terça-feira, 22 de maio de 2012

Sem saudades nenhumas de Lisboa

Saí de Lisboa definitivamente há quatro anos e cada vez que lá vou (em geral, de carro) arrepio-me com os crónicos bloqueios do trânsito, com a impossibilidade de circular à beira-rio entre Alcântara e a Praça do Comércio, com o estacionamento em segunda fila, com o lixo, com os passeios hostis feitos da negregada "calçada à portuguesa" e com tantas outras confusões e porcarias que fazem da deprimente capital do país uma cidade infernal.
A decisão de estrangular a Avenida da Liberdade (onde já trabalhei entre 1986 e 1995) e de criar novas dificuldades ao trânsito nessa zona, em nome da ecologia e sem oferecer qualquer alternativa para a travessia da cidade, serve para uma minoria que se alimenta das várias modas do momento, para os turistas (que ficariam melhor servidos se fossem conhecer o resto do país em vez da sua capital terceiro-mundista) e para os políticos gastarem dinheiro em obras de fachada mas não para quem lá mora, trabalha ou precisa, por motivos bem objectivos, de lá ir.
Ainda hei-de ver o actual presidente da Câmara de Lisboa transformado no presidente da Câmara de Lisboa que "inventei" para o meu romance "A Cidade do Medo". Designação cada vez mais adequada a Lisboa, por sinal...


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