domingo, 25 de agosto de 2013

"Breaking Bad": o triunfo de Heisenberg?

Quem vence? Walter White, o pai de família que se deixou desviar dos seus bons caminhos, ou Heisenberg, o seu "alter ego", o barão da droga em ascensão numa carreira criminosa globalizada?



 

Bryan Cranston como Walter White (em cima) e Heisenberg (em baixo) 



A primeira parte (oito episódios) da temporada 5 de "Breaking Bad" termina com esta dúvida, deixando em suspenso outras interrogações, que vão sendo respondidas no início da segunda parte (mais oito episódios).
O cancro regressou e será isso que faz parecer Walter tão apaziguado? E terá o seu cunhado Hank, o da DEA, percebido que Walter pode ser o misterioso Heisenberg, acometido por uma suspeita tão lancinante como uma dor de barriga, sentado na retrete com um exemplar de "Leaves of Grass" na mão?
"Breaking Bad" evolui assim harmoniosamente para um dos enigmas mais sugestivos do universo do "policial": a génese da mente criminosa, a partir de uma base em que todos nascem iguais e todos podem ser tudo. Sem deixar de entreter e de ser uma série televisiva fascinante construída com precisão cirúrgica e sem tempos mortos (ao contrário, por exemplo, do muito decepcionante "Dexter").
Agora é de esperar que o fim (o episódio "Felina", a ser transmitido em 29 de Setembro), talvez já entrevisto na curiosa sequência de abertura desta temporada, esteja totalmente à altura do nível entretanto atingido.
Mas será de confiar que Vince Gilligan, o criador de "Breaking Bad", e Bryan Cranston não falhem aí como não falharam no resto.

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