sábado, 31 de agosto de 2013

"O Albatroz", de Teresa Lopes Vieira


"O Albatroz", de Teresa Lopes Vieira, é uma história de isolamento, de destino sem saída, de recordações malditas, que tem muito pouco a ver com a melancolia tradicional do realismo português, talvez por a autora ter tido outras experiências de vida e de trabalho noutros países.
É a terceira obra da autora, que se aventura sem problemas por áreas temáticas que parecem assustar muitos outros autores portugueses, e, lendo-se muito bem, deixa apenas a ideia de que poderia ter beneficiado com um "editing" mais rigoroso.
Teresa Lopes Vieira mantém um blogue pessoal aqui. 

O meu diário das eleições autárquicas - sábado, 31 de Agosto: entre o incompreensível e o desprezo

Não se compreende que, a menos de um mês das eleições autárquicas, o PSD (que está no poder, aqui nas Caldas da Rainha, há quase trinta anos!...), o PS (o principal partido da oposição, como se costuma dizer), o CDS, o PCP e o BE não tenham ainda divulgado o que se propõem fazer - na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas juntas e assembleias de freguesia.
Nem na internet, sequer!
É uma situação incompreensível.
Ou que só é compreensível, quem quiser que escolha!, se considerarmos que estas candidaturas desprezam os seus potenciais eleitores e querem votos às cegas.
Até agora, e mostrando a diferença relativamente aos maus hábitos partidários a nível autárquico, só a candidatura do Movimento Viver o Concelho é que deu a conhecer o seu programa e tem andado pelas freguesias e na cidade, e bem, a anunciar o que tenciona a fazer, em contacto directo e olhos nos olhos com os eleitores.
Independentemente do resto, o MVC e a sua candidata à Câmara, Teresa Serrenho, só por isso já mereciam ganhar!...

A "objectividade" do "Diário de Notícias"...

... bem demonstrada na primeira página da edição on line de hoje:
 
O título: Leonor Beleza incentiva jovens a irem "'lá para fora'"
O lead: A presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, incentivou hoje os jovens a apostarem na formação pessoal e a irem "lá para fora" acumular experiência para depois regressarem e enriquecerem Portugal.
O que a escolha do título ignora: O que a oradora disse foi, na prática: "vão mas voltem".
 
O título: Eliminado direito de opção por medicamento mais barato
O lead: Um despacho hoje publicado, que dá cumprimento a uma decisão judicial, elimina das receitas médicas o campo onde o doente poderia declarar a intenção de pretender, ou não, exercer o direito de opção
O que a escolha do título ignora: Um tribunal obrigou o Governo a impedir a opção por medicamentos mais baratos.

O meu diário das eleições autárquicas - sábado, 31 de Agosto: pode ser que tenhamos sorte

 
Muito objectivamente, quem lucra com as fusões de freguesias que o PSD caldense cozinhou são Abílio Camacho, que atingiu o limite de mandatos na presidência da junta de freguesia de Santo Onofre e que aparece agora como número 1 na lista da "espetada-mista" Santo Onofre-Serra do Bouro, e Henrique Teresa, que atingiu o limite de mandatos na presidência da junta de freguesia da Tornada e que aparece agora como número 1 na lista da "espetada-mista" Tornada-Salir do Porto.
Não concordando com tentativas de obter nas secretarias dos tribunais vitórias que nas urnas nunca se obteriam, não posso deixar de dar relevo à iniciativa do BE, de querar anular judicialmente essas candidaturas. Até porque isso serve para tornar a coisa ainda mais visível.
Apesar de tudo, uma coisa é a ânsia individual de conservar o poder, como terá sido o caso da fuga de Fernando Costa para Loures, para tentar arranjar outra presidência de câmara) e outra é o manobrismo claro e intencional de uma pequena clique partidária que troca o bem comum por manobras manhosas.
Derrotado no tribunal de Caldas da Rainha, o BE recorreu para o Tribunal Constitucional. Pode ser que tenham sorte. O BE e nós todos, já agora.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"É preciso acreditar!", de Matthew Hutson




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"É Preciso Acreditar!", de Matthew Hutson, é uma obra notável sobre o pensamento mágico, em que o autor define sete leis aplicáveis ao modo como o ser humano encara a sua relação com o mundo e as suas complexidades: "Os objectos têm uma essência", "Os símbolos têm poder", "As acções têm consequências diferidas", "A mente não tem limites", "A alma continua a viver", "O mundo está vivo" e "Tudo acontece por um motivo".
Intitulado no original "The 7 Laws of Magical Thinking" ("As 7 Leis do Pensamento Mágico"), é um livro escrito com humor e num estilo vivo,  da autoria de um jornalista especializado em assuntos científicos com formação universitária em neurociência cognitiva.
"É Preciso Acreditar!" foi uma tradução minha para a editora Clube do Autor.

A lógica do "pacto de agressão" aplicada ao "Tubarão", de Steven Spielberg

O cidadão, sujeito à inflacção, ao aumento galopante do custo de vida, à violência legalizada do sistema capitalista, encontra de certa maneira, nos denominados filmes "catástrofe", um tubo de escape capaz de evacuar as tensões acumuladas durante o quotidiano. Com o desenvolvimento de novos mecanismos de alienação e persuasão psíquica, o cinema norte-americano lançou no mercado internacional uma série de subprodutos, devidamente confeccionados, que exploram exaustivamente o medo (fictício) e materializado. "Tubarão" foi, como é sabido, o primeiro caso. Outros se lhe seguiram na peugada, tentando a custo mimetizar-se com o de Spielberg. Criando novos e perigosos "monstros marinhos", que ameaçam a segurança do veraneante incauto, não ignorando "a necessidade" de doses bem aviadas de liberalismo, de "implicações sociais", de uma (pretensa)  denúncia dos meios para atingir os fins numa guerra de extermínio desencadeada pelo imperialismo.
 
