terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Um elogio a "Triângulo" nas recensões da Gulbenkian

A excelente apreciação de "Triângulo" na recensão de livros da Fundação Gulbenkian com link directo aqui:
 
Triângulo, o novo romance de Pedro Garcia Rosado, conduz o leitor ao universo sombrio e inquietante dos bastidores do poder político, no qual muitos crimes, incluindo os mais cruéis homicídios, podem ficar impunes. Nas primeiras páginas, trava-se com uma estranha personagem, José Garrido, curiosamente o primeiro-ministro de Portugal, cuja principal característica de personalidade é a irritabilidade e extrema violência, tendo como prazer supremo espancar pessoas até à morte. Vários dos seus colaboradores sabem disso e exploram a sinistra faceta do governante para subirem eles próprios na vida, ocultando os seus crimes ou proporcionando-lhe, eles próprios, as vítimas. Com este novo livro, Pedro Garcia Rosado - que se tem vindo a afirmar vigorosamente como um autor policial, no verdadeiro sentido do termo - retoma a visão pessimista da sociedade portuguesa que já revelou nos seus romances anteriores. Em todos, os verdadeiros criminosos nunca são os marginais que enchem as cadeias, mas as personalidades colocadas nas mais altas esferas do poder, político, económico ou religioso. Em Triângulo, a Igreja Católica e os escândalos de pedofilia associados a algumas das suas instituições são especialmente visados pelo autor. O inspector da Polícia Judiciária Joel Franco, herói dos romances “A Cidade do Medo” e “Vermelho da Cor do Sangue”, mantém-se como protagonista do presente livro, que tem como cenário principal a Lagoa de Óbidos e os seus arredores. Pode dizer-se, depois de ler Pedro Garcia Rosado, que este autor consegue retratar Portugal no seu pior.


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