sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Porque votarei nos independentes do MVC no domingo

Desde muito cedo que percebi que não havia no actual panorama partidário de Caldas da Rainha uma opção credível para dirigir a Câmara Municipal, depois de Fernando Costa ter chegado ao ponto em que já não podia recandidatar-se a outro mandato (embora pudesse ter ficado, encabeçando com dignidade a lista do seu partido para a Assembleia Municipal), e já aqui disse dos meus motivos, que a campanha eleitoral tem confirmado, para não conseguir acreditar nas cinco candidaturas partidárias.
O anúncio da possibilidade de uma candidatura de cidadãos independentes deu-me alguma esperança de poder haver uma via concreta para o desenvolvimento do concelho fora das limitações partidárias que, em especial numa época de crise, fazem contas de ganho e perda de votos à escala nacional sem atenderem aos problemas reais e concretos das populações.
Quando o Movimento Viver o Concelho (MVC) se constituiu, fui eu que me dirigi pessoalmente à sua candidata à presidência da Câmara, Teresa Serrenho, saudando-a, elogiando a sua iniciativa e expressando a minha convicção de que poderia ser o MVC a fazer alguma coisa pelo concelho de Caldas da Rainha.
Fui à sua sede assinar as propostas de candidatura e dar-lhe conta, em pessoa, da minha opinião.
Quando foi apresentada a lista candidata à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, fui convidado pelo MVC a intervir nessa sessão pública, para transmitir o meu ponto de vista sobre o que devia ser feito a nível das freguesias do interior.
Foi a única acção do MVC em que participei e, acreditando no que estavam, e estão, a fazer, declarei nessa altura o meu apoio a essa candidatura.
O MVC não me convidou para lugar nenhum e não me prometeu nada para eu expressar o meu apoio à candidatura dos independentes.
O que me apresentou foi a vontade, a preparação técnica e uma excelente carta de intenções para todo o concelho (e, em especial, para a desprezada freguesia de Serra do Bouro), num programa realista, exequível, bem estruturado e bem concreto.
Não defendo a pureza química das listas de independentes por oposição às listas dos partidos. Não sei o que se passa por esses concelhos fora, onde intervêm independentes que realmente o são e "independentes" que o dizem ser porque os seus partidos os preteriram. Mas percebi que os independentes de Caldas da Rainha têm uma capacidade de intervenção diferente e pela positiva por não estarem sujeitos à disciplina dos partidos.
Penso que o MVC está bem posicionado para obter um bom resultado no domingo e acredito que a dispersão de votos e a participação de mais eleitores abre a possibilidade de o MVC ganhar a presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.
Mas se o resultado, imprevisível dada a absoluta novidade desta candidatura e a debilidade política das outras, ficar abaixo deste objectivo, espero que os vereadores e os deputados municipais e os eleitos nas freguesias que o eleja se preparem para quatro anos duros de combate político nos órgãos autárquicos. O futuro não termina no dia 29 e a expectativa e a vontade de mudar dos seus apoiantes também não.
 
 
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No próximo domingo, dia 29, votarei em Teresa Serrenho para a presidência da Câmara Municipal, em Edgar Ximenes para a presidência da Assembleia Municipal e em Carlos Fernandes para a Assembleia de Freguesia e para a Junta de Freguesia de Santo Onofre e Serra do Bouro.
Acredito que os candidatos do MVC eleitos para os órgãos autárquicos se esforçarão por levar à prática aquilo que anunciaram e proporão as medidas que, desde muito cedo, apresentaram aos caldenses. E se não o fizerem estou perfeitamente à vontade para os criticar.
 
 
 
Uma nota para aqueles que detestam a minha intervenção: Façam o favor de estar à vontade para me atacarem, mas tenham a honradez e a hombridade de batalharem com argumentos e não com ataques pessoais. Quanto mais não seja para isso não os diminuir aos olhos de terceiros. E, já agora, porque só conseguem que eu faça pior...

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