Excerto de uma crítica de cinema publicada na revista "Linha Geral - Revista da UEC para a juventude estudantil", número 17, ano 3, Fevereiro de 1979. A UEC (União dos Estudantes Comunistas) foi, entre 1972 e 1979, a organização da juventude estudantil do PCP.
 

"Morte na Arena" - lei grátis em PDF...




... os primeiros capítulos aqui: http://www.topseller.pt/docs/MortenaArena.pdf
 
 
 



 
 

O meu diário das eleições autárquicas - 6.ª feira, 30 de Agosto: o eleitoralismo das aparências

Maria Alice, no bem ilustrado blogue Oeste, Meu Amor, refere-se com ironia à confusão que vai na Foz do Arelho e que é provocada pela praga das obras eleitoralistas que em muitos casos escondem os problemas que deviam (e podiam) ser tratados a tempo e horas.
Na Foz do Arelho, que é um local de grande visibilidade, fazem-se a correr as obras que já deviam ter sido feitas e que podiam ser feitas em épocas de bom tempo e menos movimentadas.
Na Serra do Bouro e na povoação do Campo (Tornada), como passa menos gente vinda de fora, as obras ficam por fazer, não se fazem ou deixam-se ficar a meio, por falta de vontade, incompetência, desprezo ou tudo junto.
São as duas faces da mesma moeda - de quem se está rigorosamente nas tintas para todos nós.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 5.ª feira, 29 de Agosto: a dupla derrota de Fernando Costa

Fernando Costa, talvez vítima de alguma arrogância de quem se julga invencível, deixou apressadamente Caldas da Rainha e foi candidatar-se a Loures. A sondagem que o "Expresso" hoje publica dá-lhe um modestíssimo terceiro lugar e uns não menos modestos dois vereadores.
Deixando pairar a ideia de que teria fugido de Caldas da Rainha, por motivos que só ele próprio saberá explicar, caminha agora para uma derrota inglória num município que não é o seu.
É uma dupla derrota, obviamente desnecessária mas... ninguém o obrigou a nada, pois não?
 
 

"Morte na Arena" - à venda a partir de hoje

Ao tentar descobrir o mistério que rodeia o assassinato de um seu amigo, Gabriel Ponte descobre no subsolo de Lisboa uma arena onde dois homens bem protegidos organizam combates até à morte e um sem-abrigo que dá pelo nome de Diabo, enquanto a sua ex-mulher, a inspectora Patrícia Ponte, enfrenta vários obstáculos na sua investigação dos pedaços do corpo de uma rapariga, desaparecida meses antes, que começam a aparecer na zona do Chiado.
 
 
 
 
"Morte na Arena" segue-se a "Morte com Vista para o Mar", publicado em Fevereiro deste ano.
 
 
 
 
Em Maio de 2014 sairá "Morte nas Trevas", o terceiro volume das investigações de Gabriel Ponte.
A edição é Topseller.
 
 
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 4.ª feira, 28 de Agosto: mais vale tarde do que nunca

Segundo noticia hoje o "Jornal das Caldas", os jovens (a Juventude do?...) do Bloco de Esquerda andaram pelas freguesias rurais (eu não vi nada, mas acredito) e trouxeram uma série de propostas que, sendo interessantes, têm a vantagem de chamar a atenção para esse elemento tão importante do concelho que é o seu interior.
É de esperar que, ficando fora dos outros órgãos autárquicos, o BE se lembre de levar as suas propostas à Assembleia Municipal, onde é natural que ainda consiga ter um lugar. Mais vale tarde do que nunca. 

O meu diário das eleições autárquicas - 4.ª feira, 28 de Agosto: Fernando Costa, herança zero

Fernando Costa esteve 27 anos na presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha. Este ano, foi-se de repente embora, para tentar ser presidente de outra câmara em eleições onde, muito provavelmente, terá uma amarga derrota.
Esperar-se-ia que, ao fim de 27 anos, o PSD de Fernando Costa tivesse alguma coisa para dizer ao eleitorado de Caldas da Rainha. Tem um herdeiro para o presidente desaparecido mas mais nada. A herança é um verdadeiro zero.
A 30 dias das eleições autárquicas, o candidato do PSD que quer ser o sucessor de Fernando Costa também nada tem a dizer. Aparece no espaço que o PSD nacional oferece aos seus candidatos mas nada mais se vê a não ser uma fotografia.
É que não há mesmo mais: nem programa eleitoral, nem propostas, nem um balanço do que foi feito, nem ideias, nem fotografias de obras feitas. Nem sequer uma prometida "nota curricular" (o que também se compreende porque uma licenciatura à distância também não é coisa que hoje em dia assegure grande "aplomb").
Também pode acontecer que o PSD caldense não tenha muito a dizer aos eleitores que quer conquistar. Acontece, claro. Mas o que mais me parece é que ele se está mesmo nas tintas para todos nós...



A entrevista ao "Jornal das Caldas" - Na entrevista publicada hoje no "Jornal das Caldas", o putativo sucessor de Fernando Costa dá grande relevo ao facto de ter muita gente nas listas, elemento que, de qualquer modo, faz pensar se o facto de ele não representar o poder vigente não terá sido determinante para a quantidade. E quanto ao que parece querer fazer... bem, dá ideia de que deve ter andado a ver o que diziam os outros, e a ler opiniões publicadas, incluindo a minha.

