segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

300 dias de incompetência

 
Há 10 meses (cerca de 300) dias, em Abril do ano passado, começaram as obras de substituição de uma conduta de água em 1100 metros de uma rua da freguesia de Serra do Bouro (Caldas da Rainha). A empresa contratada para o efeito (Guilherme e Neves Construções Lda) ganhou 76 mil euros (talvez com o IVA já incluído) e deixou de executar a sua gloriosa tarefa em Outubro do ano passado, depois de várias repavimentações falhadas e diversas tentativas de tapar buracos com terra e pedras soltas que a chuva se encarregava de levar.
 
 
Em Junho desse ano, a empresa Cimalha - Construções da Batalha SA foi contratada por um valor global de 1 038 040 euros (com IVA incluído) para "repavimentar" várias ruas em várias freguesias de Caldas da Rainha e nesta mesma rua da Serra do Bouro (obra que lhe renderia 21 047,25 euros, com IVA incluído). Também começou a fazer a mesma asneira da sua predecessora, tapando buracos com terra e pedras soltas até se decidir pela "repavimentação" a que estava obrigada. A "repavimentação" ficou a meio. Ou ficou mal feita. Quem souber, ao certo, que diga.
 
 
A repavimentação comprada pela Câmara de Caldas da Rainha à Cimalha por 21 mil euros

A Câmara Municipal de Caldas da Rainha não consegue, não quer ou não pode controlar a situação. Contratou as empresas mas não parece fiscalizar com rigor o que elas andam a fazer. Esta rua fica longe, muito longe, da Câmara: entre 10 a 12 quilómetros de distância, dependendo da estrada utilizada. Chegou em Junho do ano passado a prometer a "repavimentação" para o "final do verão" de 2013.
 
 
Noutro local da Serra do Bouro, onde a berma de uma estrada ainda alcatroada ruiu, o pessoal da Cimalha rasgou e levantou há duas semanas a camada de alcatrão existente. E nunca mais foi visto.
 
 
Aqui havia uma rua alcatroada. A Cimalha arrancou o alcatrão e deixou a rua assim
 
Num recanto da mesma rua da Serra do Bouro "moram" há várias semanas, estas duas máquinas da Cimalha, que transformou o espaço público num parque de estacionamento privado. Não se sabe porquê.
 
 
Obras públicas paradas,
espaço público transformado há semanas em estacionamento privado
 
 

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