sexta-feira, 13 de março de 2015

A "greve geral" da função pública é mais uma prova do fracasso do PCP e da CGTP

1 - O PCP e a CGTP deviam reflectir sobre o facto de não terem conseguido derrubar este governo (desde há 4 anos...) nem de pôr fim ao "pacto de agressão" por mais greves (e outras acções) que tivessem promovido. A análise materialista e não empírio-criticista da realidade concreta já foi um elemento fundamental na estratégia e na acção dos partidos comunistas e operários e dos sindicalistas não "burgueses". Agora deixou de ser.
É um sinal de fracasso.

2 - Esta greve, mais uma, não passa de uma simples "prova de vida", a tentar "encher" qualquer coisa para o 25 de Abril/1 de Maio, como sempre foi feito e continuará a fazer-se.
É outro sinal de fracasso.

3 - Tal como Álvaro Cunhal soube defender, e impor, a retirada da expressão "ditadura do proletariado" do programa do PCP no primeiro congresso depois do 25 de Abril, o PCP e a CGTP fariam melhor em debater temas tão fundamentais como a sustentação do "Estado Social", a alteração das condições objectivas de prestação de trabalho no Estado, em todos os seus sectores, devido às mudanças demográficas (não haverá lugar para mais professores) e à mudança dos mecanismos de relacionamento dos cidadãos com as estruturas do Estado (há menores necessidades de pessoal em serviços do Estado que começam cada vez mais a funcionar "on line" e num horário de 9h-12h/14h-17h, que está longe de corresponder às necessidades dos "outros", dos que trabalham mais do que 35 e 40 horas por semana no "lado de cá", sem garantias de emprego e sem salários compensados por "abonos" e "suplementos" e um serviço de saúde (a ADSE) que é de longe muito melhor do que o que os "outros" têm.
Não o fazendo, o PCP e a CGTP demonstram bem o seu fracasso.

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