 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 3.ª feira, 27 de Agosto: o borrifador



Este homem, fotografado pelo "Jornal das Caldas" a "borrifar a cana para estimular os caracóis", é ainda presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro.
É também o representante legal das duas empresas que conseguiram fazer alterar o Plano Director Municipal há dois anos para criar uma zona de exclusão numa área florestal onde antes não se podia construir e que ficou desde então destinada a um empreendimento turístico megalómano... financiado através dessas duas empresas.
O Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, como ficou conhecido, facilita a expropriação de terrenos da freguesia da Serra do Bouro a favor das duas empresas que o presidente da junta de freguesia representa.
Tendo atingido o limite de mandatos, o ainda presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro aparece como número dois da lista do PSD à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro.
Pode voltar a ser presidente da junta. Há quem diga que deseja ser presidente da Câmara Municipal. E talvez tenha bons apoios para isso. 
 

Os reis da estrada




Olhe bem para esta imagem. Olhe bem para ela, em especial, se conduzir um automóvel com frequência.
Comece por se concentrar no jipe da imagem (onde não vai nenhuma vida, pelo que se depreende do que está escrito) e na via à sua frente.
Há um traço descontínuo, que lhe permite utilizar parte da outra faixa (e que ele até parece já estar a pisar). Ao fundo, há vários veículos (desprovidos de vida no interior, também, pelos vistos) que vêm em sentido contrário. Consegue avaliar a distância? É natural que não, mas deverá estar em condições de avaliar se considera seguro fazer uma ultrapassagem em segurança (atendendo aos veículos que vêm na sua direcção) ou se é melhor não arriscar.
Por mim, nestas circunstâncias, eu não arriscaria.
À sua direita tem um ciclista que, pela imagem, pode estar nessa linha muito fina que separa a berma da faixa de rodagem.
O ciclista estende o braço, aumentando em cerca de 60 a 70 centímetros lateralmente o espaço que ocupa na estrada. E indica-lhe, pela imagem, que deve afastar-se metro e meio dele. Contando com o braço, será mais: dois metros e cem a dois metros e vinte.
Se vai no jipe e se considera arriscado fazer a ultrapassagem terá de esperar. Terá de esperar até não haver mais veículos a virem na sua direcção para poder passar à frente, pisando a outra faixa de rodagem se não tiver um traço contínuo. Se tiver um traço contínuo, terá de esperar. Que o ciclista encolha o braço, por exemplo. E, mesmo assim, não é garantido que possa avançar sem pisar o traço contínuo, se ele existir.
Ou seja, o ciclista está a impedir o seu veículo de prosseguir a marcha. Circulando ele o mais à direita possível, está a impor-lhe, a si, a sua própria prioridade.
É ele quem manda, é ele quem determina o movimento da estrada.
Não lhe cabe sequer facilitar a passagem do veículo de quatro rodas. Impede essa passagem, tranquilamente, como se dissesse: "Nem te aproximes, desenrasca-te, quem manda aqui sou eu..."
Aparentemente, isto decorre da nova lei que, na prática, transforma os ciclistas em reis da estrada.
Podem fazer o que quiserem, andar na estrada como muito bem lhes entender, mostrarem todo o desrespeito pelos outros que já mostram quando andam em bandos por aí (sozinhos são sempre mais cuidadosos e mais corteses...).
Quanto aos automobilistas, passam para segundo plano, bloqueados, obrigados na prática a ceder a prioridade em plena faixa de rodagem a veículos mais lentos e sem potência para andarem mais depressa e facilitarem o escoamento do trânsito.
Se a nova lei é isto, é uma lei completamente imbecil. E absolutamente desadequada.
E o que está escrito na imagem está mal escrito. Mas, como se costuma dizer, não é defeito. É feitio.

 
(O que já antes escrevi sobre este assunto suscitou numerosos comentários. Mantive algum diálogo com certos comentadores, com outros registei-lhes as opiniões, muito simplesmente, e as alarvidades de outros não viram a luz do dia. Neste caso, como a lei é a lei e está em vigor, o diálogo é inútil, pelo que não publicarei nenhum comentário. Bom dia, e boa sorte.)
 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mais um grande vinho do Dão


Magnífico!
Tal como o Clássico de 2007, o Clássico de 2008 é um belíssimo vinho tinto do Dão, na linha da qualidade a que a Quinta da Fata já nos habituou. Os seus Touriga Nacional são também excelentes, ganhando com o tempo, e os Reserva serão mais elegantes. Mas os Clássicos são os grandes herdeiros dos melhores vinhos do Dão de sempre.

O meu diário das eleições autárquicas - 2.ª feira, 26 de Agosto: ainda calha ser verdade...

A avaliar pelo silêncio dos membros da Assembleia Municipal de Caldas da Rainha sobre o projecto turístico que os levou a autorizar a construção numa zona florestal, através da alteração do Plano Director Municipal e da invenção do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, é capaz de ser verdade o que imaginei, relativamente a esse órgão autárquico, na história de "Morte com Vista para o Mar"...

domingo, 25 de agosto de 2013

Viva a morte?

Não sou partidário de que a morte dê para transformar em santo quem nunca o foi mas repugna-me que haja quem, em Portugal, na civilização ocidental, celebre a morte de um adversário político.
Certos comentários que pululam por aí a propósito da morte do economista António Borges só mostram a baixeza que caracteriza uma parte da "esquerda" lusa. Porque a esquerda mais nobre e mais digna tem a hombridade de respeitar os seus adversários, em vida e na morte. Como o faz qualquer pessoa civilizada.
Afinal foi ao franquista Millán-Astray que ficou associado o grito "Viva la muerte!" E também, já agora, "Muera la inteligencia!" 

O meu diário das eleições autárquicas - domingo, 25 de Agosto: então e os programas?!

