quarta-feira, 13 de maio de 2015

O "bicho-papão" do Acordo Ortográfico e eu

 
Não consigo defender a nova ortografia do Acordo Ortográfico e não a pratico neste espaço de relativa liberdade onde escrevo.
Não lhe compreendo a lógica e até acho mais confortável escrever da maneira a que me habituei a escrever durante tantos anos.
Como tradutor e autor, no entanto, sigo a orientação que me é solicitada pelas editoras com que trabalho e compreendo a sua lógica de utilização da nova ortografia.
Nos dois casos, tento escrever sem erros e, no caso de ter alguma dúvida sobre a forma mais correcta de escrever uma palavra ou uma expressão qualquer, procuro elucidar-me.
Dito isto, e sempre com a reserva cada vez maior que tenho em alinhar em movimentos que se regem por uma lógica de manada, não caio na histeria de me pôr a proclamar agora (lá por hoje ou amanhã ser o dia em que o Estado adopta oficialmente a nova ortografia) que não quero o Acordo Ortográfico... quanto mais não seja porque, queira ou não, me é solicitado que o use em determinadas circunstâncias que fazem parte da minha vida.
E, por outro lado, continuo a ficar estupefacto por muitas das pessoas que berram contra o Acordo Ortográfico nem sequer se preocuparem em escreverem sem erros, revelando a sua manifesta incompatibilidade com a palavra escrita.
Devia haver uma espécie de Prova Geral de Acesso para validar certo tipo de combatentes contra o Acordo Ortográfico...

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