avançam, claro que com a melhor das intenções, para a Europa.
Muitas dessas pessoas serão, numa situação como esta, as melhores ferramentas de um grupo terrorista armado e eficaz para criar um exército civil, organizado ou aparentemente desorganizado, com o domínio de ruas e de zonas urbanas. Para começar. E no coração de um dos seus inimigos históricos: a Europa. E nessa altura… como será?
Há pouco tempo fiz uma pergunta no Facebook em formato de micro-sondagem: quem é que estaria disposto a acolher refugiados em casa? Tive uma única resposta, de uma pessoa, disposta a acolher uma criança. Ninguém, nem mesmo os mais assanhados defensores das cedências europeias aos refugiados e migrantes, se ofereceram.
E porquê? Porque se calhar pensam aquilo que outros, poucos, se sentem capazes de dizer. Sem caírem em posições simplistas de “sim porque sim” e de “não porque não” e sem terem medo da Polícia do pensamento que tanto temor parece inspirar a outros.
 

 

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