Até poderá haver quem pense que nem vale a perder tempo com programas eleitorais porque nem os eleitores os lêem nem os eleitos o cumprem (porque não podem, porque não querem, porque não são exequíveis).
Mas ninguém se arrisca a dizê-lo, claro.
Só que os programas são essenciais e não apenas para os eleitores mais atentos saberem o que devem esperar. Servem, também, para mostrar o que sabem os candidatos sobre cada região, momento, ou eleição em que se apresentam.
No caso de eleições autárquicas, em que é maior a proximidade eleitos - eleitores, os programas eleitorais também revelam a essência de cada candidatura - saberão o que andam a fazer?
Por outro lado, espera-se que quaisquer candidatos que já conheçam um concelho, que identifiquem os seus problemas do dia a dia ou que estiveram anteriormente em qualquer órgão autárquico apresentem facilmente as suas perspectivas.
Até porque... têm estado cá, ou não?
Por isso é que não consigo compreender por que motivo é que o PSD, o PS, o CDS, o PCP e o BE não apresentam os seus programas para as eleições que se realizam... dentro de 34 dias. Não têm andado por cá? Não andam pelas juntas e pelas assembleias de freguesia? E pela Assembleia Municipal? E até na Câmara? Não têm ao seu dispor máquinas partidárias, funcionários, prestadores de serviços em que gastam o dinheiro que têm e não têm?
O contraste continua a ser marcante: o Movimento Viver o Concelho (MVC), formado por cidadãos independentes à margem das tribos partidárias, apresentou desde muito cedo programa, perspectivas e intenções (está tudo aqui).
É por isso que, sabendo já o que querem fazer e percebendo a sua ligação à realidade e ao dia-a-dia do concelho, os apoio.
Os outros, de facto, não me dizem nada (ou dizem, mas não é para os apoiar). Nem a ninguém, já agora.

"Breaking Bad": o triunfo de Heisenberg?

Quem vence? Walter White, o pai de família que se deixou desviar dos seus bons caminhos, ou Heisenberg, o seu "alter ego", o barão da droga em ascensão numa carreira criminosa globalizada?



 

Bryan Cranston como Walter White (em cima) e Heisenberg (em baixo) 



A primeira parte (oito episódios) da temporada 5 de "Breaking Bad" termina com esta dúvida, deixando em suspenso outras interrogações, que vão sendo respondidas no início da segunda parte (mais oito episódios).
O cancro regressou e será isso que faz parecer Walter tão apaziguado? E terá o seu cunhado Hank, o da DEA, percebido que Walter pode ser o misterioso Heisenberg, acometido por uma suspeita tão lancinante como uma dor de barriga, sentado na retrete com um exemplar de "Leaves of Grass" na mão?
"Breaking Bad" evolui assim harmoniosamente para um dos enigmas mais sugestivos do universo do "policial": a génese da mente criminosa, a partir de uma base em que todos nascem iguais e todos podem ser tudo. Sem deixar de entreter e de ser uma série televisiva fascinante construída com precisão cirúrgica e sem tempos mortos (ao contrário, por exemplo, do muito decepcionante "Dexter").
Agora é de esperar que o fim (o episódio "Felina", a ser transmitido em 29 de Setembro), talvez já entrevisto na curiosa sequência de abertura desta temporada, esteja totalmente à altura do nível entretanto atingido.
Mas será de confiar que Vince Gilligan, o criador de "Breaking Bad", e Bryan Cranston não falhem aí como não falharam no resto.

sábado, 24 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - sábado, 24 de Agosto: apoio o Movimento Viver o Concelho

No dia 29 de Setembro votarei no Movimento Viver o Concelho (MVC) para a presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha (Teresa Serrenho), para a Assembleia Municipal (Edgar Ximenes) e para a presidência da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro (Carlos Fernandes).
A candidatura do MVC é a única capaz de abrir rumos de progresso e de desenvolvimento, numa perspectiva global e abrangente, ao concelho de Caldas da Rainha.
A candidatura troca-tintas do PSD, abandonada por Fernando Costa, não oferece garantias de futuro e traz consigo a herança de anos de degradação e de bloqueio de todas as perspectivas de desenvolvimento.
As candidaturas do PS, do PCP e do BE são candidaturas de "turistas" que pousam no mapa político de Caldas da Rainha de quatro em quatro anos, sem saberem o que andam a fazer e o que pode realmente beneficiar a população.
A candidatura do CDS é uma espécie de pequena embarcação sem leme, entalada entre o PSD e as outras "oposições", à espera de um casamento milagroso com qualquer parceiro que lhe dê a mão.


 

O meu diário das eleições autárquicas - sábado, 24 de Agosto: uma espetada mista de freguesias

 
A freguesia rural da Serra do Bouro tem uma extensão de 18 quilómetros quadrados e 704 habitantes. A freguesia urbana de Santo Onofre tem 11 mil habitantes e uma extensão de 9 quilómetros quadrados.
Quando ontem fui da Serra do Bouro para a sessão do Movimento Viver o Concelho em Santo Onofre tive de atravessar uma freguesia que fica no meio, a da Tornada. E, perante estes números, senti-me que ia de um pequeno país anexado, ou de uma colónia, para o país conquistador, ou para a metrópole.
A reorganização das freguesias de Caldas da Rainha foi, como demonstrei, um processo manhoso, pensado apenas para servir os interesses de alguns e não os interesses das populações.
A estes acasalamentos de freguesias chamam Uniões de Freguesias.
Parece-me mais correcto chamar-lhes espetadas mistas da freguesias...

 

O meu diário das eleições autárquicas - sábado, 24 de Agosto: com o Movimento Viver o Concelho na cidade


Carlos Fernandes, cabeça de lista na União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, Teresa Serrenho, candidata à presidência da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, e Edgar Ximenes, candidato à presidência da Assembleia Municipal, na sessão do Movimento Viver o Concelho (MVC) realizada ontem em Santo Onofre, com a presença de membros da lista candidata à união de freguesias.
 

