quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Lagoa do Lixo, a porcaria e a falta de vergonha



É assim que nascem as lixeiras: primeiro despeja-se uma porcaria, depois vai-se paulatinamente despejando o resto.
Ao sofá, na margem caldense da Lagoa de Óbidos (que fotografei e aqui divulguei pela primeira vez em 21 de Outubro - há 24 dias, portanto), juntaram-se uns garrafões de água vazios. Agora há uma colecção de destroços de ferro e de madeira. A seguir virá mais qualquer coisa e a Lagoa de Óbidos ganhará uma lixeira.
Mas, pelos visto, ninguém se importa.
A Câmara Municipal está-se completamente nas tintas... e a recolha dos lixos volumosos é da sua (in)competência.
A Junta de Freguesia local (Foz do Arelho? Nadadouro?) também faz que não vê.
Os políticos, que antes das eleições de 29 de Setembro andaram em acções populistas na Lagoa e noutros locais, andam desaparecidos em parte incerta.
Há, nisto tudo, uma falta de vergonha que é de assombrar.
E uma completa inconsciência. Ninguém percebe que, com estes e outros exemplos, as entidades que podem determinar e pagar o desassoreamento da Lagoa têm os melhores argumentos para nada fazerem?
Perante um concelho onde o lixo se transforma, diariamente, numa espécie de bandeira das "dinâmicas" novas e velhas, quem é que vai importar-se com as porcarias de todo o género se não forem os caldenses?

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