 
Nesta sessão, em que participei a convite do MVC, tive oportunidade de falar dos problemas da freguesia da Serra do Bouro, declarando o meu apoio ao MVC como a candidatura mais bem colocada para abrir perspectivas de progresso e de desenvolvimento às freguesias do interior e ao concelho de Caldas da Rainha.



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

E vão nove...

Recapitulando:



"Morte na Arena" (As Investigações de Gabriel Ponte 2), 29 de Agosto de 2013, Topseller (editora: Ana Afonso)















"Morte com Vista para o Mar" (As Investigações de Gabriel Ponte 1), Março 2013, Topseller (editora: Ana Afonso)













"Triângulo" (Não Matarás 3), Agosto 2012, Asa (editora: Maria do Rosário Pedreira)










"Vermelho da Cor do Sangue" (Não Matarás 2), Julho 2011, Asa (editora: Maria do Rosário Pedreira)










"A Cidade do Medo" (Não Matarás 1), Julho 2010, Asa (editora: Maria do Rosário Pedreira)











"A Guerra de Gil", 2008, Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2010 (editora: Guilhermina Gomes)











"O Clube de Macau", 2007, Bertrand/Círculo de Leitores (editora: Guilhermina Gomes)










"Ulianov e o Diabo", 2006, Temas e Debates/Círculo de Leitores (editora: Guilhermina Gomes)










"Crimes Solitários", 2004, Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2006 (editora: Maria do Rosário Pedreira)

Mais uma opinião sobre "The Killing/Forbrydelsen"

 
Sempre atento, Pedro Correia destaca, e bem, "The Killing/Forbrydelsen" em "E agora?" no blogue Delito de Opinião.

O meu diário das eleições autárquicas - 6.ª feira, 23 de Agosto: apresentação da candidatura do MVC





A convite do Movimento Viver o Concelho (MVC) intervirei esta noite na sessão de apresentação da sua candidatura à União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, no Largo do Colégio Militar, às 20h30.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 5.ª feira, 22 de Agosto: eles estão na Assembleia Municipal a fazer o quê?

Se o silêncio do PS, de fazer de conta que nada tem a ver com o assunto, é especialmente grave por ter andado a fazer sessões públicas sobre a coisa, não menos grave é o silêncio do CDS, do PCP e do BE sobre o Plano de Pormenor da Estrada Atlântica.
Recordemos.
Há dois anos, os membros da Assembleia Municipal (sem votos contra) aprovaram uma zona de excepção ao Plano Director Municipal (PDM), para entregarem a duas empresas desconhecidas 275 hectares de uma área florestal onde não se podia construir que abrange as freguesias da Serra do Bouro e da Foz do Arelho.
Nesses 275 hectares, abrangidos a partir dessa altura pelo Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, as duas empresas iriam investir 300 milhões de euros e, com obras já este ano, construir um empreendimento turístico num local muito privilegiado. E ficariam também a dispor de maiores possibilidades para, mediante expropriações, apanharem terrenos de proprietários que não os quisessem vender.
O silêncio que envolve este projecto, ao cabo de dois anos, é estranho.
Os pomposamente chamados deputados municipais aprovam uma coisa tão importante e não lhes resta ponta de curiosidade para saber o que se passa.
Será que se esquecem do que aprovam? Ou sabem muito, e nem sequer nos querem contar? Ou perceberam que fizeram asneira? Afinal, eles estão na Assembleia Municipal a fazer o quê?! A brincar? A tratar de outros assuntos que não os dos eleitores?
O silêncio do PS, do CDS, do PCP e do BE sobre isto é por dolo ou negligência, afinal?
E quanto ao PSD... bem, basta ter presente que o presidente da Junta da Freguesia da Serra do Bouro é representante dessas duas empresas (legalmente possível, eticamente abominável) e que o PSD caldense e o fugitivo Fernando Costa ratificaram, e apoiaram, a sua dúbia posição quando lhe entregaram o segundo lugar na lista para o misto de freguesias que "transportou" para a cidade a Junta de Freguesia da Serra do Bouro.
 
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"Morte na Arena" - o booktrailer







O meu diário das eleições autárquicas - 4.ª feira, 21 de Agosto: o concelho não existe

Pergunta o "Jornal das Caldas" a essa espécie de extraterrestre político que é o candidato do PS à Câmara: "Que mensagem deixa aos munícipes do concelho?" Responde a criatura: "Não há rua das Caldas da Rainha sem lixo, sujidade, vandalismo, insegurança".
Rui Correia devia sair mais vezes. Talvez conseguisse inventar uma coisa qualquer que pudesse servir para demonstrar que o PS é uma alternativa credível ao PSD de Tinta Ferreira, o que ainda ninguém viu (nem verá, muito possivelmente).

EDP - A Crónica das Trevas (57): mais um apagão

Às 10h35. Filhos da puta!...

Pelo menos, falta de educação

Enviei há meses um exemplar de "Morte com Vista para o Mar" a uma pessoa que quando lhe dava jeito me falava muito bem e que pensei ter interesse, pela função pública que exerce e pelos gostos que gosta de apregoar, em ler esta história.
Nunca tive uma palavra de agradecimento, nem tão pouco por interposta secretária.

O meu diário das eleições autárquicas - 4.ª feira, 21 de Agosto: o silêncio do PS

Quando, há dois anos, todos os partidos representados na Assembleia Municipal de Caldas da Rainha votaram a favor da alteração ao Plano Director Municipal para criarem o Plano de Pormenor da Estrada Atlântica (onde se ergueria, com um investimento de 300 milhões de euros, um empreendimento turístico capaz de mudar a face do concelho...), o PS chegou a promover sessões públicas sobre o assunto. E não o fez para condenar a iniciativa, antes pelo contrário.
Dois anos depois, o PS - como todos os outros - não fala nisso. Porquê? O PS sabe alguma coisa sobre o misterioso empreendimento turístico e não nos quer dizer? Ou não sabe? E, se não sabe, tem medo de perguntar? Ou também terá aproveitado?...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 3.ª feira, 20 de Agosto: um fenómeno estranho

Faltam 39 dias para o dia das eleições (29 de Setembro).
O PSD, o PS, o CDS, o PCP e o BE não têm os seus programas eleitorais disponíveis para os cidadãos eleitores os consultarem.
É um fenómeno estranho, porque parece que não sabem ainda o que hão-de fazer apesar de já por cá andarem, oficialmente, há muito tempo.
A excepção neste panorama, onde parece ser regra pedir o voto sem oferecer aos eleitores qualquer tipo de compromisso credível, é o Movimento Viver o Concelho (MVC).

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Rui Azeredo (Porta-Livros) gostou de "Morte na Arena"


Gosto de livros assim, que «arrancam» logo no início. Pedro Garcia Rosado tem esse hábito nos seus policiais e faz muito bem. Morte na Arena, uma edição Topseller (o livro sai a 29 de agosto), é mais um bom exemplo disso.
E tem outro hábito, o autor: não se atrapalha em fazer jorrar sangue e criar cenários horríveis e macabros. E nem sequer gosta de deixar as coisas apenas subentendidas. É tudo muito claro. Vai direto ao assunto e com isso ganha o leitor, que assim tem nas mãos um livro vivo, trepidante e, em consequência, envolvente e irresistível...
 
É assim que Rui Azeredo, do blogue Porta-Livros, começa a sua apreciação sobre "Morte na Arena". O texto na íntegra pode ser lido aqui.


"Morte na Arena" - ei-lo!



O meu nono "thriller", à venda a partir de 29 de Agosto


























domingo, 18 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - domingo, 18 de Agosto: o problema (desnecessário) do FozBus

Pelo que percebo, o FozBus (o autocarro panorâmico gratuito para a praia da Foz do Arelho) acaba hoje. Mas a praia não acaba hoje e os muitos veraneantes que a frequentam também não se vão todos embora hoje.
O FozBus foi uma excelente ideia e um óptimo investimento turístico. Por motivos que nunca foram explicados e porque as elites da cidade de Caldas da Rainha se estão nas tintas para os arredores (e para as praias do concelho), transformou-se numa coisa intermitente.
É um problema revelador da mediocridade mental dos decisores políticos.
O FozBus gratuito pode ser uma despesa difícil para a Câmara? Pode. Mas se pusessem bilhetes a 50 cêntimos (tendo em atenção a dramática falta de estacionamento nos acessos à Foz do Arelho) poderiam manter este meio de transporte por mais algum tempo e evitariam a miudagem malcriada que, viajando para baixo para cima porque é à borla, incomoda os restantes passageiros e lhes tira os lugares.
E depois talvez a Câmara pudesse encarar um outro investimento que permitisse o transporte de pessoas com dificuldades de deslocação no mesmo sentido.
Seria interessante ver o assunto debatido na campanha eleitoral mas, à excepção do Movimento Viver o Concelho, que foi há uma semana à Foz do Arelho (e que, espero, há-de estar atento a este problema), os outros parecem ter alguma dificuldade em conhecer a zona...

O meu diário das eleições autárquicas - domingo, 18 de Agosto: uma clarificação conveniente

Nos EUA, viu-se há anos, não foi polémico que alguns órgãos de comunicação social afirmassem, em termos editoriais, o seu apoio a um ou outro candidato às eleições presidenciais. O país é grande e a imprensa é razoavelmente forte e isso facilita a independência, mesmo a de afirmar uma posição sem problemas de perda de objectividade noticiosa.
Em Portugal, à escala nacional, talvez seja difícil, em especial porque a debilidade da imprensa num meio pequeno a torna vulnerável a muitas pressões e o medo de vir a ser prejudicado no futuro é real.
Mas num meio ainda mais pequeno, como o é as Caldas da Rainha, e onde só existem dois jornais, talvez fosse conveniente essa clarificação: qual é a candidatura autárquica que apoiam, se é que apoiam alguma, as direcções da "Gazeta das Caldas" e do "Jornal das Caldas", em termos editoriais?
O público não seria o único beneficiário desta clarificação. Os jornais também ficariam livres de suspeitas. 

sábado, 17 de agosto de 2013

Foz Vintage Club: já temos asneira no caso...

Voltei ao Foz Vintage Club, na Foz do Arelho, que já aqui elogiei. E desta vez a visita exige uma nota negativa pelo disparate que são os preços dos vinhos.
Apresentando-se também como "wine bar"´, o Foz Vintage Club tem uma lista de vinhos extensa e interessante (onde o Dão continua a fazer fraca figura mas onde se encontram coisas menos conhecidas) que começa, no entanto, a tornar-se muito pouco convidativo.
Não há mais do que um ou dois a 10€ e, sobretudo para quem sabe do assunto e conhece bem o sector, o contraste incomoda: os preços subiram vertiginosamente, num verdadeiro convite a que não se consuma. Ou, mesmo, a que não se vá lá.
Nada justifica (e são apenas dois exemplos bem claros) que o bairradino Quinta do Encontro (com um honesto PVP de 3,80€ numa loja on line de Coimbra) seja atirado para o patamar dos 13€. E que o alentejano Monte da Peceguina (PVP de 9,90€ na Garrafeira Nacional, em Lisboa) seja atirado para os 21€. Isto depois de o mesmo vinho ter, salvo erro, custado 12€ no mesmo Foz Vintage Club em Maio, pouco tempo depois da abertura do restaurante.
A asneira é infelizmente vulgar na restauração, com muita gente a querer fazer dinheiro depressa com os vinhos, sem perceber que essa é a melhor maneira de afastar clientes e de, mantendo-os, estar a convidá-los a não beberem vinho nos próprios restaurantes. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 6.ª feira, 16 de Agosto: este chegou tarde mas quer ir longe

A "Gazeta das Caldas" dá hoje uma página e quase meia a uma misteriosa figura num igualmente estranho contexto de dessincronização. O homem queria, evidentemente, ser o candidato do PS à Câmara Municipal de Caldas da Rainha mas chegou tarde.
E como chegou tarde, sem que o PS lhe tenha passado cartão (a ele que, vejam lá, até é o militante número 66 da agremiação) e depois de ter perdido o trono que era o igualmente misterioso "Turismo do Oeste", António Carneiro deixa na "Gazeta" uma impressionante prova de vida da sua não menos impressionante ambição: diz ele que "poderia ser útil no grupo parlamentar do PS na área do turismo"!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Staples: cronologia de uma trapalhada com falta de transparência e várias contradições


5 de Abril (2013) - Comprei um computador portátil numa loja Staples ao abrigo da promoção que, pela entrega de um computador usado, me garantia um reembolso de 100 euros. Seguindo as instruções, enviei para a entidade designada por Staples Trade In (Rua Município de São Domingos, lote 3 e/c, 8400-415 Lagoa) o meu computador usado no dia 17 de Abril.
26 de Maio - Estranhando a ausência de informações sobre o reembolso anunciado, fiz um telefonema em 26 de Maio para o número da entidade Staples Trade In, onde me foi dito que só nessa altura é que o meu pedido fora validado. (Fiquei a pensar que, se não tivesse telefonado, o meu pedido estaria por validar.)
10 de Julho - Fiz um novo telefonema e disseram-me que ainda faltavam os tais 30 a 40 dias e que no dia 2 de Agosto receberia o reembolso.
2 de Agosto - No passado dia 2 de Agosto telefonei novamente e já não me indicaram data nenhuma para o reembolso.
5 de Agosto - Fiz uma reclamação no livro de reclamações do Staples e fiz uma denúncia à DECO.
7 de Agosto - Contactei directamente a Staples Trade In, solicitando, à falta do reembolso, a devolução do computador usado. A Staples Trade In respondeu do seguinte modo: (a) "Informamos que já não é possível enviar-lhe o equipamento de volta, já que uma vez que é recebido pelo centro ele já é desmontado e reciclado" e (b) "Também lhe contatamos para informar que a transferêcia do seu reembolso foi feita dia 02.08.2013 como informado por telefone, porém como também informado por telefone, poderia tardar alguns dias últeis para que seu banco disponibilizasse o valor para saque. Já temos a informação no sistema que o seu banco já aceitou a transação ontem, dia 06/08/2013 através de WESTERN UNION STRING e vem com a referência no nome de OPIA. Pedimos que por favor confirme com seu banco o valor de 100 euros" (sic).
9 de Agosto - A Western Union GlobalPay informou-me de que o reembolso tinha sido "iniciated" às 16h32 desse mesmo dia, estando previsto o depósito da minha conta no dia 12 de Agosto - em contradição com a Staples Trade In e depois de esta entidade ter até garantido que o banco onde tenho conta já aceitara a transacção!
12 de Agosto - A Staples Trade In desmente a Western Union e garante que o reembolso foi "inicializado 02 Agosto 2013" (sic).
14 de Agosto - O reembolso chegou à minha conta. 129 dias depois da compra.
 
 A Staples Trade In parece ser apenas uma das várias fachadas da empresa inglesa Opia, que se dedica às promoções de vendas. Pela minha parte, depois destra trapalhada toda, fiquei sem vontade nenhuma de aproveitar as promoções da Staples. O que equivale a dizer que fiquei sem vontade nenhuma de voltar a fazer compras lá.

"Engrenages": senhores produtores da TV nacional, têm aqui um bom modelo...

As séries televisivas "The Wire", dos EUA, e "The Killing-Forbrydelsen", da Dinamarca, não estão sozinhas no pódio das melhores séries policiais contemporâneas.
A francesa "Engrenages", produzida pelo Canal+ (e exibida com o título "Spiral" em Inglaterra pela BBC) é outra série de grande mérito.
Estreada em 2005 no seu país de origem, com quatro temporadas e uma quinta já a caminho, não parece ter passado em nenhum dos canais portugueses, o que é bastante revelador.
"Engrenages" segue as investigações de uma equipa da DPJ (a Polícia Judiciária francesa) chefiada por uma mulher (Laure Berthaud, interpretada por Caroline Proust) e a sua ligação ao mundo judiciário, onde se destacam um juiz de instrução (François Roban, interpretado por Philípe Duclos), um procurador do Ministério Público que se passa para o lado do "inimigo" (o dos advogados) e uma advogada que se aproxima demais do mundo da criminalidade violenta.
A construção das histórias e dos arcos narrativos abrange temas sociais, políticos e judiciais bem "quentes", com uma excelente caracterização das personagens (o expoente máximo é a equipa de Laure Berthaud) e a exploração das diversas engrenagens do poder judiciário (que leva ao limite, numa significativa alusão à influência da maçonaria como força capaz de influenciar o poder), na fase final do conflito entre o juiz Roban e a hierarquia do Ministério Público.
"Engrenages" tem uma curiosidade suplementar: o ambiente e as personagens estão naturalmente mais de acordo com a realidade europeia, tanto no que se refere ao poder judicial como no que se refere às personalidades dos vários intervenientes.
Nessa perspectiva, quase dá vontade de dizer que bastaria apresentá-la dobrada em português para ser tomada como uma série nacional. Não o é, claro, mas não deixa de ser um modelo excelente para o que poderia (e deveria) ser feito pelos produtores e pelos canais portugueses.
Para os interessados, as quatro temporadas encontram-se num "pack" de DVD na Amazon (com legendas unicamente em inglês) e há mais informações aqui e aqui.

Laure Berthaud e o juiz de instrução François Roban a combinarem
mais um ataque ao crime violento


O meu diário das eleições autárquicas - 5.ª feira, 15 de Agosto: mude-se o nome que ajuda

Manuel Isaac, candidato do CDS à câmara das Caldas, é adepto das mudanças radicais: em entrevista ao "Jornal das Caldas" sugere que uma maneira de atrair investimentos para o concelho é mudar a designação da Zona Industrial para Parque Empresarial.
Preocupado que está com o Hospital Termal, poderá defender também a mudança de nome de Caldas da Rainha para Caldas de Felgueira, onde parece não haver problemas nas termas, para ficar tudo automaticamente resolvido.

"A Polícia do pensamento", no número 6 do "Tomate"


Uma conclusão sobre os efeitos da Polícia do pensamento da "esquerda" no meu artigo no número 6 do e-magazine "Tomate", que pode ser lido aqui na íntegra:
 
(...) Depois do politicamente correcto que se foi impondo, o policiamento do pensamento é tanto uma sequência como uma consequência: a liberdade de expressão é impossível para quem não partilhar das mesmas ideias.
O nazismo na Alemanha, o estalinismo na URSS e o maoísmo na China (com a sua Grande Revolução Cultural Proletária como o melhor de todos os exemplos) levaram isto ao limite. Não consigo perceber se é isso que querem a “esquerda” e as “redes sociais”. Mas, a avaliar pelo que se vai vendo, já criaram a sua própria Polícia do pensamento. Informal, é certa, mas tão activa como a PIDE portuguesa ou a Securitate romena. Se um dia chegarem ao poder e tiverem meios capazes de provocarem danos físicos, vai ser bonito...

Já rola o número 6 do Tomate

O meu diário das eleições autárquicas - 5.ª feira, 15 de Agosto: Fernando Costa pendurado

A trapalhada das candidaturas que derrapam nas instâncias judiciais (num baile que deixa mal os deputados que não quiseram definir a coisa, os tribunais que decidem tudo e o seu contrário, os impugnantes que querem obter vitórias eleitorais de secretaria e os candidatos que, por um mínimo de respeito próprio, mais valia terem ficado quietos) apanhou também o caldense Fernando Costa que, em primeira instância, ficou impedido de se candidatar em Loures.
Por mérito seu, falta de comparência dos outros ou simples inércia, Fernando Costa chegaria este ano ao fim do seu último mandato com fama de obra feita se tivesse ficado quieto, apoiando o seu indigitado herdeiro e gozando um período sabático.
Teve mais olhos do que barriga ao querer "conquistar" Loures e ficou agora pendurado.
As instâncias superiores, como noutros casos, podem dar-lhe razão mas este episódio e as sondagens que lhe oferecem uma derrota quase natural em Loures, deixam-no numa posição bastante embaraçosa.
 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"Dexter" 7 - fora do prazo de validade?

A sétima temporada de "Dexter", que a Fox desvalorizou com um horário de madrugada, sugere há séries que não devem ser prolongadas quando a criatividade se ausentou para parte incerta e/ou se esgotaram todas as opções em termos de história.
Ao fim do terceiro episódio, a sensação que provoca é um tédio inquietante, com os devaneios homicidas de Dexter Morgan embrulhados numa justificação psicológica totalmente dispensável e a mana Deb transformada num painel de lugares-comuns, no meio de personagens-cliché.
É de recear o pior da oitava temporada, onde parece que os dois manos se vão envolver romanticamente, num incesto seja apenas psicológico porque, na realidade, Dexter não tem laços de sangue com Deb por ser apenas um irmão adoptivo.
 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O meu diário das eleições autárquicas - 3.ª feira, 13 de Agosto: o FozBus?!

Parece que o FozBus, o autocarro (desnecessariamente) gratuito que circula na Foz do Arelho e que foi uma belíssima ideia para transportar pessoas que querem ir à praia sem problemas de estacionamento, está de volta. Pelo menos assim o indica um grande cartaz na "rotunda do Greenhill".
Espero que seja mesmo verdade e que não apareça apenas porque estamos em ano de eleições.

EDP - A Crónica das Trevas (56): mais um apagão

Às 8 horas, por motivos que se desconhecem. Mais uma vez.
A propósito: gostava de ver os candidatos autárquicos a abordarem as falhas de fornecimento de electricidade que afectam tantas zonas do concelho. Mas como acontecem fora da cidade nem sequer devem saber do que estou a falar...

E viva a escarreta política

Nesta notícia de uma contestação marcadamente partidária (PCP e BE) à estátua do controverso cónego Melo, de Braga, há dois sinais políticos mais relevantes do que a própria polémica:



© Sérgio Freitas/Global Imagens














- Na fotografia publicada vê-se um cartaz onde se lê "Democracia sim, abaixo a estátua". Ou seja, a democracia destas pessoas é exclusiva e restritiva. Se a estátua fosse de uma personalidade que lhes agradasse, já poderia existir. Mas uma estátua de uma personalidade que não lhes agrade é proibida.
- Segundo o jornal, "Carlos Silva, professor universitário e um dos rostos da contestação (...) lançou o apelo aos que discordam da estátua para 'cuspirem em sinal de desprezo'". Portanto, temos a escarreta como arma política. Em termos de salubridade pública e de higiene não deixa de ser interessante, para um professor universitário. (Sendo cada vez menos eficaz a lógica das greves gerais, será a escarreta a próxima arma do azougado Arménio Carlos?)